Coleção pessoal de POLLYBAIANINHA

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Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos. Um filme mais ou menos, um livro mais ou menos. Tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu acaso, sua adoração ou seu desprezo. O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia.
(...) as coisas muito boas e as coisas muito ruins exigem explicação. Coisas mais ou menos estão explicadas por si mesmas.
(...) Não gosto de nada que é raso, de água pela canela. Ou mergulho até encontrar o reino submerso de Atlântida, ou fico à margem, espiando de fora. Não consigo gostar mais ou menos das pessoas, e não quero essa condescendência comigo também.

Não tenho mais idade pra brincar de esconde-esconde.
Vem me pegar.

RELAÇÕES VIRTUAIS

Fui absolutamente rendida pelo poder das relações virtuais. Acredito que é possível conhecer alguém por e-mail, se apaixonar por e-mail, odiar por e-mail, tudo isso sem jamais ter visto a pessoa. As palavras escritas no computador podem muito. Mas nem sempre enxergam a verdade.
São sete horas de uma manhã chuvosa. Você não dormiu bem à noite. Põe pra tocar um som instrumental que deixa suas emoções à flor da pele. Vai para o computador e começa a escrever para alguém especial as coisas mais íntimas que lhe passam no coração. Chora. Escreve. Olha para a chuva. Escreve mais um pouco. Envia.
São onze horas da noite deste mesmo dia. O destinatário da sua mensagem está dando uma festa. Todo mundo fala alto, ri muito, rola a maior sonzeira. Ele pega uma cerveja e dá uma escapada até o computador. Abre o correio. Está lá a mensagem. Um texto longo que ele lê com pressa. Destaca algumas palavras: "a saudade é tanta... sozinha demais... dividir o que sinto..." Papo brabo. Responderá amanhã. Deleta.
Alguém pode escrever com raiva, escrever com dor, escrever com ironia, escrever com dificuldade, escrever debochando, escrever apressado, escrever na obrigação, escrever com segundas intenções. Nada disso chegará no outro lado da tela: a pressa, a hesitação, a tristeza. As palavras chegarão desacompanhadas. Será preciso confiar no talento do remetente em passar emoção junto de cada frase. Como pouquíssimas pessoas têm esse dom, uma mensagem sensível poderá ser confundida com secura, tudo porque faltou um par de olhos, faltou um tom de voz.
Se você passou a desprezar alguém, pode escrever "não quero mais te ver". Se você ama muito alguém, mas a falta de sintonia lhe vem machucando, pode escrever "não quero mais te ver".
Uma mesma frase e duas mensagens diferentes. Palavras são apenas resumos dos nossos sentimentos profundos, sentimentos que para serem explanados precisam mais do que um sujeito, um verbo e um predicado. Precisam de toque, visão, audição. Amor virtual é legal, mas o teclado ainda não dá conta de certas sutilezas.

Te cuida

A gente sai de casa para ir numa festa ou para pegar a estrada, e antes que a porta atrás de nós se feche, ouvimos a voz deles, pai e mãe: te cuida. A recomendação sai no automático: tchau, te cuida. Um lembrete amoroso: te cuida, meu filho. A vida anda violenta, mas a gente não dá a mínima para este "te cuida" que a gente ouve desde o primeiro passeio do colégio, desde o primeiro banho de piscina na casa de amigos, desde a primeira vez que saímos a pé sozinhos. Pai e mãe são os reis do "te cuida", e a gente mal registra, tão acostumados estamos com estes que não fazem outra coisa a não ser querer nosso bem e nos amar para todo sempre, amém.

No entanto, lembro da primeira vez em que estava apaixonada, me despedindo dentro do carro, entre beijos mais do que bons, com aquele que devia ser um moleque mas para mim era um homem, e um homem estranho, uma vez que não era pai, irmão, primo, amigo ou colega. Depois do último beijo, abri a porta do carro e, antes de sair, ouvi ele dizer com uma voz grave e sedutora: te cuida.

Me cuidarei, pode deixar. Me cuidarei para estar inteira amanhã de novo, para te ver de novo, te beijar de novo. Me cuidarei para me tocares com suavidade, para nunca encontrares um arranhão sobre a minha pele. E cuidarei do meu humor, dos meus cabelos, cuidarei para não perder a hora, cuidarei para não me apaixonar por outro, cuidarei para não te esquecer, vou me cuidar.

Me cuidarei ao atravessar a rua, me cuidarei para não pegar um resfriado, me cuidarei para não ficar doente. Me cuidarei, meu amor, enquanto estiver longe dos teus olhos, nos momentos em que você não pode cuidar de mim.

Fica a meu encargo voltar pra você do mesmo jeito que você me viu hoje. É de minha responsabilidade não ficar triste, não deixar ninguém me magoar, não deixar que nada de ruim me aconteça porque você me ama e não agüentaria. Claro que me cuido, nem precisava pedir.

Te cuida, dissera ele. E eu ouvi como se fosse um te amo.

Meses depois, terminado o namoro sem beijos de despedida, saio do carro trancando o choro, ainda que o rompimento tenha sido resolvido de comum acordo. Abro a porta e já estou com uma perna pra fora quando ouço, sem nenhuma aflição por mim, apenas consciência de que não teríamos mais notícias um do outro: te cuida. Me cuidei. Só chorei quando já estava dentro do elevador.

O Fantasma da Ex

Dificilmente você namora ou está enrolado com uma pessoa 0km. Seu grande amor provavelmente já teve um outro grande amor antes de você, assim como você tem alguma quilometragem percorrida também. Normal. O problema é quando o ex do seu amor não ficou no passado: ainda ronda o presente.

Você achava que ele estava morto e enterrado, mas que nada, o fantasma ainda assombra. Manda e-mails pro seu amor, telefona de vez em quando, surge nos mesmos lugares em que vocês estão. Uma praga. Vocês construíram uma relação supersólida, está tudo indo mais do que bem, não há motivo para desconfiança ou insegurança. Mas até quando? O ser humano é saudosista por natureza. De repente, num momento de carência, você pode não estar por perto e o seu amor se deixar levar por uma sessão nostalgia. Quem garante que não?

Ninguém garante nada nesta vida. Mas não vejo muita razão para alguém se preocupar demasiadamente com os ex. Eles já tiveram sua vez. Por alguma razão, não deu certo. Eu sei, eu sei, isso não quer dizer absolutamente nada, os dois podem ter continuado a se amar mesmo assim, eles podem ter deixado arestas por apontar, eles podem ter coisas entaladas na garganta para dizer um ao outro. Brrrrr. Assustador. Mas também é muito provável que, se eles tentarem de novo, vão esbarrar nos mesmos problemas que os fizeram separar. Ex é prato requentado. Quase um parente.

Eu não tenho fobia com ex, ao menos não com uma ex que tenha sido bem vivida, bem curtida. Fico mais apreensiva em relação àquelas que podem vir a ser casos passageiros, aventurazinhas bobas, mas que podem surpreender. Não temo fantasmas, temo gente bem viva, bem acordada, oferecendo novidades, fantasias. Ex é um direito adquirido. Chegou antes. Tem privilégios. Merece respeito. E se seu grande amor cair nessa armadilha, terminar com você e voltar para o passado, relaxe, não se apavore. Será sua vez de assombrar. A ex agora é você.

O amor não acaba, nós é que mudamos

Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro. Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba?

O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são subtituídos por outros no decorrer da vida. As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades. O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos.

Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas. O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos. O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.

O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.

A DOR QUE DÓI MAIS

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

Eu me engano. Ok, eu sei que todos se enganam. Mas às vezes parece que me engano mais do que as pessoas costumam se enganar. Há pouco tempo atrás acreditei que ninguém nunca iria me entender. Isso é normal, mas o fato é que, me senti isolada boa parte do tempo, e tudo antes de conhecer você.

Talvez isso aconteceu porque nunca acreditei em ninguém tanto quanto acredito em você. Você mudou minha maneira de ver o mundo, e talvez eu confie em você mais do que eu confio nos meus olhos ou no que posso ver.

Muitos dizem que com o tempo você vai perdendo as pessoas que você achava que sempre estariam com você. Não acredito nisso, não quero perder você, não quero perder a sua amizade e muito menos perder a confiança que você me passa.

Certas coisas não são fáceis de serem explicadas. Um sentimento como amizade também não é muito fácil. Quem sabe eu consiga falar sobre você. Ou talvez me dê um branco, como normalmente. Sei que você não é qualquer pessoa. Quando acho que tenho defeitos você me mostra que posso ser melhor. Quando penso que são apenas lágrimas que me cercam, você prova que simples gestos podem nos fazer sorrir. Mas não é um simples gesto seu que me faz sorrir. Você me faz sorrir. E isso me dá brilho nos olhos.

Com o tempo achei que encontraria uma amizade que realmente conseguisse completar o vazio que é não se identificar com nada. É um vazio, um certo vazio de cultura, sorrisos e confiança. Você chegou e tudo mudou. Eu estava parada, sem entender o porquê de tudo, o porquê de estar aqui, ainda sozinha. Mas ainda com um sorriso por ter te conhecido. E então você chegou e provou que nunca vou estar sozinha. E que o mundo inteiro pode estar contra mim, mas que enquanto eu tiver você na minha vida, terei um motivo pra seguir em frente.

Uma amizade pode surgir de várias maneiras, dizem que uma amizade pra ser completamente verdadeira devemos estar junto a pessoa em todos os momentos, bons ou ruins. Mas não acredito muito nisso. Às vezes o tempo não é nada, e só o destino que nos faz conhecer um amigo que muda a sua vida. E você mudou a minha, literalmente. Acredito que tempo não é sinônimo de amizade verdadeira. Nunca vi você, mas sempre sinto você junto de mim. Nem que seja em um simples café, em uma música, em uma meia velha, em um sorriso, em um cachecol rosa voador ou simplesmente dentro de mim.

Certas pessoas sofrem por alguém que amam ter ido embora. Já meu coração dói por amar alguém que nunca veio.

Sei que prometi algo grande, pensei que conseguiria explicar com as palavras certas seu significado na minha vida. Talvez um dia consiga. Ou talvez no dia em que ficarmos frente a frente você descubra a importância pelo brilho dos meus olhos ao te verem sorrir.

Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando a pé pra casa, avariada.
Eu sei, não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos. Talvez este seja o ponto. Talvez eu não seja adulta o suficiente para brincar tão longe do meu pátio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fada, de achar que a gente muda o que sente, e que bastaria apertar um botão que as luzes apagariam e eu voltaria a minha vida satisfatória, sem seqüelas, sem registro de ocorrência? Eu não amei aquele cara. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.
Não era amor,era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor.

Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo.

Com um tempo, querendo ou não, todo mundo aprende que implorar por sentimentos alheios não funciona, que colocar frases enigmáticas na internet não muda nada – eles nunca entendem. Que tentar controlar o outro é maneira mais rápida de perder totalmente o controle. Que a melhor maneira de calor a boca do nosso coração é ocupar nossa mente. Que a melhor vingança do mundo é ser feliz.

O que fez ele reparar em você não foi a cor do seu batom ou o tamanho do seus cílios, mas sim a confiança que você sentiu usando um batom mais forte ou um rímel novo. Tudo depende da maneira com que você encara as coisas.

Acredite, o tempo não resolve nada, o tempo apenas muda a ordem das coisas – é você sabe muito bem que é impossível viver só olhando pra frente. Todos nós somos formados de lembranças e sonhos, e o que nos diferencia são a maneira com que lidamos com eles.

A bem da verdade, não sou essa mulher fatal que você pensa que eu sou. Aquelas histórias de sedução foram todas inventadas e esse ar superior, de quem sabe lidar com a vida, é apenas autodefesa.

Aquelas frases filosóficas, foram só pra te impressionar, pra te passar essa ilusão de intelectual... na verdade eu ainda nem sei se acredito nos valores que me ensinaram, quanto mais em frases feitas e opiniões formadas!

Senta aí, vai! Deixa eu tirar os sapatos, desmanchar o penteado, retirar a maquiagem... quero te mostrar que assim de perto não sou tão bonita quanto pareço, por isso uso todos esses artifícios. É que no fundo tenho um medo terrível de que você me ache feia, de que você encontre em mim uma série de imperfeições.

Sabe, não quero mais usar essa máscara de mulher inatingível, de mulher forte com punhos de aço... No íntimo me sinto uma pequena ave indefesa, leve demais para enfrentar o vento, e, deseja ficar no aconchego do ninho e ser mimada até adormecer.

Olha pra mim, às vezes minha intimidade não tem brilho algum e você terá que me amar muito para suportar essa minha impotência.

Deixa eu tirar o casaco, tirar o cansaço... essa jornada dupla me deixa tão carente... A convicção de independência afetiva? É tudo balela! Eu queria mesmo era dividir a cama, a mesa, o banho... Queria dividir os sentimentos, os sonhos, as ilusões... um pedaço de torta, uma xícara de café, algum segredo...


Ah, eu tenho andado por aí, tenho sido tantas mulheres que não sou! Quantas vezes me inventei e até me convenci da minha identidade. Administrei minha liberdade. Tomei aviões, tomei whisky... troquei a lâmpada, abri sozinha o zíper do vestido... decidi o meu destino com tanta segurança! Mas não previ que na linha da minha vida estivesse demarcada uma paixão inesperada.

Agora, cá estou eu, trinta e poucos anos e toda atrapalhada, tentando um cruzar de pernas diferente, um olhar mais grave, um molhar de lábios sensual... mas não sei direito o que fazer para agradar.

Confesso que isso me cansa um pouco. Queria mesmo era falar de todos os meus medos, "dos seus medos?" você diria, como se eu nunca tivesse temido nada. Queria te falar das minhas marcas de infância, dos animais que tive, do meu primeiro dia de aula... queria falar dessas coisas mais elementares, e te levar na casa da minha mãe, te mostrar meu álbum de retrato (eu, me equilibrando nos primeiros passos), ah, queria te mostrar minha primeira bicicleta, com truques. Ela ainda existe! Queria te mostrar as árvores que eu plantei (como elas cresceram!) e todas essas coisas que são tão importantes pra mim e tão insignificantes aos outros.

Ah, você queria falar alguma coisa? Está bem! Antes, só mais uma coisinha: estou morrendo de medo que você saia desta cena antes de mim, que você saia à francesa desta história, e eu tenha que recolocar minha máscara e me reinventar, outra vez.

Todas mulheres deveriam saber

Se todas as mulheres conhecessem seu poder de sedução,
Talvez muitas não estariam ai, sofrendo por amor; Existem mulheres que ainda assim não deram conta do poder que tem sobre a cabeça de um homem.
Não notaram que são capazes de enlouquecer a cabeça deles sem precisar se quer de esforço menor. A mulher deveria prestar mais atenção... Apenas ela, “exclusivamente” tem o poder de tanto erguer a vida de um homem como arruinar!

O fato de tantas sofrerem é por simplesmente fazerem ao contrario do que deveriam fazer, e em questão a alguns aspectos que os relacionamentos acabam nos mostrando, a nós mulheres só nos restam dúvidas...

Por que todo começo de relacionamento é tão mais gostoso?

Todas mulheres sabem como é diferente o começo de um relacionamento e após algum tempo de convivência juntos... Se todas as mulheres soubessem, aproveitariam muito mais esse tempo de conquista, onde são tratadas como verdadeiras rainhas!
Existem certos tipos de sentimentos que a mulher jamais deveria demonstrar para um homem... Isso não se chama “fazer-se de difícil” mas fazer com que eles fiquem com dúvidas de nossos sentimentos, isso querendo ou não acaba passando uma certa insegurança e como todos sabem, tanto para o homem quanto para mulher, insegurança é a matéria mais apropriada para querermos cuidar e proteger o que de fato temos medo de perder...Afinal de contas, todo começo é tão mais gostoso porque eles nunca sabem o que realmente pensamos.

Porque mudamos o que somos para sermos o que eles querem?

Burrice...
É engraçado, mas nenhuma mulher notou que o que chama atenção em um homem na hora de nos conquistar é exatamente a maneira que somos, caso contrário nós “as conquistadas” passaríamos abatidas aos olhos deles que simplesmente nem nos notariam!

O que a mulher ainda não percebeu é que jamais deveriam mudar sua maneira de ser, de agir e principalmente suas maneiras de se vestir. A mulher jamais deve ser submissa á um homem!

Por que nos iludimos pensando em casamento?

Porque simplesmente nos deixamos levar por aparências e circunstancias dos melhores momentos... É de fato um “erro” deixar eles perceberem que em nosso interior a uma grande importância com o casamento!
A mulher tem que falar de amor, como se não precisasse... Falar de filhos como se não quisesse e principalmente “estar com um homem como se não se importasse se estará com ele ou não” ·
O que acaba nos entregando, é essa maldita importância que acabamos dando á coisas tão pequenas, o erro esta em demonstrar a importância que damos a certos fatos! Que não deveríamos!

Por que a fragilidade os irritam tanto?

Porque é de fato irritante ter alguém que se magoe tão fácil... Tudo bem, isso faz parte do universo feminino, mas a mulher tem o grande defeito de sempre cavar sua própria sepultura fazendo com que pequenas coisas as deixem perturbadas.

A mulher tem que ser sempre confiante, acreditar no potencial que tem sobre seu homem e por mais que seja difícil, tem que confiar e não fazer papel de louca procurando vestígios que não existam. Se você desconfia do seu homem com certeza ele não é digno de sua confiança.

Resumindo tudo isso, a mulher por mais que ame muito mais seu homem do que ele a ama, tem que fazer com que ele pense que o amor dela é inferior... Ou seja, o homem tem que sempre gostar mais da mulher de que a mulher do homem, lembre-se que um homem apaixonado é mais fácil de manusear de quê um autoconfiante que sabe que jamais ira perder a mulher.
E saibam mulheres acima de tudo... Que o homem é sim a cabeça da casa, só que o papel de nós mulheres é sermos o pescoço. Sustentando a cabeça e a movendo para qualquer lado!

“Solidão é o que sinto agora... é a morte da esperança, é o desencontro, é a falta de um amigo, é o reconhecimento de um erro e o orgulho em não se desculpar...”

Medo de não realizar sonhos, de não morar aonde pretendo, de não conhecer as pessoas que irão me fazer bem e a única que irá mudar a minha vida, meu trauma. Medo de não conseguir atingir nada, medo de ficar sozinha, de continuar assim, de perder o que tenho, de não conseguir. Medo de ver a vida passar e ficar parado, não virar pipoca, não desabrochar. Medo que nada do que eu pense algum dia realmente aconteça apenas medo da incerteza.

Enfim, cabe-se o fim.

Então chega o que tanto pedi e desejei nos momentos de angústia e de mudança. Um pra lá, outro pra cá; onde prevalecesse a DISTÂNCIA. Ambos com novos amores, ambos felizes, ambos MAIS felizes.
Parece que insistir no erro que no fundo agrada já não faz sentido. Agora tudo parece estar indo para seu devido lugar, tudo se encaixando. Assumo que me causa um certo "gelo" por dentro, saber que chegou o tão esperado FIM.
Dizem que as lembranças quando não compartilhadas com mais alguém que vivera o momento, se dispersa com mais facilidade. Me dói "cair na real" que tudo que passamos e acreditamos, realmente não terá mais sentido; as canções, os filmes, as historias e os cheiros com o tempo não vão mais trazer recordações, e realmente, eu não queria esquecer!
Com o passar do tempo a gente aprende muito; tudo tem dois lados ou até três, que amores verdadeiros não são eternos, as vezes são! Que raiva passa e afeto não.
Machuca pensar que talvez eu suma de suas lembranças, ou talvez você desapareça de minhas recordações.
Você não foi quem mais me fez bem, mas era com quem eu mais me sentia bem sem olhar para o lado de fora, pois meu mundo era você. Hoje vejo que você não é a melhor pessoa do mundo e que nossas semelhanças SE ATACAM! Por mais que eu não estivesse satisfeita com o resto, eu tinha o seu amoor! Sinto falta de quando somente o amor já me bastava.
O que tivemos é indescritível e eu jamais consegui entender.. Se hoje escrevo sobre você
é porque por mais que seja preciso
estou com medo de que você esteja sumindo de dentro de mim.

Quando penso nas várias decisões que tomei
Que deixaram você mais longe de mim
Minha alma se agonia como se não pudesse mais respirar
E meu coração chora e grita contra mim,
Jogando toda culpa em mim.

Suportarei? Morrerei?

- maldita alma,
- maldito coração.
Porque não me deixam em paz?
Morrerei.

Pessoa que muda seu estado emocional conforme as companias, pode-se saber que é indeciso no que pensa e no que age, pois apenas estará criando situações comoventes para que seja percebido e receba atenção.
Pessoas que estão felizes não quer somente compartilhar com uma pessoa mais com todas, os que estão tristes compartilhão somente com amigos não com qualquer um, os que estão bravos não prescisam compartilhar com ninguém a não ser que o motivo esteja ali... emfim. Há pessoas que são capazes de fingir interesses, fingir atitudes, fingir até sentimentos, tudo afim de conquistar a atenção da pessoa, pena deles é que existem outros que conseguem enxergar tudo e também "fingem" acreditar nas palavras e atitudes.Bobo é quem pensa estar enganando, esperto
é aquele que finge ser enganado.

Deixei a porta aberta e você entrou. Ou será que abri a porta justamente para você (só servia você) entrar, invadir ou chegar? Sua falta de jeito com a delicadeza era parecida com a minha e achei tão bonitinho isso. Nem grosso demais e nem polido demais, porque pisar em ovos é um saco. Não te pedi nada, só que me tratasse bem. Até hoje não te cobro e nem peço nada que seja esquisito demais ou dê muito trabalho. Não grite comigo porque eu também sou pavio curto. Respeite minha preguiça matutina e eu entro no seu ritmo também preguiçoso. Conte suas novidades, faça massagens nos meus pés e não tenha medo de quem toma Rivotril pra dormir. Virei presa fácil, barata até, você se esforçará pouco para me ter para sempre. Acredite quando eu digo que é melhor com você. Não duvide do que eu digo mas prometo que se a verdade for chata, feia e boba, eu escondo. Não me conte as suas tristezas porque eu também disfarço as minhas. Prometo segurar o choro, mas se ele vier, fica do meu lado, segura a minha mão. Tem hora, quem hoje, que eu só preciso que você segure na minha mão. Não tente me agradar porque eu odeio gente boazinha. Seja mais inteligente do que os outros e diga as coisas de que gosto de ouvir. Vou te achar o máximo. Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a mesmice, xingue a vida doméstica e também os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes. Me enlouqueça não ligando de vez em quando. Mas me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ... Goste de música e de sexo. Goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua família... isso a gente vê depois ... Nunca deixe eu dirigir o seu carro, diga que não confia, só pra eu ficar meia hora com raiva de você. Seja só um pouquinho canalha e olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Me trate como uma rameira, mas só quando estivermos deitados. No dia-a-dia fale palavras doces, principalmente hoje. Não me magoe com ironias porque não sou nem um pouco altruísta e posso sentir raiva por ter deixado a porta aberta.

Fato! Enquanto as más línguas falam de mim, as boas percorrem meu corpo... #Luxo