Coleção pessoal de Rhamine
[...] E Quando por cima da maldade, chegar um zé covarde que me exija algum dom,
Que eu não perca o gosto açucarado na boca, que remete á frase louca de embrulho de bombom.
De quem é a culpa quando tudo dá errado?
Quando sonhos são lavados, torcidos e estendidos no chão?
Eu fiz de tudo. E o tudo parece nada. E o nada é em vão.
Á quem devo atribuir o peso da minha dor?
Eu fui, mas já voltei.
E agora não sei mais pra onde ir.
Me sinto solta como folhas de outono.
Livre, volátil. De ninguém. Sem comando.
Isso não é bom.
A liberdade só é aproveitável quando se sabe o que fazer com ela.
E eu não sei.
Passos sem compasso. Eu vou deixando rastros. Um turbilhão de incertezas.
Se der errado, eu mudo a rota. É o que sei.
Qualquer lugar serve quando não sabemos pra onde estamos indo.
Espelho espelho meu, existe alguém mais perdida do que eu?
Por favor, não permita que digam que você não é digno de algo por não seguir os padrões exigidos.
Prometa não abaixar a cabeça quando insinuarem que você não é bom o bastante.
Seja firme, mesmo que doa.
E quando todos te julgarem e você se sentir sem direção,
Keep calm and carry on (...)
Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção. Num piscar de olhos fico terna, delicada.
Quem é você, de verdade?
As pessoas mais talentosas, em sua maioria, são as mais modestas, autênticas e sem pose.
Vida é memória.
Dei pra pensar que tudo que há de mais vivo em mim foi aquilo que já se foi.
As pessoas mais importantes foram as que ficaram.
Não fale, não conte detalhes, não satisfaça a curiosidade alheia. A imaginação dos outros já é difamatória que chegue.
Mas não se esqueça: assim como não se deve misturar bebidas, misturar pessoas também pode dar ressaca.