Coleção pessoal de paulosk
Oxalá conseguira eu desenhar nas letras a formação das palavras e colocar uma canção neste quadro que chamo de amor...
Seria capaz de dar cor a música que me fez viajar longínquas fronteiras em busca daquela lembrança;
Que só eu e mais alguém conhece...
E guardamos em um lugar...
Onde somente DEUS pode entrar.
Quanto ao sol, sim...
Ele nasceu para todos, porém...
A sombra não!
Ela é adquirida.
Principalmente por aqueles que honestamente não mediram seus esforços, e a conquistou com o fruto do trabalho.
Nosso Segredo...
Ê alma...
Você me deixa ansioso e perco a calma...
Minhas mãos suam e meu coração acelera, mas...
O que fazer diante do desejo que punha essa vida de alma no despejo?
E sem morada procuro realizar essa ação...
Morando em segredo no seu coração.
Se tentações não fossem tão prejudiciais,
Jesus teria cedido quando foi tentado,
José não haveria de fugir e nem Adão,
Sansão e o Rei Davi sofreriam tantas consequências.
Felicidade com prazo de validade é aquela que se diz:
Ninguém é de ninguém e o pra sempre, sempre acaba!
Por muitas Vezes...
Ao sorrir, não me significa que estou contente ou feliz...
Mas...
Que ainda tenho força e estou lutando!
Já fiz escolhas erradas...
E com isso provei para mim mesmo o quanto sou imperfeito errando comigo mesmo!!!
Somos
como grãos quanto mais são batidos mais será espalhado.
“Somos Hebreus e em nós esta a promessa do Eterno Elohim, que através de Abraão, nos fez povo seu”.
O SINO DO RECREIO.
Eram nove horas da manhã...
O sino tocava anunciando o recreio,
O barulho e a euforia da piasada eram grandes,
Era hora do lanche.
As bolsas e mochilas se abriam e lanches apareciam...
O que via me agradava e minha vontade de comer apenas um pedacinho aumentava...
Minha mochila, não era bem uma mochila, era simplesmente um saco plástico que anteriormente era embalagem de arroz, sim, um saco de arroz de cinco quilos.
Neste saquinho que eu usava como mochila, havia um pequeno caderno que dividia todas as matérias e alguns toquinhos de lápis que eu encontrava pelo caminho...
Bom...
O sino tocou hora da merenda!
Opa, hoje tem sopa de feijão (Minestrone), estava muito bom, mas não era suficiente.
Não podia repetir, mas como a ocasião faz o pidão...
Lá ia eu.
- Ei sobrou de sua canequinha?
- Não jogue fora, dê para mim, aí eu lavo sua caneca!
Assim conseguia comer mais um pouquinho...
De repente...
O sino toca.
Hora de entrar para a sala de aula, a professora já estava na porta.
Mas o que esta acontecendo?
Alguma coisa diferente...
Em vez de a piasada correr para a sala, corriam para o fundo do colégio, o que será que tem lá, pensei?!
Fui verificar...
Sabe o que acontecia?
Os meus coleguinhas de sala na hora do recreio em vez de comer seus lanches, iam brincar, correr e se divertir e não dava tempo para comer seus lanches e tudo ficava pela metade, mas quando o sino tocava eles corriam para o fundo do colégio e jogavam fora os lanches.
Eu vendo tanto pão com tanta coisa boa no meio, me escondi, e assim que todos saiam, eu ajuntava pão por pão, lanche por lanche colocava em outro saquinho que encontrei e após escondia no meio do capim.
A professora ficava muito brava comigo, por ter chegado a sala de aula atrasado e me colocava de castigo atrás da porta de joelhos.
Um dia a professora me disse: - Paulo Sérgio, se você chegar atrasado vai ficar o próximo recreio dentro da sala!
Eu fiquei muito preocupado, e procurei ser mais ágil.
Quando a aula terminava, por voltas de onze horas, eu ficava esperando que os coleguinhas fossem embora para eu ir até o fundo do colégio e pegar a comida que eu havia escondido.
Eu estudava em uma escola chamada Cristo Rei, no bairro DER em Francisco Beltrão PR. O quintal onde eu morava tinha duas frentes, a frente principal era que dava acesso à rua: Santo Antônio e a outra entrada pela rua: Sete de Setembro.
Eu sempre ia para o colégio pela Rua Santo Antonio e voltava pela Rua Sete de Setembro, pois tinha menos movimento e eu temia que fosse encontrado por alguém conhecido e fosse percebido que eu tinha ajuntado restos para levar pra casa.
Foi uma época de fome, tinha apenas sete anos, meu pai era ausente de casa e minha mãe trabalhava muito longe, em outro Estado. Ouvia falar que era um Estado chamado Mato Grosso em uma Cidade chamada Cuiabá. Achava esses nomes muito estranho e nem sabia se quer apontar o dedo mostrando qual era a direção de onde se localizava esse lugar.
* Viver não é fácil, para viver tem que ter muita coragem e às vezes o que é lixo para você pode ser o sustento do outro.
Não jogue comida fora, se estiver sobrando, ofereça para alguém que esteja precisando.
Pratique essa boa ação, pois DEUS ama o que oferta com alegria.
Um homem para ser reconhecido grande por outro homem, ele tem que ser grande.
Um homem para ser reconhecido grande por DEUS é necessário que seja pequeno!
.'. Ouvi dizer...
Não pude saber...
O desconhecido parece ser amigo...
Mas como saber se não há alguém que possa dizer?...
Não tenho medo...
Acordo cedo, como não se tivesse adormecido...
Porém, a falta de merecer saber me faz empobrecer.
Quem seria agraciado ou escolhido?
Em meus sonhos sou eu, mas não eu mesmo.
Fundidos em um só eu sou maior e ao mesmo tempo o menor...
Entre grandes e pequenos, todos igualmente são um.
Quem sou eu?
Parece-me que me vejo gerar, e ainda vou nascer...
Quem poderá essa linguagem responder?
Afinal...
Quem hei de ser?
.'. Somente ouvi dizer...
Guarda Volume.
Eu tenho uma cômoda em minha história...
E essa cômoda há várias gavetas.
Gavetas brancas, cinzas, azuis, amarelas, vermelhas, roxas, marrons e as pretas...
Às que são mais escuras sempre estão se abrindo e trazendo de volta as lembranças que me fizeram cair diante delas.
As mais claras...
O que existem nelas?...
Nossa...
Quanto tempo se passou e eu ainda não abri as gavetas claras...
Paulo Sérgio Krajewski
Campo Grande MS, 15 de Abril de 2012.