Coleção pessoal de ricardo_vitti
noite esculachada.
Às más línguas, o engano, à má sorte, tudo é vespeiro e o canteiro é para rogar pragas. Corre-corre no portão; alucinação, a rua o cobre de pisadas, tropeços, saracoteias. Ó ébrio, tu falas como nada tivesse acontecido, teceu a roupa e desbotou o botão da rosa ao relembrar as pétalas perdidas, "amor perfeito, esse meu que te escreveu!".
Ricardo Vitti
Deixei-me ser roubado,
corri dentro de mim mesmo,
chorei, mas, [...]
foi só um arranhão,
um rasgo na pele era o esperado,
tamanha queda.
Não quero voltar naquele lugar obscuro,
o tempo não caminha por lá.
Quero encontrar o paraíso,
escape pesadelo, não,
eu não vou atrapalhar tua ida,
a dor mastiga e cospe,
ela vasculha o íntimo e, nos faz em pedaços.
O crepúsculo envolveu minha mente;
meu envolto, meus afazeres,
comprimiu-me derredor,
fez das rimas o definhar.
[...]; definiu-me,
como objeto sem objetivo.
E além, as poucas constelações,
abafadas com o frio,
com frases impensadas.
Jogadas na beira da estrada,
horário nobre das trovoadas,
galopes dá o coração,
larguei-me ao pó sem pressa de ser socorrido.
roupa velha e remendada.
- Fala que eu te ouço! - Prossiga! Então,
se mantiveram calados dando cara ao vento e o assunto morreu.
Saíram medindo os passarinhos e o plano de fuga.
"Foi sem medida que aceitaram o meu silêncio,
e no meu fúnebre pensamento fizeram morada;
rasgaram o meu dedo,
agora eu busco escrever.".
Lista indecifrável e são pichados os muros,
são vastos ao oriundo desprezado.
Colher da mão, chuva,
dor e aplausos,
o teatro do desordeiro;
pálpebras inchadas e o berreiro,
arco-íris, céu azul,
no horizonte a nuvem vacila à cilada do poste,
a luz, a reunião,
pé descalço; canção.
Só mais essa,
"somente uma frase a mais que caiba bem.".
Toda visita por direito,
por esquerdo arreda os pés,
vestiu-se de riso.
Achou-me bobo,
me perdi buscando nadar,
teus sonhos profundos, [...]
NÃO! As lembranças nem mesmo ilustram o belo.
O entusiasmo foi jogado,
e a esquina o perdeu,
encontro só às frestas que trazem;
luz para casa,
é ali que tudo morreu.
Só escassez,
sólida, solidão; solidez,
embriagou-se,
[...] então, caiu à pancada,
cruzou os braços.
Atentou-se e chamou a atenção,
das milhas, migalhas e, rimas.
Uma poesia, uma arte sozinha,
um empurrão,
ninguém o deu,
DÓI, mas é uma dor que se encerra,
sobre o campo;
é uma flor que o espera.
Pense antes de se vestir de orgulho, mesmo frio, e jamais pises em alguém, pois, os pés descalços nos espinhos se ferem e, não podem omitir o sangrar.