Coleção pessoal de querido-diario
Bipolar e Psicopata.
Bipolar: Oi Psicopata, desculpe incomodar.
Psicopata: Oi. Tudo bem, eu acho.
Bipolar: Eu só queria saber como é não ter sentimentos.
Psicopata: Vazio e solitário. Como é tê-los todos de uma vez?
Bipolar: Confuso e cansativo. Será que poderia me dar um pouco do seu vazio?
Psicopata: Será que poderia me dar um pouco dos seus sentimentos?
Bipolar: Você não ia gostar da confusão.
Psicopata: E você não ia gostar da solidão.
Sou eu quem vai te aconselhar quando aquele vagabundo te magoar. Sou eu que vou te abraçar quando te ver chorando por quem não te mereceu. Sou eu que sou te dar todo aquele conforto quando o mundo virar as costas. Sou eu quem vou te fazer feliz quando você pensar que tudo ta acabado. Sou eu quem vai te fazer sorrir quando se decepcionar novamente. Resumindo, sou eu que você precisa. Mas do que importa se só você não percebe isso?
Não, eu não sumi. Continuo morando no mesmo endereço. Ainda continuo com o mesmo número de celular. Não parei de frequentar os meus lugares favoritos e muito menos troquei de e-mail, assim como não deletei nenhuma rede social. Eu apenas parei de me importar com “você sumiu”, “sinto sua falta”. Pois bem, tu sabes aonde me encontrar.
— Você não acredita em magia de nenhum tipo?
— Não. — ele falou.
— Isso é triste — ela disse. — Porque às vezes ela existe.
Ele sorriu. — Bom, talvez eu encontre alguma coisa que me faça mudar de ideia enquanto ainda estiver por aqui.
Ela também sorriu. — Você já encontrou. Só que é teimoso demais para acreditar nisso.
Seria legal que no dia 21-12-2012, as empresas de energia elétrica apagassem todas as luzes, só pra dar um sustinho nas pessoas.
Eu costumava perdoar sempre quando você abandonava o nosso navio, o navio que construímos juntos. Você pulava para outra embarcação e eu remava sozinho. Eu passei por tempestades e tempos dificil por muito tempo, aguentei a sua ausência; Passei fome de felicidade e todos os dias olhava para o alto mar esperando a sua volta. Você sempre voltava com arrependimento, mas depois de um tempo abandonava de novo o nosso navio. Eu poderia ter mudado a rota, poderia ter seguido em frente, mas enfrentei tudo de novo, por você. Mas dessa vez não. O “nosso” navio afundou e eu morri, junto com ele.