Coleção pessoal de rafaellakristinne

1 - 20 do total de 361 pensamentos na coleção de rafaellakristinne

Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem de minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do Zodíaco.

E você
bem
você me viu
bem na hora que tua irmã gritava por mim.

e eu penso
se não foi assim que a gente não se conhecesse
num tempo estranho da minha vida...
no finalzinho do começo da sua
atropelada por egoístas...
Oh, Deus! Tínhamos muitos egoístas do nosso lado.

E o nosso segundo encontro durou uma eternidade pra ficarmos só, e mais outra eternidade até nos beijarmos... você me fez sorrir, e eu não queria, mas te dei o meu sorriso como se fosse um pedaço de papel que é pra você poder olha sempre.

Você tinha seus motivos pra ser amarga, alguém tinha matado o teu amor...
Uma ex qualquer que com o tempo faleceu dentro de você.

E com um tempo, eu nasci, naquele pedaço de terra esquecido... eu era aquela laranjeira
que atraí os beija-flores e tulipas

Eu tulipando por aí
presente até mesmo naquele banco onde houve muitos amores além de nós e muitos segredos...

Você olha incrédula,
mas eu existo de verdade
e te contei o meu desejos de menina
você deveria saber, mas eu conto mesmo assim.
conto só com o olhar,
esse olhar frágil
e empoeirado
que parece grão de café velho que a gente tenta mastigar.

E você me deixou nascer,
você me fez sorrir,
e agora é só eu e você.

Doce Maria,
abri o meu caderninho numa página qualquer. A lapiseira treme. Grafite zero-cinco, porque as outras fazem a letra ficar gorda e não cabe tudo na página do meu moleskine que é tão pequenininho. É assim, pequena, miudamente, é assim que eu vou falar de você. Ma-ri-a.

Você tem um sorriso bonito e uns olhos castanhos que são tão diferentes dos meus! Como pode algo, assim ser da mesma cor, do mesmo formato, mas ser completamente diferente? Maria, quero lhe fazer um piquenique. E deitar em você. E deixar você me puxar para dentro, absorvendo-me como se eu fosse alguma droga que você nunca tinha experimentado. Comendo pão com geléia. Comendo doce de leite! Comendo brigadeiro e te sujando de nescau. É, nescau, porque não é a-cho-co-la-ta-do. Depois eu te daria remédio por causa da tua alergia. Mas vê, se fosse com uma outra qualquer, seria achocolatado, mas é com você, minha doce doçura, então é nescau.

Tenho essa mania de te chamar das minhas comidas favoritas porque de algum modo eu quero que você entre pela minha laringe e que eu te devore... Quero digerir carinhosamente você, te mergulhar em ácido clorídrico e desfazer com minha bile todo esse medo que você tem da vida. Afogar-te em suco de manga porque minha sede de aventura nunca passa e eu estou sempre bebendo coisas gostosas. Ou ainda te lambuzar de chocolate. Mas só se eu puder te limpar depois, com uns beijos molhados, que podem ser babados (espero que você não tenha nojo de mim).

Ah, Maria. Eu quero te passar no pão e te guardar uma jóia. Exibir você no pescoço, como uma gargantilha, ou ainda como um colar para ficar mais perto dos pulmões. E respirar você... E sentar do seu lado no carro, enquanto você está dirigindo, e te escrever um poema que não é metrificado e nem muito bonito, mas que é seu.

E essa prosinha, essa também é sua, embora meio melada de açúcar...

Eu sei que não sou o sonho da vida de ninguém... Sou chata, deveras ignorante, antipática, indiferente, desligada. Sei que muitas vezes, na maioria das vezes, não correspondo as expectativas. Não sou divertida. Sei que você nunca imaginaria o amor de sua vida como alguém "tão nova, mas tão velha, tão louca", alguém que adora contrariar. Mas, eu juro por cada fio de cabelo meu (olha que tenho muitos) que ao seu lado eu tento ser alguém melhor, mesmo errando eu tento te fazer feliz... E queria mesmo poder te dar todas as coisas que você quer, por mais inúteis que me pareçam. Estar comigo é provavelmente algo tedioso, monótono, um ócio a maioria do tempo. Pessoas como eu e você literalmente são definidas como misturas heterogêneas, grandezas inversamente proporcionais. Todavia, estamos aqui, juntas por pelo menos quase 151. Você tem vivido meus melhores e piores dias, e eu os seus. Fugimos algumas madrugadas, começamos a namorar, brigamos, perdoamos, brigamos, nos aventuramos. Enfim, estamos vivendo o nosso conto de fadas, e possivelmente sairemos dele um dia. Mas ainda estamos aqui. E acho que sempre vamos estar, porque mesmo que eu não tenha sido feita para você e nem você para mim, nós escolhemos suportar as falhas, as faltas. Então, por favor me perdoe meu amor, por ter lavado o cabelo , mesmo sabendo que estava doente e não te levar pra sair no nosso aniversário de namoro.

Eu tenho teu nome tatuado na minha alma.
Eu tenho teu cheiro impregnado no meu lençol.
Eu tenho teu amor preenchendo meu coração.
Eu tenho você em cada centímetro da minha vida bagunçada.
Eu tenho você mais de você em mim do que você mesma consegue ter em si.
Eu te carrego dentro e fora, fora e dentro de mim.
Eu tenho teu nome tatuado na minha alma.
Eu tenho teu cheiro impregnado no meu lençol.
Eu tenho teu amor preenchendo meu coração.
Eu tenho você em cada centímetro, tenho você em mim.

A principio não pensei que fosse dar certo, e realmente não deu. Mas por incrível que pareça estou tentando me recompor, há pedaços de mim por todos os lados do meu quarto escuro, mas de vez em quando colo algumas partes em mim. Mas quanto mais eu colo, outro pedaço se desfaz, eu sei, parece ser algo monstruoso, e eu sou uma monstruosidade, e sei que também deveria estar morta. Quem iria mesmo se importar não é? Enfim, ainda faltam alguns pedaços que estão perdidos em lugares os quais não alcanço. Se você o alcança, e sei lá, no mínimo tem pena de mim, por favor, pegue-o, pois sou dependente de algumas pessoas, por mais que eu me engane e minta. Ainda necessito de pessoas iguais a você, sejam pra concertar minha internet, meu computador, consertar a minha descarga ou qualquer coisa idiota, ainda preciso de pessoas iguais a você. Pessoas que concertam a minha vida.

Descubra meu lado alcoólatra, boêmia, leve, filosofa, critica. Divida comigo uma mesa de bar e vamos falar do mundo enquanto peço mais uma para o garçom. Não se acanhe, não precisa sussurrar, pode gritar que o lugar lhe permite. É, é isso mesmo, arraste uma cadeira, peça mais um copo e conte sobre as desilusões da vida. Que isso joga o relógio pro lado, desliga o telefone, esquece do mundo, bebe mais uma ai, solta um sorriso e vamos conversas devaneios até o sol raiar. Senta aí, aqui é o melhor lugar do mundo pra gente se encontrar.

Olhos tristes sabem pra onde ir, tentando não olhar pra trás, tentando não sorrir, pois olhos tristes sorriem demais.

Você é a pessoa mais perturbada que eu já conheci. Só que fazes dessa loucura algo tão bonito que dá vontade de ser louca junto contigo, igual a você.
Vontade de pegar sua mão e correr pelas ruas, de choramingar enquanto sorri, de mentir sendo honesta, mas até entender que pra ser louco assim tem que ter nascido louco. Eu já perdi a cabeça tentando entrar na sua, só pra depois você sumir de mim e me deixar assim, perturbada, com uma parte de mim faltando. Exatamente igual a você.

Tão frágil que chega da medo de tocar, tão bela que é impossível não tocar, pois onde toco causo estragos, mas sem querer tocar-te, acabo tocando-te, tocando-te com palavras, tocando-te com meu coração, mas assim como a luz nunca toca completamente a escuridão, eu tentarei nunca tocar no teu coração.

Olho pra você tentando não olhar e disfarço muito bem o meu sorriso vendo você brincar sozinha, eu tento pisar leve no chão quando ando ao seu lado. Seguro de leve na sua mão quando você passa na minha frente, e conto até três antes de te dar um beijo no rosto, pra você não achar que é desespero meu. Quando eu deito com a cabeça no teu ombro, só to pedindo um pouco mais. Minha mão treme quando passo meus dedos devagar na sua pele, fico com vergonha quando você ri de algo que eu fiz. Sinto sua falta o dia inteiro, mesmo que tenha te visto a dois segundos atrás. O pior de tudo ainda nem chegou: eu pisco várias vezes quando te vejo pela primeira vez no dia, só pra ter certeza que não estou sonhando.

Meu sorriso tem o nome de uma moça
de tão bela voz, e uma calma que me inquieta.
Sua presença me acelera;
Seu toque me tenta
aos tropeços,
sem tato,
no entanto,
tal toque
é o tambor
tremendo,
estrondoso;
E termina
o tentar,
transformo-a
em tornar,
encontrar
um jeito
de tê-la
tão perto,
tão certo,
incorreto,
imperfeito,
este feito,
este tom,
meio tom,
para mim.

Agradável, mas não essencial.
Memorável, mas não inesquecível.
Alegre, mas não feliz.
Prazeroso, mas não vicioso.
Incomum, mas não único.
Bom, mas não satisfatório.
Bonito, mas não atraente.
Difícil, mas não desafiador.
Intrigante, mas não inquietante.
Paixão, mas não amor.

Passei por uma onda de revolta meio tensa esses dias. Acho que era muita coisa na cabeça. Senti raiva e ódio de mim mesma, ao mesmo tempo que estava triste, e até satisfeita. Essa confusão de sentimentos na minha cabeça me deixa louca, completamente louca. Você não sabe em quem mais acreditar, não sabe quem você vai ouvir. E é nessa hora que você acaba sendo 'levada' pelos outros... Às vezes até pelas pessoas que só te deixam mal. A auto-estima e a energia testam tão baixas, que qualquer um que venha com uma coisa ruim, uma coisa que normalmente ia te deixar meio incomodada, agora não, ela te deixa destruída. Completamente. Não que eu esteja depressiva a ponto de querer me matar, mas... Eu estou em uma fase que eu não consigo definir o que eu sinto. Isso me incomoda. Normalmente eu me defino por:estranha, feliz, hiperativa que não cala a boca. Agora eu to mais pra menina temperamental que muda de sentimento a cada minuto e se irrita por tudo. Essa realmente não sou eu! Eu não quero ser assim.
Eu chego a me sentir egoísta sabe? Reclamando de coisas que só me afetam. Tem tanta pessoa por ai que tem uma vida muito pior, com muito mais sofrimento. E tem tanta gente que só anda por ai falando das roupas de marca e da última viajem que fez. Qual é a deles?? E o pior de tudo é você ver seus amigos,que não eram assim, eram pessoas normais, que se importavam com problemas de verdade, se tornando cada vez mais, robôs consumistas, pessoas que só se preocupam com a aparência. Tem gente passando fome, tem gente sem casa. Tem gente que não tem acesso a internet, muito menos a educação. Gente que se contenta com o básico do básico. Gente que só pede pra ter saúde. Que reza pelos outros. Eu admiro essas pessoas, eu admiro o simples. O básico. O que realmente é fundamental para a vida de alguém. Não quero que as pessoas comecem a doar todos seus bens e tal. Mas só uma conscientização, e uma baixada de bola já era um bom começo. Alias um ótimo começo.

Como pareço ser, afinal? Algo que você experimenta, gosta. Experimenta de novo, gosta mais. Vicia, enlouquece. Se perde. Se obceca. Ama. Então percebe que não te faz bem, que te derruba, te deprime. Logo larga. Desaparece. Pra outros lugares, com outros vícios, outros amores, outras quedas. Sente falta, claro que sente. Dá vontade. Aí volta, sempre volta. Decide voltar, desiste. Como se eu fosse estar sempre lá, numa pequena cápsula, te esperando pra explodir.

Ela é atraente e uma boa criminosa.

Deixa o vento bagunçar seu cabelo, deixa eu ficar mais perto, deita um pouco pra cá. Esquece os problemas, esquece de voltar pra casa quando amanhecer, vamos ouvir nossas músicas, vamos fumar nossos cigarros. Deixa eu te arrepiar, te fazer explodir, deixa iluminar, deixa tudo pra lá, escuta meu silêncio, eu to querendo te amar pra sempre. Dorme um pouco, acorda pra me beijar, não muda de ideia amanhã. Fecha os olhos que eu não vou embora.

Quero sentir o doce veneno de sua boca sucumbir cada lábio meu.
O fervor de seu aroma ordenar e des-disciplinar a cor de cada fração de meu sistema, como um calmante regenera estrutura a um quase suicida...
Como uma câmera-de-ar sufoca o pulmão indefeso e confuso. Quero um novo comando, sem comandante ou com vários fugaz. Um pôr-do-sol sem brilho, é o meu corpo sem o seu timbre por perto.
Nós poderíamos, com todas as suas partes que me assombram e todas as suas más-perspectivas.
Aboliríamos esse meu comportamento sem metas, e faríamos arder um novo romance em minhas entranhas adormecidas. Um beijo, apenas um, e eu me rendo.

Pois quando não está em mim, sem estar me rasgando de saudades ou sem tirar o meu sono ou sem estar destruindo meus planos ou não me tornando sua, é a mesma coisa que me deixar desaparecer.

Alegre-se meu amor, as batidas do seu coração ainda não estão contadas assim como as do meu também não, e se rir é o melhor remédio, quero te fazer estourar de tanto gargalhar. Quero contribuir para você ser risonho o tempo todo, embora você bem saiba o quanto eu sou idiota. Sinta o comprimento dando voltas na sua perna. Veja o tempo te dando “tchauzinho” enquanto a gente troca os pneus. Se cá caísse do céu uma corda, pra lá eu subiria e faria chover na sua cabeça. Choro porque sou feliz e porque você me faz viva. Mesmo que tenham se passado longos dias desde o nosso início, todo dia cabe a mim uma nova alegria e nada abate o que eu sinto e o que eu quero. Eu continuo acreditando, e será necessária uma morte cruelmente lenta para me fazer mudar quanto a isso. Se me perguntas sobre meus suspiros, digo-te que é porque não sei onde me guardar quando o espaço se acaba. Digo-te que às vezes me perco fora de mim, mas me pego de volta quase a não haver mais tempo. Você sabe muito bem como eu funciono, embora surpresas sejam inevitáveis. Só espero ainda te fazer feliz, assim como sempre me fez.