Coleção pessoal de ricardovbarradas
A convivência diária acarreta inevitavelmente em alegrias, felicidades, tristezas e decepções. Muitas das vezes, o isolamento é uma forma fácil encontrada, para fugir das emoções, dos amores e das dores da vida.
A criatividade com cores vivas e vibrantes é um manifesto por mudanças. Um belo tipo de ousadia e inconformismo a tudo que a vida, ainda tem, de indeciso e acinzentado.
A boa obra de arte não tem preço, ela é muito mais energia do que valor e quando consegue resinificar vidas deixa de temporal e fica na eternidade.
A boa obra de arte em preto, cinza e branco é por si a mais difícil, exige uma técnica apurada do artista entre o traço forte do desenho e o vazio, a perspectiva da figura e do fundo pelo acinzentado, com maestria para não chapar o movimento.
Hoje, de bons de briga o mundo está cheio. O que falta é quem seja abrigo, acolha as diferenças, cure as feridas e busque ser compreensivo por amor.
Nunca consegui saber por que os relógios mais caros, quando fotografados aparecem sempre com o horário de dez e onze.
Não existe burrice, irresponsabilidades e maldade maior nas artes plásticas e visuais, que classificar uma pintura de gênero como retrato.
Confesso, que tenho muito mais dividas com o acaso do que com minhas propositais e artificiais projeções.
Minha vaidade é pouca, afinal sempre fui um ser inacabado. Esforçado sempre, em parecer o mais comum possível mas sem exageros. Meu ego, foi passear um dia e nunca mais voltou, que bom, tenho aprendido muito bem, a viver sem ele. Já minha liberdade, é infantil vinda da terra do nunca, nunca cresceu. Vive na rebeldia de achar que tudo que é muito serio, é chato. Procurando um arco-íris hoje de novo.
Cabe ao verdadeiro marchand buscar, promover, valorizar, resgatar novos e antigos artistas de qualidade que ficaram ou estão esquecidos pelo insólito mercado de arte. Longe disto, só ávidos comerciantes vendedores de quadros.
Muitos bons artistas brasileiros, não tem o devido reconhecimento que merecem, sobretudo os pré modernistas dos séculos XVIII, XIX e inicio do XX. Vários freqüentaram grandes escolas européias e grupos, e se tivessem ficado por lá, hoje com suas pinturas estariam nos mercados internacionais e valeriam milhares de euros.
As imagens invertidas nos livros de arte e publicações do gênero, ainda são muito comum, pela simples razão de que quem edita ou publica o faz por cromo e fotolito, sendo assim, muitas das vezes nunca viu a obra e tão pouco o artista.
Devemos sempre pacificar os brancos e suas tolas e infrutíferas idéias de manipularem a liberdade. Não conseguimos cercar os rios e pensar que eles continuaram a conversar com a flora e a fauna, sob o mesmo tom. O índio é assim, dócil e livre como toda a vida da natureza, selvagem e sobrevivente.
Idiotiza se quem pensa que a arte e a cultura, devem estar sempre na esquerda. Elas são livres e se esparramam como águas límpidas e turvas por todas as direções.
Se eu fosse um poeta, teria aprendido estar sempre, em solta liberdade, a navegar entre as nuvens, a sonhar, a amar e a voar.
A arte e a eternidade, sempre estão intimamente, espiritualmente interligadas, tanto quanto ao instante magico de quem cria originalmente e quem futuramente a vê, lê ou celebra pelos sentidos a criação, posteriormente. A arte é uma expressão criativa definitiva e está sempre viva.
Ver uma obra de arte é bem simples, basta perceber o exposto do meio externo com um dos cinco sentidos, seja pelo olfato, paladar, visão, audição ou tato, isolados ou combinados mas para compreender o que ela significa e ter a satisfação de aprecia la ou não, demanda incontáveis conceitos, estudos e conhecimentos, bem longe do lugar comum.