Coleção pessoal de raphael_melo
Embora tenha se esvaziado de sua Glória para se fazer homem, Jesus nunca deixou de ser Deus. Mas como homem, os Evangelhos nos mostram que sua grandeza diante do Pai e das pessoas brilhava ainda mais quando se fazia pequeno, dando-nos um exemplo a seguir. Temos mesmo seguido-o?
Sabedoria e intelectualidade, sem simplicidade e coração aquecido pelo Espírito Santo, nada são. Vejamos o exemplo de Salomão, que perdeu-se confiando em sua própria sabedoria, que veio de Deus, e só voltou para Ele quando velho, entendendo que tudo sem o Criador é vão, vaidade.
Diariamente, milhares são contabilizados e apresentados como convertidos. Mas a maioria nem sabe o que é o Evangelho. São chamados a “entregar a vida pra Jesus”, “dar uma chance pra Jesus”, “deixar Jesus entrar no coração” e por apelos errados parecidos. Conversão é outra coisa.
As Escrituras são nossa fonte principal de conhecimento de Deus, da vida, de nós mesmos, enfim, de tudo. Mas com relação a nossa fé, ela é a ÚNICA fonte de autoridade.
A vida diária do cristão depende do ministério do Espírito Santo. De sua presença e influência direta. É impossível que alguém seja discípulo verdadeiro de Jesus, sem que Deus habite-lhe o coração, na pessoa do Espírito Santo.
Uma decisão tomada em meio a técnicas manipuladoras, que ousam preterir do poder do Evangelho e humanizar conversões, é uma coisa. Novo nascimento real, operado por Deus, no poder do Evangelho, é outra.
Jesus demonstrou coragem extrema ao enfrentar seu injusto martírio, sem usar seu poder infinito e reagir. Ele foi obediente até o fim. E nós? Será que pequenas oposições nos fazem relativizar o chamado do Pai e nos acovardarmos, criando desculpas para não cumprir nossa vocação?
A luz da igreja brilha para glorificar a Deus pelo poder do Evangelho. Os períodos históricos de maiores avivamentos foram quando os cristãos mais se voltaram para a santidade pessoal e para o anúncio do Evangelho. Dependemos do Poder de Deus e não de estratégias humanas.
O cristão é chamado a proclamar as Boas Novas a tempo e fora de tempo, a confessar Cristo com sua boca, falando sobre Ele e seu Evangelho a todos quanto puder, sempre que tiver chance. Não fazer isso é ser sal insípido e lâmpada escondida debaixo da cama.
O cristão que apenas se compadecer do próximo, perdoar todos e amar até os inimigos, já será perseguido e ridicularizado pela sociedade caída em que estamos. O problema é que temos milhões de cristãos professos, mas muito poucos que apresentam tais frutos em suas vidas.
Medicamentos e terapias podem tratar depressão e ansiedade, mas não conseguem dar prazer, alegria e serenidade. A Paz e a alegria, que todo ser humano procura, só podem vir de Jesus Cristo, que nos convida a ir a Ele e encontrar descanso para nossas almas.
Temos de Deus uma ordem, um trabalho a fazer, contínua e intensamente, que é pregar o Evangelho. Ficar inertes, acreditando em nossas próprias desculpas, é ignorar deliberadamente a vontade de Deus para nós, bem como ser insensíveis diante da situação desesperadora dos perdidos.
Não procure uma igreja onde se sinta bem, pois o risco é altíssimo de acabar em um lugar que só prega o que você quer ouvir. Procure uma congregação que pregue e viva (como possível, é claro, pois perfeição você não encontrará) o verdadeiro Evangelho, que vai lhe confrontar.
É importante refletirmos, sempre que vamos à congregação, sobre nossa real motivação ao fazê-lo. Pretendemos dar a Deus a melhor adoração e receber dEle o que O possa glorificar em nós, ou vamos apenas na busca de que Ele nos dê satisfação pessoal e atenda os nossos interesses?
É triste ver multidões em igrejas claramente orientadas por humanismo (satisfação de desejos egoístas), existencialismo (sentimentos como cerne da vida) e materialismo (benefício material baseado em humanismo e existencialismo), e não pelo Evangelho, onde Deus é o centro de tudo.
Não basta combater todas as heresias, com base na sã doutrina das Escrituras, para que sejamos conforme Deus deseja. Apontar os erros não nos faz automaticamente certos. Por isso, toda teologia que não gera um coração em chamas no Espírito, pode virar só letra que mata.
Atualmente somos os reis de nossas escolhas no mundo, consumindo o que nos agrada. Mas isso não pode entrar na igreja, pois é oposto a servir. Muitos acham que precisam ser agradados na igreja. Não suportam só servir em sua vocação, pois se acostumaram a ser servidos e bajulados.
A luz de Jesus penetra até nas menores frestas de obscuridade. Por isso, quem quer continuar vivendo na imundície de trevas e pecados não a suporta e persegue os que, por meio do Evangelho, a anunciam. Para quem escolhe viver e ter prazer na escuridão, o brilho de Cristo incomoda
Enquanto não transferirmos todas as perspectivas centralizadas em nós para propósitos focalizados em Deus, jamais seremos felizes, posto que só se pode encontrar satisfação plena e verdadeira quando temos prazer nEle e em sua Glória, sem interesses próprios como prioridade.
A maior arma da igreja no anúncio do Evangelho e consequente avanço do Reino de Deus é o amor. É claro que a Palavra, que é espada, e a oração constante, com santificação, são bases indispensáveis. Contudo, só o amor pode fazer com que o mundo seja impactado pela Palavra da Cruz.