Coleção pessoal de pauloclopes
Olhos que tentam decifrar palavras como a boca a procurar um olhar. Incógnita a ser decifrada pois tento gritar um olhar em tua direção ao mesmo tempo que meus olhos buscam visualizar tuas frases desconexas.
Não adianta construir suas bases na lama, entenda que isso não tem sustentação. Por mais resistente que sejam os pilares o edifício um dia ruirá.
Me fazer de vitima, é me recolher em meu próprio silencio e não extravasar tudo o que me aflige, te deixando desconhecer o que inquieta minha alma.
Começar de novo, não retornar procurando erros e sim reiniciar um novo ciclo. Nos chateamos com alguns pormenores e não notamos que tudo está relacionado com nossos atos falhos, em ter sido omissos. Nada como um bom sacode de fora para dentro para ter uma visão mais ampla da vida.
Como num limbo
Um caminhar vazio
Animal sem cio
Apenas desejos
As vezes estremeço
Assim sou eu.
As vezes página em branco
A esperar
Algum sentido
As vezes saltimbanco
Assim sou eu.
Sempre a esperar
Um novo dia
Saudando a vida
Apenas viver
Espairecer
Assim sou eu.
Uma analogia
Já diria
Sempre incerto
Algo assim
Assim sou eu
O perdão comunga com o estado de espírito mas as vezes nosso espaço está tão reduzido que até dificulta este raciocínio.
Andar em passos longos
Há percorrer caminhos
Que encurtam esses passos
Nos percalços
A cada espinho
Abismos contornáveis
Com pontes construídas
Sonhos ainda a consumar
Propósitos de uma vida
Lançar olhar, lembrar os dias
E ver ..valeu a pena
Tristeza, alegrias
Momentos eternizados
Ai então, sair de cena
No teatro da vida.