Coleção pessoal de PersioMendonca

21 - 40 do total de 52 pensamentos na coleção de PersioMendonca

CÉU DE SONHOS

O firmamento é o perene e passageiro momento
que nos leva e nos traz tudo que o sonho é capaz,

leva na enxurrada os amores,
traz em gotas de chuva as dores,
se renova em arco íris de sentimentos
as mesmas velhas e conhecidas cores,
que se renovam continuas e assaz.

Magistral dinastia da poesia
que em letras versos irradia
traz no imo anos de história
minha guardiã de memórias.

Sofrer, por si só, é já infâmia,
o corpo não reconhece razão
é uma ponta afiada, a lâmina
que retalha nossa disposição.

É tão dura no amor a tortura,
que fere e afere um coração
e faz do indivíduo só a figura
do que antes era iluminação.

É tão dura no amor a tortura,
que fere e afere um coração
e faz do indivíduo só a figura
do que antes era iluminação.

ACONTECE
Quando te conheci,
logo me apaixonei
e supus envelhecer
devagar, ao seu lado,
estava muito errado,
você me rejuvenesce
quanto mais o tempo cresce,
.......acontece.

MEMÓRIAS

Mesmo ausente
a tua lembrança
é um presente
deixado na mente.

Marca indelével
de escrita intangível
por ser invisível
de tão sensível.

Tempos não voltam
e ainda não passam,
vagueiam perdidos
em nossa memórias.

Somos histórias
de vida, de amor
de luta, alegria e dor
Continuamos vivendo
ocultos na morte,
ditando o norte.

Através de legados
do ontem de alguém
que foi nosso bem.

INFAME AMOR

Amo sem restrição, sem contrição,
história sempre escrita, sem aflição,
você chega vestida de pele com riscos
pretos, azuis, verdes, de toda cor
e na sua boca me jogo, me arrisco,
feito pedra atirada com peso de flor.
Falo devagar palavras que o coração diz,
sentimentos que me chamam, feliz.

E por gostar desse tanto, que não meço
apenas te peço que me dê apreço,
me acolha em teus seios e meios,
por inteiro, sem medos ou receios,
que me inscreva no teu bem querer
com a tinta que corre e percorre tuas veias.
Quero ser sua melhor invenção, intenção
existente entre a mulher e a sereia.

Vem, me fotografa com teus olhos profundos,
me lança na chama que o desejo reclama
e inunda com teu orvalho quente e fecundo
que perfuma como um jardim nossa cama,
me leva pelo teu corpo, feito semente
a se esconder pequena e se revelar imane
quando chega o prazer mais conveniente,
que faz de nós dois felizes amantes infames.

INFAME AMOR

Amo sem restrição, sem contrição,
história sempre escrita, sem aflição,
você chega vestida de pele com riscos
pretos, azuis, verdes, de toda cor
e na sua boca me jogo, me arrisco,
feito pedra atirada com peso de flor.
Falo devagar palavras que o coração diz,
sentimentos que me chamam, feliz.

E por gostar desse tanto, que não meço
apenas te peço que me dê apreço,
me acolha em teus seios e meios,
por inteiro, sem medos ou receios,
que me inscreva no teu bem querer
com a tinta que corre e percorre tuas veias.
Quero ser sua melhor invenção, intenção
existente entre a mulher e a sereia.

Vem, me fotografa com teus olhos profundos,
me lança na chama que o desejo reclama
e inunda com teu orvalho quente e fecundo
que perfuma como um jardim nossa cama,
me leva pelo teu corpo, feito semente
a se esconder pequena e se revelar imane
quando chega o prazer mais conveniente,
que faz de nós dois felizes amantes infames.

APENAS AMOR

Tantas promessas feitas com pressa,
juras compridas e não cumpridas,
quantos tratos, retratos e maus tratos
à nós dois depois que flecha atravessa,
e perfura, deixando aberta a ferida,
em que vai saindo amor como um parto,
sobrenatural e dorido o gutural vagido
ecoando e confirmando o flerte seduzido.

Sou o limite entre a loucura e a razão
Raiz que ocupa vãos entre céu e chão
O tempo preso pela inércia da criação
Minha medida tem tamanho de amor
Meus conceitos estão acima do valor
A minha voz cala silêncios de trovador.

Às vezes a tristeza apenas chega,
sem motivo, sem qualquer razão,
chega mansa, mas vem forte,
se instala fria e se aconchega,
tão grande que dilacera o coração,
nos rouba o sono e o norte.

ALQUIMIA

Alquimia nas palavras cifradas,
almeja o vate que faz a poesia,
combina rimas como insumos,
mescla as sensações figuradas,
deixando o tempo em acinesia
transforma vidas em resumos.

Ela cantava de graça,
na praça,
sob o feito da cachaça
de graça,
sem ligar pra desgraça,
sem graça,
nem teto e nem vidraça
apenas graça
e a cachaça de graça.....

Pérsio Mendonça

RESPINGOS

Pinga a chuva, preguiçosa, lá fora,
escorre no vidro qual lágrima fria,
céu preto, névoa clara, fotografia,

Pérsio Mendonça

Minhas letras, estrofes e rabiscos
viajam de carona, flor em flor,
sigo o vento rápido, vento de corisco,
escrevo a poesia inteira na areia,
e escondo na renda do pescador.


Pérsio Pereira de Mendonça

AMOR DE VERDADE


Mente o mar, lentamente,
no vagar das ondas quentes,
mente mormente
sobre as suas correntes,
na superfície calma,
tudo é paz e tranqüilidade,
por baixo é que se revolve
sob os auspícios de Netuno,
transforma o oceano taciturno,
e deixa marinheiros soturnos,
até aos belos raios noturnos

Mente o poeta mente inclemente,
mente pra toda gente,
gente decente e inocente,,
fala de amor, eterno amor,
fala do jardim com flores e cores,
mente sobre a beleza das dores,

Mente a pena que escreve
histórias, causos e prosas
é causar pena às duras penas,
mesmo a pena leve mente,
tão apenas e tão somente,
para fazer sorrir tanta gente.

A mentira está na triste verdade
da vida vivida do autor,
que na verdade sua vida não é,
é e são outras vidas quaisquer,
ama, trai, é amado é traído
por tantas mulheres e tantos maridos,
sente e lamenta a tristeza que é sua
por não ser, chora a lágrima alheia,
deixa as pegadas do leitor na areia,
sangra um sangue que não é seu,
mas que lhe corre e corrói as veias.

É preciso ao poeta e ao escritor mentir seu amor,
para que verdadeiro ele seja ao leitor,
o amor escrito sem prosa ou poesia,
não é amor é só ilusão, fantasia.

Pérsio Pereira de Mendonça

AMOR DE VERDADE


Mente o mar, lentamente,
no vagar das ondas quentes,
mente mormente
sobre as suas correntes,
na superfície calma,
tudo é paz e tranqüilidade,
por baixo é que se revolve
sob os auspícios de Netuno,
transforma o oceano taciturno,
e deixa marinheiros soturnos,
até aos belos raios noturnos

Mente o poeta mente inclemente,
mente pra toda gente,
gente decente e inocente,,
fala de amor, eterno amor,
fala do jardim com flores e cores,
mente sobre a beleza das dores,

Mente a pena que escreve
histórias, causos e prosas
é causar pena às duras penas,
mesmo a pena leve mente,
tão apenas e tão somente,
para fazer sorrir tanta gente.

A mentira está na triste verdade
da vida vivida do autor,
que na verdade sua vida não é,
é e são outras vidas quaisquer,
ama, trai, é amado é traído
por tantas mulheres e tantos maridos,
sente e lamenta a tristeza que é sua
por não ser, chora a lágrima alheia,
deixa as pegadas do leitor na areia,
sangra um sangue que não é seu,
mas que lhe corre e corrói as veias.

É preciso ao poeta e ao escritor mentir seu amor,
para que verdadeiro ele seja ao leitor,
o amor escrito sem prosa ou poesia,
não é amor é só ilusão, fantasia.

Pérsio Pereira de Mendonça

"já é tempo, chegou o momento
já é hora de quarar a alma
e colocar os sentimentos fora,
o horizonte é o nosso varal,
onde penduramos as amarguras,
dores, tristezas, coisa e tal.."

Pérsio Mendonça

BURLESCO


Gira mundo no vazio e gira a vida no vazio,
gira mulher que dança, gira e nunca cansa,
o resto passa inerte e rápido na paisagem,
a cada volta uma esperança e uma viagem

Flutua lua indiferente ao espaço renitente,
flutua menina o doce bailado intermitente,
entre estrelas e cometas na melodia vazia,
e eu aqui a olhar o céu em completa afasia.

Da pérgola, ao longe vejo refletido o olhar,
reflete cintilante dança na espuma do mar,
saia rendada branca e olhos cheios d’água,
vem em ondas, devagar, pela areia dançar.

Linda criatura criada na fonte das latências,
linda sereia no mar dança com onipotência.
Gira mundo repleto, gira mundo completo,
gira a mulher adorada no silêncio predileto.

Ganho cores e sons ao ritmo de sua dança,
agora já tenho de novo o fio da esperança,
tomastes corpos e almas com teu encanto,
agora valsas livre também pelo meu canto.

Pérsio Pereira de Mendonça – 14/07/2016