Coleção pessoal de priscila_batista

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Mãe é aquela pessoa para quem você corre quando está em apuros.

Se eu leio um livro e ele torna o meu corpo tão frio que fogo nenhum poderia esquentá-lo, sei que isso é poesia.

Incapaz de morrer é aquele que é amado, pois o amor é imortalidade.

O coração tem bordas estreitas...

Uma palavra morre
Quando é dita —
Dir-se-ia —
Pois eu digo
Que ela nasce
Nesse dia.

Coração, nós o esqueceremos!

Coração, nós o esqueceremos!
Eu e ti, hoje à noite.
Deves te esquecer do acalento que ele nos deu,
Que eu me esquecerei do lume.

Quando o houveres feito, diga-me te suplico,
Que aos meus pensamentos toldarei;
Apressa-te! Que enquanto te tardas,
Dele ainda me lembrarei!

Não é necessário ser uma câmara para ser assombrado, não precisa ser uma casa. O cérebro tem corredores superando lugar material.

Continua a bater à porta e a alegria que há dentro de ti, acabará por abrir uma janela e espreitar para ver quem é.

A lembrança, ninguém a faz crescer
Quando perdeu a raiz.
Apertar-se em volta a terra,
Mantê-la ereta, talvez
Possa enganar o universo,
Mas não recupera a planta.
A memória verdadeira
É como o cedro — tem pés
Calçados em diamante.
Nem se pense que adiante
Cortá-la, se já arraigou:
Seus brotos de ferro irrompem
Novamente, se alguém a derrubou.

Se eu puder aliviar o sofrimento de uma vida, ou se conseguir ajudar um passarinho que está fraco a encontrar o ninho... A vida terá valido a pena.

Todo meu patrimônio são meus amigos.

Viver é algo tão espantoso que sobra pouco tempo para qualquer outra coisa.

A esperança é uma ave que pousa na alma, canta melodias sem palavras e nunca cessa.

A água se ensina pela sede;
A terra, por oceanos navegados;
O êxtase, pela aflição;
A paz, pelos combates narrados;
O amor, pela cinza da memória
E, pela neve, os pássaros.

A minha vida fechou-se duas vezes antes de se fechar –
Mas fica por saber
Se a imortalidade me revela
Um evento maior

Tão largo, tão incrível de pensar
Como estes que sobre ela duas vezes tombaram.
Partir é tudo o que sabemos do céu,
Tudo o que do inferno se pode precisar.

# 288

Não sou Ninguém! Quem és?
És tu - Ninguém - também?
Há, pois, um par de nós?
Não fales! Não vão eles - contar!
Que horror - o ser - Alguém!
Que vulgar - como Rã -
Passar o Junho todo - a anunciar o nome
A charco de pasmar!

Cemitério

Este pó foram damas, cavalheiros,
Rapazes e meninas;
Foi riso, foi espírito e suspiro,
Vestidos, tranças finas.
Este lugar foram jardins que abelhas
E flores alegraram.
Findo o verão, findava o seu destino...
E como estes, passaram.

A palavra morre no momento em que é proferida - dizem alguns. Eu digo que ela começa a viver naquele momento.

O êxito parece doce a quem não o alcança.

A beleza não tem causa. É. Quando a perseguimos apaga-se. Quando paramos - permanece.