Coleção pessoal de PedroAquino

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Quer o vento levar meus pedaços
meus regaços castos
meus sonhos bandidos
meu tempo perdido
meu recanto escondido...

Mas o vento vem de lá
sem saber o que quer
Correndo para o mar
em busca da maré serena...
Rema...

A brisa quando chega logo de manhã
vem anunciando a nova vida sã
serena...
Rema....

a morte nao e o suficiente
eis o problema de quem pensa que sente.
é preciso sentir a vida saindo das veias
arrastando-nos por uma sutil corredeira
como um rio sereno,
Pequeno tormento

poco profundo
no fundo
eu

o gosto do azedo
a imitacao do medo
a explosao do sessego

A autopsia de um corpo
Maculoso
Odiado
Raivoso
Torturado
O corpo

O eco
O poco
O nao posso
O pouco

O Grito
Rouco
Do eco
Do poco
Ainda Pulsa.

- O Poco

ODE AO OUTONO

Como quem quisesse cantar um segredo
Pulastes e Voastes em sossego
Do alto de um galho
Saudades de Brumário

O vento que nina as árvores
E que carrega rios
É o mesmo que varre o chao.
Colore de amarelo a estrada da solidao

O Lírio que decora velório,
Tu é o mais fiel expectador
da expectativa da dor
da vida do que foi e
dos que tentarao
em vao ser saos.

O que tu és se nao um torpor de verao?
O que tu és ingrata agonia?
Se nao a curva que a estrada rasga o chao?

És a sintonia da ironia
A insonia devida
de vida
da Vida.