Coleção pessoal de rayanecamargo
Porque as vezes é meio difícil fingir que não se importa, é meio difícil fazer de conta que nunca sentiu nada por tal pessoa. Se você me conhecesse tanto como você diz que conhece teria desvendado o que sinto por você mais ainda insisto em não lhe dizer. Não é falta de coragem, é medo de estragar aquilo que existe em nosso meio.
Na vida temos a escolha de percorrer o caminho sozinhos sem precisar de ninguém ou continuar parado sendo intimidados pelas opiniões alheias.
Por várias vezes eu tentei. Tentei mesmo, até não conseguir mais. E no final olha só… Você nem sequer se importou. Não vale a pena mesmo mudar nosso “eu” pra agradar outra pessoa. É perda de tempo.
Eu sou um livro de enigmas do qual exige muito do ócio das pessoas para tentarem me decifrar. Eu sou o perigo em noites de lua cheia e o anônimo que vaga por ruas desertas. Eu sou a contradição, sou a revolta escondida dentro de um coração partido. Porém, admito que já tive vida, já tive brilho, mais de que vale tudo isso se não para ser desperdiçado com pessoas inúteis? Eis um pequeno detalhe a meu respeito; eu não sei me explicar. Eu me privo de desejos que possam me arrancar um sorriso, eu me previno de decepções. Olhe bem para os meus olhos ao me julgar, pois você enxergará seu reflexo e verá a quem realmente está julgando.
Não espere de mim atitudes que possam lhe agradar. Eu costumo surpreender muito as pessoas, e nem sempre surpreendo da melhor maneira possível.
Nunca seja tão ingenuo a ponto de acreditar em uma promessa. Elas são como vidro, um dia sempre quebra.
Preste mais atenção, somos culpados por nossas atitudes e não pelas escolhas erradas do nosso coração.
O fantasma de seu reflexo mais uma vez vem me atormentar, me fazendo lembrar de tudo o que você já foi pra mim. Uma dor, uma lembrança que machuca todas as noites enquanto eu tento dormir. Me senti uma criança inocente quando senti uma lágrima escorrer pelos meus olhos molhando lentamente minha face, e sabe por que? Porque pela primeira vez na vida eu me senti desprotegida, eu pude perceber de que você não estaria lá quando eu mais precisasse. Eu tive que crescer em mundo repleto de monstros, e tive que ser forte para não permitir que minhas memórias falhas pudesse me enlouquecer com a culpa. Eu tive que aprender a sobreviver em meio a hipocrisia e tive que enfrentar tudo sozinha. Toda a dor do mundo parecia estar em cima de meus ombros, e eu sentia que a qualquer momento eu pudesse desabar e ser soterrada com tamanha dor. Mais sabe, nenhuma dor se compara com a dor de ser abandonada pelo seu herói. Mais hoje, quando acordo percebo que o tempo me ajudou muito a refletir melhor nessa situação de pena. E hoje ao olhar pela última vez para o seu retrato escondido em um bolso qualquer na minha carteira eu prometo a mim mesma que jamais voltarei a chorar por você novamente, e sabe por que? Porque não vale a pena, da mesma forma que não valeu a pena lhe perdoar.
Diga-me apenas aquilo que você julgar necessário. Eu irei ouvir apenas aquilo que eu julgar ser importante.
O ódio também provoca a dor. Ele te sufoca, te destrói por dentro, e o que poucos não temem é que a qualquer hora você pode explodir por dentro.
Permita-me me doar a você sem excessões, mas por favor, não permita que seu orgulho seja maior do que o amor que você diz sentir por mim.
Como pode desejar que eu lhe ame se a cada dia me dá mais um motivo para desprezar a pessoa que você é?
Seu olhar expressa bem mais do que eu poderia imaginar a seu respeito. Sinceramente? Nunca imaginei que pudesse haver uma alma tão obscura e ferida como a sua.
Se você escolheu partir, então por favor não procure o caminho de volta. Você deixou grandes estragos em meu mundo com a sua partida e levou anos para que eu pudesse me recuperar.
Estou agindo da maneira que julgo ser a melhor pra mim. Então não me chame de antissocial, eu sou antidecepções, e isso meu amigo, com certeza, é bem diferente.
Você escolheu ir embora porque não foi capaz de conviver com o meu verdadeiro eu, da mesma maneira que eu não fui tola o bastante a querer conviver com uma mentira.