Coleção pessoal de RemissonAniceto
Nossas mãos são ferramentas.
E Deus nos deu duas não apenas para facilitar a nossa vida, mas também para termos uma ferramenta a mais para ajudar aos que precisam.
Como será que a morte vem?
Num automóvel dobrando a esquina?
Nas rodas de aço de um trem?
Num frio cano de carabina?
Virá num copo de old eight?
Numa bela taça de vinho?
Num inocente copo de leite?
Morto, ainda continuarei sozinho?
Quanto tempo ainda terei de vida?
Um ano? Um mês? Uma hora?
Será que terei uma morte sofrida?
Será que ela já está vindo agora?
Qual será a aparência da morte?
Será bonita ou asquerosa?
Ela vem do Sul ou vem do Norte?
Ela chega muda ou toda prosa?
Será que a morte já viveu algum dia?
Será que ela morreu de morte matada?
Será que morreu de velhice ou de covardia?
Ou será que já nasceu morta e enterrada?
Alguém sabe se, depois da morte,
a gente sobrevive?
Ou sabe se, só depois de morrer,
é que a gente vive?
Falei a verdade todas as vezes em que disse que te amava; só menti no dia em que disse que nunca te amei.
Remisson Aniceto
Só depois que a fonte seca
se descobre o valor que a água tem.
No jardim do amor que é mal cuidado
as flores secam também.
Quem teme algo tem medo;
quem madruga acorda cedo.
Quem se arreda do trabalho
não é gente, é arremedo.
Quem espera sempre alcança,
mas enquanto espera, trabalha!
Que o ócio faz aliança
com todo tipo de canalha.
Se o dinheiro enobrece,
também há nobre sem dinheiro.
O trabalho é bem que enriquece
a cabeça, a alma, o corpo inteiro.
Quem trabalha é gente boa,
quem não batalha fica à toa,
passa a vida vadiando,
usurpando outra pessoa.
Escrevo para despertar a emoção e o encantamento, o pensamento crítico, a reflexão e a ação positiva, o prazer, a alegria e a fé na vida.
Sou como um vaso de flor
que de amor vive pleno.
É tanto amor que até extravaso.
Você, por acaso, teria um vaso com amor de menos?
Venham comer! A mesa está posta!
Ah, como nos dá prazer este momento!
É uma das horas que a gente mais gosta.
O sabor e o tempero de cada alimento,
o aroma, a forma, a cor, a textura...
Alimento que ao físico dá prazer e estrutura,
um prazer mundano, ao nosso corpo restrito,
que satisfaz por um tempo mas não dura.
O único que dura é o alimento do espírito,
que dá sentido à vida de cada criatura.
O que nos prepara para a vida,
desde o nascimento até o último dia,
é uma sequência de pequenas mortes
disfarçadas de tristeza e de alegria.
E um belo dia o joãozinho,
cansado de ficar no ninho,
descobriu que tinha asas
e foi viver feito passarinho.