Coleção pessoal de PAULOEMILIOAZEVEDO

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A vida não é para sempre, mas as amizades gostaria que fossem.

Poetas são seres de cultivo ao inútil, a beleza presente no inútil. Os que se sentem importantes não deveriam se dizer poetas; melhor que se autodenominem impostores.

Se a vida fosse música ou dança, diria que a gratidão é a solista do caráter.

Escrita é estrada longa, não atalho.

O primeiro verso eu nunca publico, prefiro que fique somente para mim.

Pessoas sem segredos são cofres vazios. Que graça tem abrir cofres vazios?

Quando eu crescer quero ser igual ao meu filho.

Quem tem que escrever sem erros é o revisor. O papel do escritor é o de inventar, inclusive palavras.

A melancolia - quando é menos tristeza que melancolia; menos melancolia que angústia e menos angústia que vontade -, pode servir à arte.

Pessoas que vivem em relações pela metade, receberão a parte inteira de indiferença da metade que se sente incompleta.

Um país desenvolvido se mede, por exemplo, pela quantidade de redes ferroviárias atuantes que dispõe.

O amor é para quem tem disposição em viver na guerra, mas saborear a trégua.

Pessoas são carros alegóricos desgovernados numa avenida de selfies.

A realidade é um filme sem trailer.

Escrever é viajar, só, com passagem de ida.

Tudo que a gente quer é encontrar alguém para se perder e atravessar a rua de mãos dadas.

Crianças levam tombos. Adultos dão rasteiras.

Implicar é uma forma de saudade sem querer ser discórdia. Implicar é uma forma única de se comprometer com a saudade.

Só tem duas situações que não aceito no mundo: covardia e quem usa pochete.

O que os olhos não veem, o coração paga mico.