Coleção pessoal de REGISLMEIRELES
VIDA NO INTERIOR
Criança que não brinca
Perdeu a infância,
Adolescente que do mundo,
O dono não se sente, tá doente!
O jovem que não se divertiu;
Partiu!
Na praça não aprontou...
Mudou de cidade.
Se na praça não esteve,
No cair da tarde,
No banco rústico, não se sentou?
Idoso não também ficou.
Se não conheceu personalidades:
Joaquim da padaria;
Manuel do armazém;
Zequinha da Farmácia...?
Não nasceu e nem se criou
Na cidadezinha do interior!
AMAR É O QUE IMPORTA
Não importa a flor, que trazes;
Não importa a cor da flor, se é vermelha;
Não importa o valor, se foi caro...
O que importa então?
Amar!
Não importa a mensagens que declaras;
Não importa o conteúdo do bilhete que escreve;
Não importa o desenho de coração no cabeçalho e rodapé;
Não importa o perfume destilado no papel.
O que importa então?
Amar!
Não importa as loucuras de amor que fazes;
Não importa os sacrifícios convenientes;
Não importa as tuas juras inerentes;
Não importa se estás de joelhos no chão;
O que importa então?
Amar!
Não importa imitar os contos de fadas;
Não importa simular a vida toda num dia;
Não importa ir morar num palácio;
Não importa viver de fantasia;
O que importa então?
Amar!
A DOR POR AMAR
Se nunca percebeu que amar dói...
Então nunca amou alguém de verdade;
Se a ausência do amado não te traz
uma certa inquietação, uma eterna espera,
não é relevante o teu sentimento.
Se saudades não sente...
Um vazio no teu peito não arde?
então não digas juras de amor.
Se não amas com medo da dor,
se arrasta-te nas margens vida,
vegetas e já não vives...
E jura que os teus dias não tem cores,
e sua vida é vazia por amar:
Pois, ainda que sinta dores por amar:
Amar vale a pena.
Se fugires da dor, se foges de amar...
É desistir de viver;
Pois no fim se descobre que
amar é indispensável à vida;
Pode-se fugir, esconder-se...
Inventar-se mil desculpas,
mas sem sofrer a dor por amar a vida não tem graça.
DIA DE AMAR
Hoje é dia de amar.
Amar as coisas que se deseja;
Hoje é dia de amar...
Amar o que traz alegria;
Hoje é dia de amar...
Se alegrar com coisas que se tem,
de oferecê-las a alguém como prova de amor;
Se as coisas que se tem,
suficientes não forem para parar a dor de quem se ama,
se necessidades houver de se impor,
entregue a vida como prova de amor.
POEMAS SEM NOMES
Não sei que nome daria,
ao meu último poema de amor.
Talvez daria o seu apelido...
Ou seu nome distorcido?
Quem sabe usaria um pseudônimo?
Nomes de trás para frente seria um mimo;
Se fosse o teu nome, e usaria como apelido, Sineos!
Ao invés de amor, eu escreveria roma;
Trocaria meu, por uem;
De eu, redigiria ue.
Meu último poema...
Que pena, não rima!
Pois, um nome não teria.
Amo-te em segredo...
De te perder tenho medo;
Por isso, não importa o tema;
Não importa a rima...
Amar-te é o que queria para sempre.
Quem pensa que quero saber:
A data de escrever...
E que nome daria ao meu poema sem nome,
do meu último poema ,se engana!
O que quero mesmo é usar a pena todos os dias;
Escrever muitos poemas:
Poemas sem nomes, poemas de amor.
AMAR DE ALMA
Não venham me dizer:
Que não se tem duvidas na arte de amar...
Que não se procura no amado o que encanta...
E o que prende e o que faz ficar?
Quem não se perde na visão do amado,
que plantado diante de si expõe?
Quando em desvario tenta discernir a razão de ficar?
De se ter suportado a espera?
De se ter ido e de se ter voltado?
O que eu encontro surpreende-me:
Os defeitos, a obstinação e o corpo perfeito...
Não têm relevância quando se decide amar.
Quando se decide amar de verdade:
E se procura amar pela razão...
Inexplicavelmente sempre se encanta;
Sem jeito se perde e se encontra.
Na verdade, o que sempre se ama é a alma;
Se não sentes ser amado assim:
Não vale a pena se dizer que é amado;
Pois, é nisso que a gente se atrapalha,
adoece e desmaia...morre de amor.
LAGO DE AMOR
O amor amado,
Aquele amor para o qual se entrega, entregado...
É como as águas tranquilas de um lago;
Ainda que se atirem pedrinhas...
Que se joguem pedras grandes e pesadas,
Que se criem as ondas e se fiquem revoltados;
Que se admirem e se fiquem espantados;
Logo tudo se acalma...
Isso é enigma do amor!.
O amor explorado, o amor forçado é:
Viver em um leito de um rio corrente...
Em cada curva se encontra embaraços, pedras;
Se é surpreendido e se vive assustado.
Não vale a pena viver um amor assim;
Viver estas coisas acaba com a gente;
Coisa sem nome, neutra...
Coisa sem jeito, sempre uma treta.
Á viver em pressuposta solidão... Preferível
é ter ainda a esperança no peito.
A ETERNIDADE DE AMAR
Amar? É algo eterno;
Quem pode garantir quando se começa amar?
Dizer com firmeza o fim de um amor?
Quem pode jurar pelo dia em que o amor nasceu?
Ou ainda, que este nunca existiu?
Esquece-se que no coração nasce;
Ignora-se que é silencioso...
Que escondido no peito cresce;
Se o coração é terra que ninguém anda...
Território que ninguém manda?
Então, não se pode apostar que o amor morreu,
e que num abraço não renasce.
Acho que não se explica os princípios do amor;
Acho que não se decifra seus enigmas...
E distante se está de compreender seus motivos...
De intensa devoção ao amado.
Pois, de onde se tira a força na dor...
Que na penitência da saudade,
e nos braços da solidão se escreve os poemas;
Que da alma ferida se tira uma bela canção?
O amor é eterno, enquanto se existir...
- GOTAS DE AMOR
A alegria e a tristeza, a celebração
e a decepção de quem ama são gotas;
Gotas de qualquer coisa...
Gotas de veneno ou de uma droga forte;
Pois, quando se ama de verdade,
se faz coisas que em normalidade de alma não se faria.
Suporta-se ser chamado de tolo,
Se é censurado de insano...
Sentenciado por viver em bestialidade;
Não dar para esconder que está amando.
Para que se importar?
Se todos se fazem a mesma pergunta;
Se todos nós caímos nos mesmos laços;
E ninguém se importa para o embaraço?
És sincero aos sentimentos?
Atendes aos desejos do coração?
Amar é tudo que a alma de todos busca.
Se por amar é roubado o sono,
Se este é o maior de todos os danos;
É gente de sorte...
Amar é ensaiar em vida mergulhar numa gota d´água
e emergir num oceano.
AMAR, UMA DECISÃO?
Amar é uma decisão...
Escolha que se faz por motivos que pouco pode se explicar;
Que em nada se justifica, apenas se ama.
Quando se tenta aos outros
esclarecer os motivos de amar alguém,
ás vezes se complica.
No amor dos outros
não se encontra nenhuma relevância;
Mas se dar ao amor da gente, sentidos que vão além da conta.
Quem atreve-se explicar o amor
se arrisca, enlouquece, perde tempo e o amado de vista.
A escolha de um amor é coisa que não se compreende;
A escolha acontece... se merece;
Então, apenas decida amar...
E ache quem te completa.
Que se ame muito, mas nunca será o bastante;
Que se ame pouco, mas pelo amado se fica louco;
Se pode se medir o amor, se pode aumentar;
Só se sofre por amor, se deixar este acabar...
Sei lá, ame e pronto!
A CERTEZA QUE TE AMO
Em mim mora a certeza
de que és meu verdadeiro amor.
Impregnado na tábua do meu coração
está escrito em relevo o teu nome...
E o teu jeito de ser que tanto admiro.
Que me faz acreditar que só se ama
e se apaixona de verdade uma única vez;
Das outras vezes, só se apaixona...
Confunde-se que se ama.
Na tábua do meu coração deve está teu nome...
Tua foto, ainda que em negativo;
Teu caminho, talvez só um trieiro;
Tuas palavras, ás vezes inaudíveis;
Teu cheiro, esse que é inconfundível...
Pois em momento algum te esqueço.
Consigo na sinceridade do meu coração apreciar:
Tua beleza, sobressalente;
Tua delicadeza, sem esmero;
Teus dons, talentos e sagacidade.
Teus inúmeros defeitos, mas os aceito...
Se trocasse o meu coração
e removesse as lembranças de sua existência,
por ter te amado de verdade uma vez,
Seria certo que te procuraria...
Enquanto não se encontra o verdadeiro amor
é permanente no peito uma dor de esperança
e saudade do nada...
E quando se perde é eterna a saudade de tudo.
- O RISO DO AMOR
Você sorrir?
São dúvidas? Quando falo que te amo?
É alegria? Quando juro meu amor por ti?
Talvez, por impulso em ironia...
Que se misture tudo, mas o meu amor sempre juraria.
Você sorrir por duvidar...
Pois ignoras que te levo comigo
todas as noites para o travesseiro;
Esse amor verdadeiro, rouba- me o sono
e tenho o medo de perde-la.
Você sorrir?
Do meu medo de perdê-la?
Acha ser sem razão esse medo?
É que desconhece a dor dessa perda;
Pois para essa uma dor não se encontra
nem um só alento que alivie o coração.
Você sorrir?
Sorrir das coisas que o meu coração sente?
Queria que este sorriso fosse por estar contente;
Pois fico por causa deste sentimento
como um demente;
Que por ti, que insistes em ficar no meu coração
e não desisto por te amar. E você sorrir..
ALGUÉM PARA SEMPRE
Não quero ao meu lado alguém especial...
Seria exigir demais!
Não quero alguém dos sonhos...
nem das promessas...
Personagens dos contos de fadas,
criações das minhas fantasias
que inspiram perfeição, pois tal pessoa não existe
e nego-me amar de ficção.
Quero na vida perambular,
Com alguém que se faça especial.
Sincera nas atitudes negativas;
Séria nas atitudes positivas;
Que sorrir incrédula enquanto não encontra opção;
Que não finja viver no céu enquanto estiver na terra;
Que não me faça fazer promessas impossíveis de cumprir;
Que não exija mudanças que não proponha as empreender...
E que não espere de mim mais do que em minhas forças posso fa-zer.
Quero viver ao lado de alguém que não me abra feridas
Que não compare-me com outros a caminho;
Que não me faça refém de sua vontade;
Que respeite o meu direito de ver;
Que entenda o meu modo de entender...
Pois, tenho as cicatrizes dos dias
e os traumas das palmadas.
Na memória trago os tapas da incompreensão
pelas tentativas de querer acertar...
Nos modos de sempre querer agradar
a quem jurei eternamente me amar.
Que me dera encontrar alguém que não me abandone:
Na insanidade diante das incertezas;
Nas minhas alienações em dores;
Na minha morosidade na cautela para não errar.
Na impetuosidade, pela decepção da oportunidade perdida...
Esse alguém será o amor da minha vida.
Bem, esse alguém poderia ser você!
O nosso Amor
Acho que o nosso amor nasceu assim:
Eu te olhei e não liguei.
Sua voz me irritou...
Suas gargalhadas estrondosas e altas,
Fizeram-me te evitar.
Teu jeito de menina descabelada;
Teu jeito de andar moleque;
Tuas traquinagens sem limites;
Tua raiva de maruá...
Era para mim muita regatada.
Mas, porquê não deixei de te observar?
O tempo passou, você cresceu;
Para mim era a mesma:
A mesma que evitei.
Sempre observei.
Reprovei.
A mesma cara,
o mesmo cabelo,
as mesmas gargalhadas,
e as mesmas traquinagens.
Descobrir porque sempre te olhei:
Te amei desde de que a conheci;
Só não dei ouvido ao meu coração.
Você deu o troco, pondo meu coração à provas.
Não te esqueci.
Meu amor não morreu, apenas se escondeu.
Quero você, como na infância, por toda a vida.
Chega, chega de experiências com o nosso amor.
É verdade que este amor nunca vai morrer.
Eu te amo...
LIÇÕES DE AMOR
A vida me ensinou que em matéria de amar,
se deve sorrir quando se deveria chorar;
E chorar quando deveria sorrir;
Pois, o caminho para amar
é como andar na contra mão.
É o amor uma arte de guerra:
Surpreender é necessário...
Confundir para ser diferente...
E se deve impactar para conquistar.
A vida me ensinou que em matéria de amar
Deve-se contradizer o tempo:
Que se deve ir devagar, se exigir pressa...
E correr quando se pedir para caminhar;
Afinal, o tempo dirá que: o que tiver de ser será.
No modo de pensar: as coisas passam e repassam;
Só no incidente e acidente a vontade ultrapassa;
E no amor o que tem que ser, só o tempo dirá.
Alguma mudança se pode fazer,
Outras nada podem dizer;
A maioria fica ao deus-dará...
Deixa- se para o tempo mudar;
É a esperança que resta,
é o que diz a experiência:
Tudo se repete, tudo se reitera.
Que adianta a agonia de querem impor o amor?
Deve-se respeitar as escolhas...
Considerar-se os descabidos palpites.
Às favas, já que eu mesmo os permito,
Que estes dardos, muitas vezes venham ricochetear.
Sou eu quem sofre as mágoas.
Afinal, sou eu quem enxuga as minhas lágrimas;
INÉPTO AMOR
Não suporto mais o barulho na mente,
Por querer encontrar respostas
para coisas que não entendo;
Mais ainda, daquelas que não me dizem nada;
Das causas de amor que ardem no peito.
Prefiro o silêncio ao barulho...
De querer adivinhar em trocos:
O que se passa ali, o que se passa cá;
No coração dos outros.
Falo do coração do meu grande amor!
Prefiro no mudo papel deixar em segredo
as minhas questões de amor;
À correr o risco de julgar
nas minhas insanas vontades,
nas minhas interpretações que podem está erradas,
nas minhas necessidades impor as realidades alheias
o meu modo de sentir e pensar.
O que posso fazer? Nas questões amorosas,
quase nada posso mudar;
Quem garante que estou com a razão?
Do coração dos outros nada sei...
De suas intenções, das causas de seu coração...
Dos seus segredos;
Nem pensar me atrevo;
Sei de mim, do meu resignado coração;
Então, prefiro o silêncio...
E assim no meu canto emudeço.
Às vezes, que quis saber, errei...
Ainda que ache ser o certo, posso está errado;
Se muita coisa não fizer, sou um inútil;
E se nada faço, fico como um ingrato;
Percebi mesmo, é que nunca se é o bastante;
O amor é cego?
O amor é lerdo?
O amor é jogo?
Nunca é do jeito que quero!
Assim sendo prefiro o silêncio!
AMOR E LÁGRIMAS
Foi das lágrimas que muitas das vezes
tirei forças para continuar a viver;
Incontáveis foram as gotas que caíram
em quimera pensando em você, meu amor.
Foi aí que atinei que era válido chorar por amor;
Quando estas no meu rosto desciam,
pareciam assimilar e drenar
as coisas que o meu coração sentia.
Diferenciadas eram na pele
o modo como ardiam;
Outras lágrimas, as vezes nem sentia;
Que por outras causas escorriam.
Foi quando descobrir que as lágrimas
de amor, tem sabor e fermento;
Pois, quanto mais elas marejam,
mais se alimentam e mais querem cair.
Percebi que sofria por amor...
Que parecia está morto, mas respirava;
As lágrimas eram as únicas coisas
que ainda faziam-me sentir a vida;
Pois, no travesseiro chorava;
E prová-las inspirou-me a nomeá-las:
Lágrima, tempero da vida.
As lágrimas são:
Consolo dos amantes na perda de um grande amor;
Ópio dos que tem um amor distante;
Por amor num dia se chora, no outro sorrir.
E amando se inspira e respira.
O EXERCÍCIO DO AMOR
Só no exercício do amor
Conseguirei humanizar-me;
Racionalizo sem frescura que tenho a dor;
Que tenho o sangue da mesma cor.
O amor traz discernimento do óbvio:
Que não importa quem sou;
É certo que sofro as perdas,
e que vivo os prêmios.
Se tenho mais, se tenho o menos...
Que diferença faz?
O fim é o mesmo!
Que no meu esforço de ser mais,
o meu esforço de ser melhor:
É irracionalidade julgar-me superior...
E igualar-me a um deus, ainda que nos pormenores.
Descubro ser insana essa busca:
Tornar-me melhor?
Pois, somente amando...
tornar- me- ei no maior humano.
Pois, humano é o que sou;
No amor sofro e suporto;
Perdoou e espero...
No amor me porto bem, estou sempre aquém;
Não se vale o que vem, mas o que se é;
Viro-me do que tenho, que seja pouco, muito...
E do que me é conveniente;
Pois, a validade de tudo não está nas coisas;
e sim, está na gente;
Ainda que insanamente se ache superior,
Apenas se é diferente...
Enigma do Amor
Às vezes, nas minhas incertezas
Nego-me por achar ignorante
Falar de algo tão relevante:
Falar de amor.
Diante de tantas coisas que dizem:
Nas histórias que contam...
Enrubesce-me a face.
Nas venturas de outros,
Parece só tem proezas e belezas,
Nos lábios dos que pabulam as suas histórias de amor.
Os amantes dizem que abrasa o coração.
Os sábios, que é uma armadilha para a alma.
Os homens aventureiros falam encontrar em qualquer lugar..
E as mulheres dizem que pode acabar.
Uma mãe amorosa diz: faz o coração arder.
Um pai defensor, confessa que na vida é um pesar;
Os avós apaixonados, dizem com os nascer dos netos:
O amor se multiplica...
Um tio encantado, tenta esclarecer o que sente, não explica.
Os Jovens confundem com a paixão.
Os aventureiros se perdem no prazer...
Os maduros, dizem ser a maior perda da vida,
Os fracos e insanos nos seus engodos
fazem encerrar no caixão
as suas história de amor.
Recuso-me a falar sobre o amor.
Às vezes, pensar e escrever sobre o amor,
Traz-me remorso:
Nunca se está satisfeito...
Não existe ninguém que ame perfeito.
A tragédia, frustração e decepção,
Parecem sempre acompanhar aquele que decidi amar.
Penso, desisto e sem querer recomeço.
É que se busca sempre, ainda que se esquive:
Alguém a quem se possa amar.
SEGREDOS DE AMOR
Quero encontrar um meio de sossegar de vez;
Quero esconder um segredo;
Um segredo que deveria ser só meu.
Que não convém a ninguém saber...
Mas está visível as mais ingênuas das criaturas;
Pois, não consigo ocultar:
Amo você!
Impossível disfarçar que te amo;
Os meus olhos te buscam
Entre os conhecidos e estranhos;
Entre os transeuntes apressados...
Entre aquelas que descansam nas praças sentadas.
Meus ouvidos se aguçam convenientes;
Que coisa! Parecem treinados...
Buscam nas ondas do vento escutar a tua voz,
em todas as direções e por todos os lados.
Meus lábios me traem, movem-se sozinhos;
Pois, balbuciam sem querer,
- imagino ser por engano, talvez por vício,
cicia o teu nome...
Se guardas o segredo que me conquistou,
talvez tenha o antidoto que me faça te esquecer;
Ou ainda, algo que camufle o que tento em vão,
por demais e de todos esconder:
Acredite! Eu tento...
Eu te amo...