Coleção pessoal de Paulo-Santana
Textinho criança!
A criança que há em mim não deseja brinquedos, grandes ceias, ela não busca apenas o afago, afeto, uma aventura ou emoções perigosas. Essa criança deseja algo mais e não apenas a mão estendida. Essa criança tem sede de amor, igualdade social e teme o futuro das outras crianças que perdem a inocência cedo demais. Existe em mim uma criança alegre, saudável e sorridente, mas percebe o desamparo. A humanidade está perdendo seus valores, as crianças não entendem os problemas complicados dos adultos, mas sofrem com as consequências. As crianças apreciam a oferta de amor, carinho, compreensão, mas conhecem a violência. Sentem medo do escuro, essa escuridão tirou a visão dos adultos, que em seus próprios medos reagem como crianças desamparadas. As crianças não culpam as pessoas por suas ações equivocadas, mas lamentam por todo o desamor imposto pela humanidade. A criança que há em mim é a mesma que há em você, devemos conservar essa doçura e não deixar que evanesça. Pois a cada decisão tomada, precisaremos da opinião de um ser de inocência nata. Estamos brincando pouco com nossas crianças e isso intimida a criança interior. Elas têm um único propósito, nos trazer felicidade. De todos os períodos, a infância é o mais perfeito, pois as crianças não possuem maldades em seus pequenos corações, somente encantos. Quando crianças têm seus direitos asseguras, elas são apreciadas e amparadas. No entanto, infelizmente os menores sofrem abusos e injustiças. Vulneráveis e inocentes tornam-se vítimas da maldade humana. A minha criança interior não deseja brinquedos, mas lamenta o fato de não haver possibilidade para sonhar.
O subconsciente humano é a linha tênue que divide as coisas que podem realmente acontecer com a realidade do que inevitavelmente acontece
A necessidade de felicidade.
Nada me dá mais prazer do que escrever, criar, sonhar e compartilhar. Há no ato da escrita uma espécie de prisão, sinto-me fascinado por esse delicioso e cativante sentimento de amor. Agradável união entre o escritor e sua arte, a escrita. O vínculo é forte, um ensaio embrionário, como reza a fraternidade entre seres que se unem através do elo maternal. A necessidade urge e não importa a que lugar, companhia ou circunstância nos encontramos, a cobrança é forte, mais que uma necessidade, a ânsia diante do afortunado momento de inspiração, a angústia em reunir os pensamentos e o medo de que tudo esvaneça em fração de segundos. O indivíduo embutido da prerrogativa de expor seus sentimentos nada mais é que um cativo. Os grilhões são seus sentimentos, as amarras seus pensamentos e o tirante sua virtude. Pois a ocasião faz todo o sentido, desde que esteja diante daquela que possa se tornar a sua Magnum opus, algo para compartilhar com o resto do mundo e ensinar os rudimentos do amor, oferecer esperança para a humanidade através de motivos para sonhar. Pois os sonhos surgem da necessidade de felicidade.
O sofrimento causado pela dor é lesivo, em silêncio oculta o desespero, num choro calado de soluço dobrado.
Felicidade não se compra, luta-se por ela, pois a intensidade da batalha reflete no desejo de ser feliz!