Coleção pessoal de QuemLiga
O ser humano vivencia a si mesmo, seus pensamentos como algo separado do resto do universo – numa espécie de ilusão de ótica de sua consciência. E essa ilusão é uma espécie de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais, conceitos e ao afeto por pessoas mais próximas. Nossa principal tarefa é a de nos livrarmos dessa prisão, ampliando o nosso círculo de compaixão, para que ele abranja todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza. Ninguém conseguirá alcançar completamente esse objetivo, mas lutar pela sua realização já é por si só parte de nossa liberação e o alicerce de nossa segurança interior.
O amor desperto é um fluxo contínuo de compaixão; é quando podemos nos colocar no lugar do outro e damos força para esse potencial se manifestar. É uma vontade sincera de ver o outro brilhar; de ver o outro feliz e satisfeito. É isso que eu chamo de "autentico altruísmo"
A principal característica do amor desperto é a doação desinteressada. Assim como a flor espalha seu perfume e sua beleza gratuitamente, assim como o sol espalha seu calor e sua luz; assim como a chuva molha a terra, e a água mata a sede, a essência do ser humano ama.
Esse conhecimento é um produto da minha própria experiência, pois não a outra maneira de conhecer a verdade se não a experimentando. Somente quem experimenta a fragrância do amor sabe como ela é.
Essa jornada do amor, é cheia de desafios, mas é através deles que avançamos. Os relacionamentos trazem grandes provas; eles nos espremem e cutucam nossas feridas. Então muitas vezes achamos que não tem saída. Somos levados a pensar que esse negócio de relacionamento não é para nós e nos perguntamos se vale a pena jogar esse jogo. Nessa hora é importante lembrar da meta: estamos aqui para amar e criar união. Esse é o jogo.
Amar requer uma grande coragem, a coragem de ser humilde. Somente com muita coragem você pode ser humilde. Todo orgulhoso é um grande covarde, pois o orgulho é uma armadura que serve para impedir a revelação.
Para amar,você terá que se tornar extremamente suscetível. Terá que lidar com uma profunda fragilidade, terá que expor sues pontos mais vulneráveis.
Um relacionamento em que ha abertura para abrir mão do vicio de acusar o outro pela própria infelicidade. Estou falando de uma parceria que ambos se dispõem a assumir a própria responsabilidade quando as crises surgem
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...