Coleção pessoal de Pvieira
Ele soube ser legal comigo e era mais ou menos isso que eu precisava para facilitar as coisas. Perdão pela simplicidade, pela falta de um enredo promíscuo ou apaixonado ou cheio de traições e culpas e intrigas, mas é por aí mesmo.
(Só um garoto)
Mas sabe como é, ou você se absolve em algum nível ou vai passar o resto dos dias odiando você mesmo. E o que eu aprendi com isso tudo? Não sei. Talvez que todos nós cometemos erros. Afinal, somos todos humanos. Alguns, à sua estranha maneira.
(Contra o mundo)
Essa pose de menina-meiga-santinha era só disfarce. No fundo você esconde o veneno alecrim-doce de uma mulher.
(Contra o mundo)
É proibido. É um tabu social. É uma contravenção. É contra o mundo. Tudo, nossas afinidades, nossos passeios distraídos, nossos telefonemas escondidos, nossos pequenos encontros em ruas desertas, nossas canções dedicadas, nossos beijos no escuro do cinema depois de comprarmos os ingressos e enfrentarmos a fila estrategicamente separados, paranoicos e suarentos de nervoso. Putz, o que a gente vai fazer agora?
(Contra o mundo)
As coisas não andavam boas, no geral; eu estava de saco cheio de tudo, amargurado com os relacionamentos, logo, empenhado em provar que o amor perfeito não existia ou, ao menos, não era bem como estava sendo anunciado.
(Contra o mundo)
Alguns dizem que o amor é contagioso, e se isso for verdade, o deles me pegou como um vírus mutante e letal.
(Contra o Mundo)
Eu não desisti dos meus sonhos, mas às vezes acho que eles desistiram de mim. Cansaram de me esperar.
(“Anabell” sobre seus sonhos, seu nome de batismo e a garota maravilhosa que você é)
Se eu bem te conheço, basta me despedir usando a tática do me-liga-qualquer-coisa. Foi assim, desse jeito, que até hoje nenhum dos seus adeus durou para sempre.
Será que eles sabem que aquela garota ali no canto da mesa, de decote, de bolsa da moda, rindo pra caramba, contando mais uma de suas aventuras vazias e descartaveis, acorda todos os dias pensando: o que eu realmente quero com essa vida? Como faço pra ser feliz?'
Fazer com que as pessoas não se aproximem muito não é uma forma de esnobar, é uma forma de se proteger.
Acho que tenho medo mesmo é dela inteira, mais do que, sei lá, de assalto ou de avião. O que é estranho, porque ela é tão pequenina e delicada e inofensiva.
(Tempo + espaço = sinto sua falta)
Do que eu tenho medo? Deixa eu ver. Sei lá, de repente de chegar um dia e ver que foi tudo em vão, que não valeu a pena, cada gesto ou cada ação, cada investimento e concessão.
(Tempo + espaço = sinto sua falta)
A gente sonha sozinho pra depois realizar com alguém. Complicado isso.
(Tempo + espaço = sinto sua falta)
Preciso de quem amo para compartilhar tudo aquilo que sonhei. Ou não faz sentido.
(Tempo + espaço = sinto sua falta)
E o engraçado é que nunca choro na frente dele, ele deve me achar uma dinossaura insensível.
(Tempo + espaço = sinto sua falta)
Ficar comigo na teoria pode ser mais doce que na prática, mas você vai se acostumar. Eu vou me acostumar. A gente se acostuma com tudo. Você vai ver.
(Campos de morango pra sempre)