Coleção pessoal de rmatos
Chameja o calor da exatidão
Em palavras ouvidas com compaixão
Logrado de sentimentos desejados
Por destinos se deparando aventurados
Extenua o coração de eterna fortidão
Por que a de haver mais implicação
Aveludado o toque como calmaria do mar
Cordura nenhuma em seus braços ao se jogar
A pele horripilar sem sentido enlouquecer
Viver a nossa corrente
Livrar dos ciúmes que nós prendamos a mente
Deixe deslizar seus lábios por que isso e nosso pecado
Afeiçoados estamos, com o peito em mansidão
Vivendo nossa insânia na retidão
Humildade e respeito nós levarão
A isso que nós dominamos na paixão.
Estabeleci um destino, almejei
O caminho que o levava frequentei
O primordial de todas as formas tentei
Como nunca desejei
E de disparatada maneiras critiquei
As coisas pestilentas que pratiquei
Compungindo por isso fiquei
Queria o meu porvir, mas como sempre precipitei
De todo custo do meu jeito errôneo lutei
Era deslize, de enjoo vomitei
Com o iluminado conhecedor me guiei
Um novo paradeiro explicitei
Estava invisual não reconhecia os outros, chorei
Me faço na modéstia ajoelhei
O vento tem que ser ao seu favor senhor, pautei
A sina não é minha, a conduta e mudei
Largando o futuro e vivendo o presente conquistei
Crueldade escolher seu avanço constei.
A ti confio minha suscetibilidade
Sem limitações para engano
Já que não e de tal confiança magnânimo
Equívoco espero que chegue mais longe
De que todo a melindre
Mas o encoberto é alimento do saber
Para protrair o amor não credite a desconfiança
Só sobreaviso necessário sobre sua malandragem
Aceitar suas palavras, e engolir todo o aleive
A frequência de ações reiteradas
Geram alicerce para todo pessimismo em sua pessoa
Que possa fiar-se um dia sua vida, por que há de sagrado
Não foi escolhido assim
Sua desfaçatez levou a tudo
Aparento crer, mas na mesma moeda abjuro de você.
Me fizeram prevaricar
Sujei meu sangue por muitas vezes
Fui conduzido, é indiquei o erro
Sem elas nada aconteceria
Como dizem nas escrituras nessa hora era melhor perde-las
Mais quando se precisam se percebe a supressão
Adunca um dedo se tornou
Impossibilitando a mão de se firmar
Convertendo até então o desejo de alar-se
Conjecturo que em efêmero tempo
Possa dobrar a dobra, para poder de novo
Com essas garras alcançar você céus
Abster-se da carne do pecado
Ambiciono seguir um discipulado
Que essas mãos hoje acorrentadas e privadas
Estejam aptas a fazer o brio valioso
Aos que não conseguem se levantar sozinho.
Ídolo lusófono nacional
Conhecedor de línguas e histórias
Nauta flutuante de grande boemia
Inquieto por essencialidade
Mais traz em suas mãos uma rara especialidade
Honrador do regimento irradiou, os lusíadas
Palavras e rimas neste fruto agraciadas
Assentida apenas depois de morrer
Como toda grande proeza
Ídolo da língua portuguesa
Transcreveu uma obra de rica nobreza
“Cantando espalharei por toda parte”
A harmonia que vi nesta arte
“O vosso Tejo e os vossos lusitanos”
Eis que observou durante os tempos medianos
“Cessem do sábio do grego e do troiano”
Tornando a visão do mundo nada cartesiano
“O amor é fogo que arde sem se ver”
Estamos jubilosos soldado e poeta em poder conhecer
Versos e consoantes como estas serão árduos suceder.
Mira na espreita soldado
Ergue a cabeça olha ao seu lado
Adejando ou em seus velhos rasantes
De momento em momento, a cada instante
Faúlha em baixo e no topo
Deixando um espaço dimensional infindo
Campos astrais se atraindo e confluindo
Numa dança macabra, de eletricidade
Gerando corisco luminares com intensidade
Para segunda parte do préstito
Hora de brilhar, trilhas de luzes do ar
Alvejando com meteoritos vijo
Alagando tudo, imergindo o que existe
Acalmar as correntes elevar o coexiste
Porfiar na ideia da torrente baixar
Para em cima a luz fosco fulva, estar lampejar.
Recôndito no meio do jardim
De vez enquanto notado como sadim
Guarda do dia seguinte
Protetor arcano do amor concluinte
Para o póstero, minha flor e melhor esperar
Tenha fleuma e não tema o deleite nós aguardar
Neste instante os tempos não são melhores
Mais o traçado segue, não sendo dos piores
O que é acurado hoje, amanhã perecerá
É mais banal é provavelmente cederá
Como o moinho que gira, o tortuoso
Irá percorrer um longo caminho tempestuoso
Até principiar sua magnificência
Pode demorar mais do que o previsto
Além as pétalas vão bafejar, até então persisto.
Não roube minha solidão
Não devaste assim minha consternação
É por favor pode deixar a pobreza
Essa eu carrego com orgulho e nobreza
É meu jeito antes e depois será
Não sou teimoso apenas convicto
Sei também me desarranjar
Quando vou muito fundo ao errar
Consigo reconhecer que perdi, é tenho que estagnar
Mas jamais, nunca largarei de sonhar
Por aquilo que a aqui na terra angario
Posso ser belo aos seus olhos, mas não colírio
Posso trautear ao seu pé de ouvido
Mas no fim não serei seu promovido
Se você simplesmente não me aguardar
Atenda meu tempo.
Desajudado não estarás as moças de branco
Irão auxiliar, não se agirás como bajanco
Fidedignidade na ajuda
Particularmente fonte de amor aguda
Forte compaixão lhe acompanha
Desde templos, a campos de combate onde anda
O moribundo o beligerante, incabível
De desistência de se curar de sua presença infactível
Sobretudo primeira a se opor a dor
Companheira eterna contra o mal presságio
Pois seu adjutório e sempre ágio
Fogo da paixão queima por ajudar
Seu extinto não cansa de dedicar
Pela vida do irmão lutaria, sem lembrar da tua
Guardando em seu íntimo toda alegria sua
Anjos curadores de deus
Cultuando o próximo como modelo de tradição.
Juiz da sua habitualidade
De todo seu acontecimento, engendro parte
Nada escapa de meus olhos
Meus ouvidos lhe captam a todo ponto
Sou seu radar nativo
Posso lhe conjecturar, e opinar
Por que me acho em posição de relevância
Excedente dos atos e ações que toma
Sou capaz, apto e perspicaz de apontar o dedo
Carecia em fazer desse jeito
E não da maneira que realizou
Lhe ajuízo a inferioridade dos ordinários
Errático foi em suas alternativas
Deixou a desejar dos que esperavam o mínimo de você
Pecou contra sua carne e seu povo
Mas com certeza acha que estou errôneo por ti supor
Compreendo o seu lado, não tenho o direito de intervir
Faço por que é mais forte do que eu, é sua existência
Ela parece mais importante que a minha.
Soberana da noite
Suspicaz seu olhar, enxerga tudo que não se vê
Perscrutador do saber, racional ave noctívaga
Descobre é acha verdades invisíveis
Reside no lar da iluminação
Observa a humanidade com suspeição
No qual temem a escuridão
A ilusão do breu, para ela é clareza do céu
Profunda conhecedora e vigilante da noite
Desafiadora da cegueira do homem
Divinatória do escuro, alcança o claro
Encha os pulmões emplume o peito
Alume na noite e distingue seus feitos
No branco da neve ao verde das matas
A erudição ti consagra dona do saber
Olhos persuasivo no meio da caligem.
Na selva o domínio prevalece
Rastejando pela mata, correndo na savana
Voando sobre a montanha
Nadando pelas águas
Pela minha natureza
Indomesticável meu intimo
Tem que ser para nossa guarita
Fascinante, belo e magnífico
Suas penas, sua rara e quente pele
Seu habitat seduz de riqueza
Propina de sedução para a ambição
Festeje seu jeito simples de viver
Nascer, crescer, caçar e por fim no arvoredo
Jazer, e nessas florestas se torna parte
Pelo encanto de alguns acham arte
A magia estar neste livre arbítrio desses seres
Pequenos, grandes, dócil ou feroz
Animais sagração de deus
Forte imã de uma geração, que de tempos em tempos
São seres vivos com afeição.
Sem homem, sem suas intervenções
Verde, azul anil, amarelo, vermelho
Na água, no céu, nas florestas
Assim se faz a natureza
Integraliza nossa visão inata com beleza
Original da geração concebida ao espontâneo
Imprescindível de ingerência
Fauna e flora se expandem com sapiência
Dão a aquarela de cores e formas exuberante
Por mais imoto que seja e deslumbrante
Persiste a mão dos seres
Querendo manchar os bosques e vales, é o mar
Interceder no que foi feito para se conviver
Transformando em servidão artificial
Acabando aquilo que decorreu do natural
O que faz embaralhar as ideias
Quem é selvagem o animal
Ou homem com atitude anormal.
Você ruiria se não pudesse idealizar
O que no passado planejou?
Efígies de um destino talvez acabado
Se amar de fato o que quer, não deixa abandonado
Por mais que já esteja ferido
Jamais se deixa ser vencido
Os dias irão percorrer
Para você perceber
Que o que não foi tentado
Ainda está em testilha
Se abalar por um tempo normal
Desistir sem tentar covardia
Seres alados que puderem ouvir
Conforte o coração dos que pensam que foi abdicado
Como nunca a parti de agora será empenhado.
Crença que ti alimenta
Nós dias penosos ti faz ostentar
Serás guardião do sonho final
Até o fim lutarás pelo semblante ideal
Sua humidade e sua proteção
Toda lança, lançada contra ti não ti atingirão
Até a fé mover e exerce sua incumbência
Passará por egoísmo e pestilência
O ímpeto irá forcejar lhe dominar
Nas curvas irão lhe enfeitiçar
O monarca irá passar na sua frequência
Ti pressionar até sua fé extenuar
Sem sucesso pelo fogo é a dor irão ti exterminar
De várias maneiras vão arquitetar
Para se enaltecer com o ego
Será semblante, ter aflição já que tem destino certo
Ruíras como uma estrela cadente
Agora no céu presente.
Embarcação de carvalho ou cerejeira
Não importa o destino será análogo
Da terra mãe vassalos captar
Para no outro Lado do continente aportar
Acaso fortuno terá durante meses se sobreviver
No fundo desses baús
Pelas torrentes do imenso mar
Vai a navegar
Pestilências e tormentos diante âncoras e velas
Sangue e suor alheio pelo chicote nos porões
Desdém precário, móvel navegante insalubre
Por suas vigas de madeira presenciou
O terror que o homem pode impor a outra cor
Jovem negra guerreira que debaixo do alçapão ajoelha
Clamar e pede com devoção a santa proteção
Que vareia certo pelo mar se esquivando dos calhaus
Que um dia possam nunca mais usar estas naus.
A manilha começou a puxar
Âncora pesada como a gravidade
Nem de longe se expressa a realidade
Da veracidade dessa densidade
Se constata com autenticidade
As ações são táticas até certo ponto
Ulteriormente quem manda é o sentimento
Utilize ao seu favor, transforme a vexação
Em determinação
Os amores da sua vida vão passar
Então até certo momento despertado
Você terá que estar
Jamais experimente seu sangue
Em abstrações de sucessos eternos
Seja paciente a deusa vitória e etérea
Lhe resgatará no ápice do áurea
Aguente o arrimo hodierno
O frio detonante do inverno
Até o fervor do éden eviterno.
Hora de o sol despertar
Um novo dia no nosso lar
Sair é um bom princípio crer
Botar as pernas para correr
O vento na cara sentir
Encontrar a turma e se divertir
No belo que há, vamos acreditar
Vivemos na graça de habitar
Aquela longa e original gargalhada
Um sorriso destruidor de ranzinzas
Que contagia por fora e se espalhar
Magnetiza o coração, se faz orgulhar
Fenômeno que não se explicar se vive
Calor interno que não se que parar de conviver
Sonho imortal dos desolado e infeliz
Conquistado muitas vezes na base da sangria
Mesmo assim não desvalorizando minha alegria.
Chuva de estrelas cadentes
Vultos bizarros atordoam os olhos
Noite carregada de lêmures
Sintomas suspicazes sem explicações
Muitas perguntas, para nenhuma resposta
A atração pelo espantoso e insuficiente
Pois os efeitos continuam mais impetuosos
Singularmente nada pode fazer
O pirilampo é o farol da esperança
Não para enxerga os efeitos que acontecem
Sim para sair desse labirinto abismático
Uma distinção que a verdade possa alcançar
Que tudo que tenha se visto não passe de pesadelo
Que a percepção tenha apenas enganado a concepção.
Mitologicamente o padecimento que me atingi
Certamente ti afligi
O venábulo provoca contrição
Dentro da costela, gera destinação
Um sonho pesado entre os dragões
Palavras antigas repetidas, sem usar jargões
Um dialeto indecifrável
O patuá é a figa não parece confiável
Quanto mais na mão adentrarem
Faz apenas as marcas destacarem
Como sair de um dédalo da alma
Precisar cumprir e carregar, então acalma
Clássica vida a seguir com sua metanoia
Até o topo do monte, eternidade de paranoia
Conselho arcaico, os que passaram
De suas fraquezas e culpas aceitaram
Engolindo a sobra da dúvida
Ressurja e deixe a pedra do seu coração ser movida.