Coleção pessoal de PAULOEMILIOAZEVEDO
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Tentei fazer a poesia calar a boca e deixar meus ouvidos em paz. Tarde demais, ela já havia contaminado todo o corpo.
Pessoas sem causas são causas perdidas.
Combatas a fúria vazia, quiçá tocarás o sopro do vento, outrora o pulso da lágrima.
A desconfiança começa com um cisco e termina com a cegueira.
Nas grandes alegrias, quase sempre choramos.
O poeta tende a romantizar o ébrio laço carnal.
Quando a gente grita, algo dentro da gente se irrita, algo no entorno do outro se agita.
"Subtrair" é um verbo duplamente inferior: é sub (verbo) e, ainda trai a soma. Verbo verme.
Nunca vi tanta gente de cabeça baixa... As próximas gerações, provavelmente, virão com uma estrutura da coluna mais arcada na região cervical - condição para melhor suportar o "frio" do uso ininterrupto da tecnologia portátil. Todos como ilhas.
É necessário transformar o desastre em arte.
Duas questões que distinguem a condição dos seres humanos: acesso e afetividade.
Qualidade de artista em cena se mede pela capacidade de "hipnotizar" uma plateia lotada e conseguir ser brilhante quando a mesma for de uma só pessoa.
Abdicar por filho hoje é desconhecer a culpa amanhã e ter sempre o compromisso com quem se ama.
Pessoas são logomarcas, elas logo marcam.
A casa se tornou cárcere ou dormitório.
Parte de mim se parte em forma de arte, outra parte arde e mais uma, ainda não totalmente conhecida alarde e me diz que toda parte que arde não é arte nem alarme, mas pode ser pergunta.
Os filhos são leitores assíduos e críticos dos pais.
O exercício do silêncio não é vizinho do medo de falar. É, ao contrário da opressão, uma escuta atenta de si.
Para atacar um ponto de vista, precisa-se primeiramente ver o ponto e depois entender a vista.
Eclético é um adjetivo medíocre no vocabulário dos que não conseguem definir seus gostos.