Coleção pessoal de rafakoz
Queria costurar todos os traçados por onde correram seu pranto, suas lágrimas
Talvez você queira remendar meu coração, tão machucado que às vezes fala tanta besteira
Meu sentimento, às vezes nem sabe o que diz...
Permitimo-nos?
Deixamo-nos curar um ao outro?
e de tantos anseios, acabo-me envolvendo em receios...
Afinal, não é tão simples deixar a pessoa que se gosta.
E o futuro é tão incerto. Mas não se espante, pois o certo mesmo
é o sentimento que dedico a ti... E a saudade, mesmo grande, não será suficiente
para afogar o meu grito de : Eu te amo!!!
Amor que adoça meus caminhos, ilumina meus sonhos e dá vida a meus sorrisos...
Uma cumplicidade que não se explica!
O mesmo amor, ou a injúria e a injustiça?
E com os mesmos olhos tristes e opacos, pelos quais meu pranto escorre
Com eles assim, com gotas caindo
Olhando fundo em teus olhos
Lhe diria que o meu amor...
Ah, sim...
O meu amor é ainda bem maior!
Com os olhos marejados, fito a incerteza dos fatos, a insustentabilidade de atos que não cometi.
Miro a falha que nunca aconteceu, mas assola a inconsistência de algo irreal.
Atraco-me, desfaço-me...
Pois a palavra dita me consome e me aflige, corroe-me a alma que, com mãos trêmulas,
versa sentidos opostos do que sentia outrora.
Meu coração nao aprendeu a ler
Nem sequer consegue enxergar
Mas te sente, mesmo longe
Consegue te distinguir na multidão
Palpita, quase explode
Quando você está por perto.
E quase morre com esta solidão.
E, em certos momentos, tornei-me um volantim
Numa corda bamba, um andarilho em meus próprios pensamentos.
Muitas vezes, com olhos marejados, supliquei tua presença
E o vento, trazendo um segredo teu, sussurrou
Confidenciando bem baixinho:
Fica tranquilo
Porque te amo, meu menino!
Vi, hoje
Singela borboleta
Navegando por entre a brisa
Flutuando em sua liberdade
Flores, coloridas ou opacas
Vales, prédios e tudo o mais
Por entre o vidro da janela
Só queria te encontrar.
Mas você se foi... Eu entendo, tinha que ir...
Tal qual menino, fico aguardando a tua volta.
Quero-te, respiro-te de instante em instante, segundo após segundo.
Uno a minha vida a tua, sem a sua devida permissão
Prego-me a ti, junto-me, partilho e repartilho-me.
Agrego tua vida a minha...
E fico, mais uma vez, a te esperar...
Quero teu sorriso sempre a iluminar minha senda
Mas se quiseres, se por bem achares que devo me afastar
Ficas a vontade. Chama-me num canto
Beija-me meus lábios, dá-me um abraço e diga-me:
Agora, não dá mais...