Coleção pessoal de PriscilaOgg

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As piores lembranças envolvem comida. Ou o excesso, ou o protesto por uma dieta ou a ausência.

Vou do riso ao choro com uma palavra mal dita.

A madrugada me inspira. Viajo para lugares somente descrevíveis na arte em que me expresso.

A BOLA DA VEZ

Estava uma bola rosa em casa, fazendo o que sempre fazia. Quando ouviu um barulho bem baixo vindo da parede colorida de seu quarto. Era uma fada. Uma fadinha presa. A bola desesperada queria ajudar de alguma forma aquela fada, com uma voz tão doce.Tinha medo de quebrar a parede e machucar a pobrezinha. Mas não tinha outra opção. Pegou o martelo mais pesado que encontrou nas ferramentas do papai Bolão Azul e libertou a fadinha sem nenhum arranhão.
Foi mágico, assim que a fada saiu da parede, a parede se reconstruiu e a fadinha a agradeceu muito. Elas começaram a conversar e a pobre fada disse estar presa ali por causa de um feitiço que uma rainha rogou. A rainha parecia boa e confiável, sempre cheia de certeza e razão. Com argumentos para qualquer circunstância, aparentemente sem motivos para desconfiança.
Por trás de tudo isso, tinha alguns planos malvados para enaltecer seu nome nas costas da doce fadinha. Maaaas... A fada era doce e não boba! Percebeu na hora que a rainha era má e que seus planos geniais eram estratégias que usavam a pobre fada como ferramenta.
Sem pensar duas vezes, a fada, com toda a sua inteligência quis cair fora dessa situação. Foi então que a rainha descobriu e prendeu a fada em uma parede aleatória, de um quarto aleatório de um lugar qualquer. Pensando que ninguém nunca ouviria seus gritinhos melodiosos. O poder da pobre fada estava interrompido enquanto ela estivesse presa.Eis que a bola rosa ouviu o grito e a libertou.
Depois que a bola ouviu essa história, ficou chocada e com muita, mas muita raiva da rainha e de seus aliados. Mas nada podia fazer. A não ser ficar ao lado dessa fada doce que não merecia nem o vento do inverno, que insistia em dificultar seu vôo jardins afora.
A rainha, toda cheia de si, jurou que a fadinha aparentemente frágil e sem defesa, faria um chamado para voltar e pediria desculpas por aquilo que nem se quer tinha feito. E ficou surpresa ao não receber nenhum tipo de notícia. Seus aliados, cujas cabeças tinham sido literalmente programadas para obedecer e concordar com a rainha, começavam a desacreditar em seu “tamanho poder” e foram a abandonando aos poucos. Ela, toda orgulhosa, aparentemente não deu bola pra isso. Afinal, jurava que continuaria “poderosa” mesmo sem ninguém ao seu lado.
Por fim, a rainha acabou sozinha, sem amigos e sem aliados. Quase entrou na depressão. Só então, depois de ter que passar por tudo isso, resolveu pedir desculpas para a fada. Mas a fada, madura, disse que ela não lhe devia desculpas alguma e que o tempo já havia lhe castigado o bastante para ela aprender. Enfatizando que as coisas jamais serão como sempre foram antes de tudo isso, mas que a convivência é sim possível desde que haja respeito de espaço e opinião.
A rainha ficou impressionada com a atitude da fada, mas depois de tanta coisa, concordou com as novas “regras”e elas viveram neutras enquanto foi possível.
A bola nunca mais se separou da fada, sua confidente e melhor amiga e viveram unidas para sempre.

Entender pra que?

Cada vez que eu tento me entender, penso que tenho sempre algo a mais para descobrir. E se esse algo a mais for a descoberta de uma vida inteira, passarei a vida inteira caminhando e peregrinando por esse mundo tão injusto quanto injustiçado para enfim chegar a um lugar prometido.
Sinto forças para avançar, percorrer e desdenhar uma fantástica viagem em busca de sonhos e conhecimento com toda a humildade. Mas sinto a fraqueza por não saber de onde começar, com o peso do próprio corpo que carrego, deixo transparecer toda a angústia que me atormenta, toda a fúria por não ter paciência, toda a simplicidade por saber esperar também.
É algo tão difícil de dizer, pois são apenas palavras que podem não valer nada, e ao mesmo tempo, podem significar um imenso oceano de mistérios resumidos em apenas um grão de areia, mas tão sólido, incapaz de se compreender sozinho sem conseguir se mover do lugar.
Almejo algo lá na frente, cada dia que se passa deixo um pouco mais do meu orgulho para trás, e orgulho para quê? Sentir orgulho de si mesmo pode parecer ser bom, mas sendo o oposto da humildade, é comparar bebida X volante, é usufruir o sol do dia e querer ao mesmo tempo contemplar a lua noturna, é ver o brilho das estrelas desaparecerem com a nuvem negra, que vem trazendo uma chuva, uma tempestade, um temporal.
Mas se porventura eu puder compreender tudo isso, que Deus me abençoe pelo caminho escolhido. Pois muitas vezes me acho grande, brava e gigante, achando que posso vencer qualquer obstáculo, e começo a subir, a escalar a jornada da vida, e quando finalmente chego ao topo pensando ter conquistado tudo, olho o imenso horizonte e vejo o mundo inteiro pela frente, descubro que sou uma criança inofensiva em um berço, aonde devo aprender a engatinhar, a me levantar e caminhar com as próprias pernas, sabendo que posso cair e me ferir, porém, tendo a plena consciência de que posso me levantar mais uma vez e continuar, por esse mundo soberbo de alegrias e tristezas, onde posso transformar tudo o que vivi de ruim em bons atos e provérbios como lição de vida, seguir mais um passo e descobrir sempre algo novo, sendo apenas um grão de areia sólido ou o suave frescor de um imenso oceano e enfim entender a minha vida. Ou não!

Em meio a tantos salgados e azedos, existe um único doce lindo, colorido e cheiroso. Aqueles doces de desenho sabe? Perfeito!
Talvez esse doce seja o mais gracioso de todas aquelas guloseimas do balcão. Mesmo sendo o único com taxa elevada de glicose e anilina do lugar. Chama atenção apenas por sem quem é, sem precisar seguir a “tendência” dos salgados, amargos, azedos e Cia.

Obrigada meu doce!

Amor à distância é uma polêmica duvidosa que só quem ama sabe o que é. Existe! Mas como explicar para o mundo que pensa apenas com a cabeça (e olha lá!). A maior dificuldade das pessoas é pensar com o coração. Uma espécie de bloqueio. Pra que isso? É difícil engolir o amor? É difícil amar verdadeiramente não importa a distância? É! Mas fazemos tanto esforço com coisas tão fúteis. Será que experimentar esse amor é tão complicado assim? Não meu bem! Complicados somos nós que não admitimos sentir o que dizem não ser real. O segredo é viver por si e acreditar em suas filosofias. Desde que não machuque ninguém, qual é o problema? Ame longe, ame perto, ame quem você quiser, como vc quiser. Apenas ame!

Antes do anoitecer algo abstrato aconteceu além de anunciar alguém ansioso a alcançar as amplas atividades, e as atitudes antepostas adquiridas anunciam a aventurança da amizade aliada ao amor aonde aquece ao andar acompanhado. Austeras armaduras alimentam atrocidades e ambições anormais à alma afrontam advenças admitidas, acomodadas ao amparo amigo que ameniza a árdua aliança admirada no âmago e a aurora ardilosa acarreta o alívio auto acolhedor ao amanhecer.

Tenho três cores de papel, cola e uma imaginação fértil.

A vantagem de tomar café da manhã às 17:30, é que você já almoça, toma café da tarde e janta junto.

Sinceramente? Sou quadripolar!

Universidade é mágica !!! Sim , todo calouro deve pensar assim.

O calor entra pelas janelas da casa que entreabertas trazem o cheiro do verão sobre todas as coisas, as vozes que chegam da rua, os candeeiros que testemunharam o fervilhar da noite, o respirar da casa, o silêncio...
Há um doce fresco que só as noites de verão têm... o perfume das flores, searas e árvores que derramam o néctar ao sol quente.

A liberdade não é alguma coisa que é dada, mas resulta de um projeto de ação. É uma árdua tarefa cujos desafios nem sempre são suportados pelo homem, daí resultando os riscos de perda de liberdade pelo homem que se acomoda não lutando para obtê-la.

O homem sempre se fez prisioneiro de angústias, medos, culpas, solidão, impossibilidade de agir, padrões pré determinados, doutrinas, normas, dogmas e por aí vai... Pode então libertar-se buscando o autoconhecimento e realizando-se. Tornando-se responsável por suas escolhas.

O que é ser livre? Como o homem pode ser livre? Seria uma possibilidade utópica?

Mal entendida, negada, almejada, sobretudo usurpada a liberdade sempre foi uma questão fundamental para a humanidade.

Meu amor é sincero, sem cobranças, sem ciúme, sem clausura. É amor de quem ama de verdade.

O amor não dá pistas, ele está dentro de cada um. Quem ama, ama e pronto. Ama com defeitos, com diferenças, com o corpo e com a alma. Quem ama não espera troca, dá sem querer receber.

Sei que exagero,
mas se não for assim
não sou notada.

O preconceito e a inveja dominam a cabeça da maioria. Os autênticos sofrem pela exclusão. Por outro lado, ganham em saber que quem está junto consigo, são pessoas verdadeiras, as raridades do mundo. Digamos que isso seja uma espécie de filtro, para que possamos testar quem "faz tipo" e quem é o que é, sem medo de ser feliz. Não estou dizendo que ser diferente é dar uma de ridícula por aí, mas sim ser FELIZ SEM ARTIFICIALIDADE NENHUMA e ponto (o que pode soar ridículo para alguns, que por mais que não admitam, morrem de vontade de fazer igual, eu sei!).