Coleção pessoal de ricardovbarradas
Seguindo a Lei de Direitos Autorais no Brasil, somente os institutos ou escritórios e advogados especializados, poderiam fundar e administrarem os projetos. Jamais um herdeiro ou um grupo de herdeiros, unidos ou desunidos poderiam fazer a gestão do legado, deveriam ter um único representante legal que respondesse junto ao herdeiros pela obra seguindo a Lei em vigor. Com isto acabaria a farra dos herdeiros que desmontam por interesses meramente financeiros, toda obra, vida e trajetória de grandes artistas brasileiros.
A vida passa por sua própria métrica de tempo, alguns conseguem com louvor escreverem seu nome, no livro da vida mas outros anônimos são só instantes.
Tenho um medo terrível da sanidade, triste, previsível e efêmera. A loucura imaginativa das cores e formas me alimentam todos os dias, diante dos desconfortos da vida, como ela é. Sinceramente creio na maior liberdade do hospício muito mais que entre o zig zag dos autômatos fantasiados de gente nos escritórios contábeis, enforcados e engravatados.
Gosto de cavalos brancos, filhos de bois capengas e de passarinhas gigantes...acho que são unicórneos...mas prefiro ver como cavalinhos dóceis espaciais e especiais.
Não existe dieta saudável alguma que não permita, sem culpa, de comermos alguma besteira, de vez em quando.
Cabe ao bom marchand resgatar boas obras perdidas e esquecidas no passado, e trazer para mercado de arte, re significando com dignidade e construindo novos paralelos com a cultura e seu tempo. Distante disto, só ávidos vendedores de panos pintados como poderiam também vender laranjas.
Diante do grande erro no amor, fico em silencio por não encontrar as palavras exatas que exprimam minha tristeza, meu repudio e insatisfação.
Me visto com retalhos de papel crepom multicoloridos, pois se vier a chuva consigo passar despercebido, com a pele de todas as cores.
São sempre muito ricos os humildes, os bondosos e generosos. Alguns ganham muito dinheiro mas com espirito mesquinho, movimentos soberbos e infelizes pois continuaram sempre pobres. Eles pensam que com dinheiro saíram da pobreza mas a pobreza não saiu, deles.
Toda coleção de arte deve estar sempre viva em constantes movimentos, com novas compras, novas vendas, exposições, participações, publicações, restaurações e significações. A coleção de arte, parada está morta, é um doentio complexo cumulativo sem sentido, um distúrbio de personalidade de posse do que não tem dono, pois pertence a todas culturas da humanidade.
A paz não se compra, se conquista pelo amor a vida, pelo respeito a menor das criaturas visíveis e invisíveis e pela paz.
Para transitarmos de forma profissional e madura no universo das artes, devemos romper com todo especulativo processo mercantilista do mercado, onde de forma mentirosa diz que o que é verdadeiramente bom sempre tem um grande valor.
Não existe na historia da arte universal, a menor relação entre o preço comercializado originalmente e o valor criativo de uma impar obra de arte que se destacará como uma obra prima para toda eternidade.
Quando se vive na luz, não existe a solidão. Existe sim a boa conversa intima, a reflexão e a melhor companhia de si mesmo.