Coleção pessoal de RanaLuisa

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Muitos não sabem o que é amor, pois nunca foram amados. Tudo aquilo que é novo e nos traz estranheza gera dúvidas.

Saudades, é o que eu tenho de amizades que pareciam ser eternas
De amores que foram um passatempo,
De sorrisos sinceros daqueles que me cercam,
De quando a matemática era só somar ou dividir,
De ralar os joelhos todo mês e de pessoas que se foram para sempre.
Saudades, é o que eu tenho!

Quisera eu poder explicar os mistérios da vida. Estamos incessantemente buscando um norte, uma direção. Fazendo planos que, muitas vezes, não se encaixam no tempo. E em meio a tantas oscilações buscamos um equilíbrio, algo estável.
Mas no fim, não seguramos nem o que cabe em nossas próprias mãos. Pois daqui nada se leva!

Se pararmos para pensar que nossas maiores alegrias existem apenas na memória e em nenhum outro registro físico ou virtual daríamos mais apreço aquilo que nos toca a alma. Os registros da alma são a mais pura linguagem da intimidade humana. Pertencentes ao Eu, esses não podem ser roubados, corrompidos e modificados. São a legítima exatidão dos sentimentos. Se dê o prazer de resgatar esses momentos e ser grato por eles.

Não espere o amanhã caso possa amar hoje.

Somos muito mais alma do que corpo.O corpo, seus trejeitos e a beleza em sim, atuam como uma mera embalagem. Já a alma, é a nossa verdade nua e crua. Nossa essência, anseios e virtudes.

Tudo é um ciclo e amar sempre estará presente no processo. Mesmo nos julgando como racionais, donos dos nossos sentimentos. Os nossos sentidos são mais resistentes a qualquer bloqueio psíquico, seja ele traumático ou desencadeado por medo ou crenças limitantes. Somos tácteis. E toda sensação que nos traga prazer e felicidade dispensa maiores explicações. Necessita apenas ser vivida e não menosprezada pelo nosso orgulho e prepotência. E sim, também somos frágeis. Mas, diferente dos outros animais, temos uma capacidade ímpar de sobrevivência, a de amar.

Somos tão falhos em pensar que tudo é definitivo, que tudo deve correr sempre na mesma direção, unidirecional. Nos julgamos como conhecedores de quem de fato somos e daquilo que sentimos. Mas na verdade, não temos controle sobre nada.O medo atua como uma espécie de armadura, mas se esta é, por vezes, pesada demais você não conseguira se manter de pé. E se um amor cura o outro eu não sei, mas todo processo de desintoxicação deve, primeiro, partir de nós mesmos.

A natureza em fúria hoje se vinga da nossa incessante negligência e ingratidão. Por vezes fomos o câncer do planeta. Destruímos nossa própria essência e agora o universo nos põe a mesa os frutos da ganância, o nosso maior mal.
Sair dessa ileso será um recomeço.É preciso mudar!

Ficamos esperando o dia de amanhã para abrir aquela garrafa
Aquela visita para usar as mais belas taças
Nos tornarmos uma das peças da mobília
Vimos que construímos uma vida vazia
Nos esquecemos que tudo é efêmero
Não fomos como o vinho que se torna melhor com o tempo
Vivemos na era das vaidades
Colocamos nossas ambições em grandes patamares
Nos julgamos como auto-suficientes
Mas no fundo somos como crianças inocentes
E agora o medo é maior do que qualquer sentimento
Só peço a Deus que seja breve todo esse tormento.

Nunca estaremos isentos de sofrer.
O parto, nosso primeiro contato com vida, por mais belo e significativo que seja já consiste em um ato de dor. E cada dia da nossa existência sofremos, mesmo que indiretamente, em busca da sobrevivência.
Mas aqueles que se adaptam e buscam nisso um aprendizado tornam-se mais fortes.

Desvinculados do calor humano e presos como animais percebemos o real valor do amor.

Depois de um tempo percebi que há pessoas que são como uma brisa, passam por nós durante breve momentos e nossas dores ameniza. Outras são como tempestade, destroem tudo o que temos por não aceitarem nossa felicidade. E outras como o mar, trazem boas energias através do amor para nos salvar!

As cidades perderam seus encantos suas alegrias. A liberdade de ir e vir foi suspensa. Estamos diante de um caos, uma pandemia que ultrapassou as barreiras imunológicas, afetivas e emocionais.
A ansiedade e o medo nos sufocam e a certeza sobre o que vem é desesperadora. Mas a fé tem sido nosso único utensílio.

O vírus é o menor dos nossos males. Já estávamos infectados pela hipocrisia, ignorância, despudor e dentre outras mazelas sociais. Neste momento vivemos em uma linha tênue entre ter saúde mental em meio a um esgotamento psíquico. Visto que nem nossa mente conseguimos resguardar.

E agora nos sentimos encurralados pelo nosso próprio ego, impotentes de nossas forças e mentalmente vazios. Os vestígios das nossas escolhas demonstram como a ambição, o dinheiro e o poder nos fizeram tão insuficientes. No fim das contas não somos nada!

Há quem diga que são tempos difíceis para o amor. O isolamento que nos mantém juntos a distância revela o quanto somos e fomos superficiais por anos.
A crise de afetos e a abstinência de amor já perdura há décadas, mas só enxergamos, muitas vezes, quando já é tarde. Quão vulnerável e frágil a vida se mostra. Entretanto, nossa ignorância nos cega.

Nessa vida não há um roteiro pré estabelecido sobre coisa alguma.
Viver é transpirar arte do desconhecido, trasparecer sentimentos, não controlar os instintos.
Nos carece reconhecer, deveras, a essência de cada pessoa, momento e lugar.
Viver é sinônimo de se entregar!

Felicidade não é verbo, mas aprendi a conjuga-la em múltiplas formas.

Tanta gente fraca de mente e de espírito fazendo de qualquer futilidade como alicerce e válvula de escape da realidade. Que me pergunto, nossa geração é mesmo a mais evoluída, civilizada e racional ?