Coleção pessoal de PaulaFreitas
Seu futuro está em suas próprias mãos, então, não deixe que qualquer um te faça desistir, não olhe para trás e não pense na volta. Por um segundo, esqueça as consequências e faça aquilo que seu coração manda.
Teu silêncio...
Eram tuas mãos calejadas
que afagavam o rosto
daquelas crianças
e folhavam as páginas
dos livros das histórias
que lia e depois recontava
e deixava em cada olhar,
o direito de interrogar.
Teus cabelos grisalhos
e tuas pernas cambaleantes
faziam saber que a vida,
a qualquer momento
poderia morrer sem avisar.
Teu andar lento,
mostrava que a pressa,
não aumentaria o tempo
para viver mais.
E no teu silêncio,
deixou escrito
todas as palavras
que nos proibiram,
pronunciar.
by/erotildes vittória/ARQ/29013SSREFT82/Alvar.br
manuscrito de 2013/all right reserved
imagem/Sala de aula tradicional/google
Tenho as mãos calejadas, feridas e cansadas desse "cultivar a vida". Mas, me rendo ao encanto, todos os dias, quando se abrem em amores todas as minhas flores.
Eu não tinha essas mãos calejadas, nem o semblante calmo, nem meus olhos tristes, nem tanto cuidado com meu coração. Eu não tinha as mãos tão frias, nem tantas cicatrizes, nem tantas lembranças. Eu não tinha tanto medo, nem tanta saudade, nem tanta angústia quanto tenho hoje depois de amar você. Mas também não tinha tantas histórias, tantas alegrias, tantos novos sonhos, tantas realizações, tanta felicidade. Permita que feche meus olhos, que emudeça, que eu sonhe de novo, pois são tão distantes as lembranças que mesmo assim parecem que as vivo todos os dias.
E quando as mãos estiverem calejadas pelas dobras da vida, que não esqueçamos que o fruto só é bom, quando adubamos bem o terreno, quando preparamos sabiamente os nossos sentimentos para receber o melhor da vida. E ainda que o solo seja seco, a terra íngreme e o sol torturante, mesmo assim, a colheita boa chegará e o tempo da recompensa é certo. Trabalho, amor e fé fazem o bem brotar!
Amante
No silêncio frio da noite mansa,
mansamente, veio deitar ao meu lado,
aninhando-se a mim como a criança
que procura abrigo a seus temores.
Ao sentir seu calor, busquei tocá-la
aspirando seu perfume, mas calado
esperei de olhos fechados o hálito morno
de sua boca a me beijar o corpo.
Sua mão ávida deslizou em meu peito
a brincar distraída com meus pelos.
Logo, correu suave pelo meu ventre
palmilhando cada centímetro de pele.
Meus dedos correram em seus cabelos
e como um cego procurei seu entorno
tocando, subindo e descendo planícies
buscando nervosos morros e cavernas.
Loucamente, cavalgou minha cintura
e senti seus movimentos nervosos,
em quase delírio por tê-la tão perto.
Mas, no clímax do desejo abri meus olhos
a tempo de vê-la perder-se no vazio escuro.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos. Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem. Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram. Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi. Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto. Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir. Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam. Já tive crises de riso quando não podia. Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar. Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros. Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava. Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade. Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais. Não me deem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou. Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras.
Estava ali, mas nós somos assim mesmo, não damos o devido valor quando se tem em mãos; Agora longe, muitas vezes sem nenhum tipo de contato é que vemos que um simples aperto de mão pode arrepiar até o último fio de cabelo; Ontem sentia que faltava algo, hoje você é responsável por uma dor que não me é cruel, mas machuca tanto.
Aplica-te a todo o instante com toda a atenção, para terminar o trabalho que tens nas tuas mãos e liberta-te de todas as outras preocupações. Delas ficarás livre se executares cada ação da tua vida como se fosse a última.
Não é à toa que entendo os que buscam caminho. Como busquei arduamente o meu! E como hoje busco com sofreguidão e aspereza o meu melhor modo de ser, o meu atalho, já que não ouso mais falar em caminho. Eu que tinha querido. O Caminho, com letra maiúscula, hoje me agarro ferozmente à procura de um modo de andar, de um passo certo. Mas o atalho com sombras refrescantes e reflexo de luz entre as árvores, o atalho onde eu seja finalmente eu, isso que não encontrei. Mas sei de uma coisa: meu caminho não sou eu, é outro, é os outros. Quando eu puder sentir plenamente o outro estarei salva e pensarei: eis o meu porto de chegada.
Sou uma filha da natureza: quero pegar, sentir, tocar, ser. E tudo isso já faz parte de um todo, de um mistério. Sou uma só. (...) Sou um ser. E deixo que você seja. Isso lhe assusta? Creio que sim. Mas vale a pena. Mesmo que doa. Dói só no começo.
A vida é uma aventura aberta, exposta. Não protejam as crianças. Fortifiquem-nas interiormente para que brinquem bem com qualquer espécie de brinquedo.
Não existe nada de completamente errado no mundo. Mesmo um relógio parado consegue estar certo duas vezes por dia.
Fala muito de amor, mas esquece dele nos gestos mais simples.
Mascara o que diz, faz e é com frases prontas e poses planejadas.
A hipocrisia é evidente e as contradições se acumulam cada vez mais.
Não te reconheço e nem sei se um dia de fato te conheci.
"As pessoas não mudam, elas se revelam."
Hoje eu concordo.
Talvez minha ingenuidade tenha contribuído para eu não concordar e perceber antes, mas agora eu percebo claramente.
(Não foi fácil, mas foi necessário.)
... Mas, enquanto não posso voar, me mantenho distante do jeito que posso.
Não quero ouvir, ver ou saber porque já sinto o bastante.
Lamento em silêncio e respeito no afastamento. Porque o mais importante já foi embora depois de tudo e não há mais como voltar atrás.
Beatriz Zanzini
O mundo não acaba porque o dia começou mal
O mundo não acaba porque alguém não te deu valor
O mundo não acaba porque hoje foste ferido
O mundo não acaba porque tentaram anular teus sonhos
O mundo continua quer tu queiras quer não.
O mundo continua a girar quer faça chuva quer faça sol.
Por isso, não pares só porque algo hoje não correu como gostarias.
Não desanimes porque te deixaram sozinho.
Não chores só porque hoje não conseguiste alcançar o sonho que te guia.
Tal como o mundo segue o seu curso, tu deves fazer o mesmo.
Até podes perder a força mas nunca deves desistir. Encontra em ti esse poder de continuar. Continua mesmo que hoje tenha escorrido uma lágrima.
É em ti que está o poder de conquistar o mundo. E o mundo só é belo para quem não deixa morrer o amor e a esperança que tem em seu coração.
O mundo não acaba quando deixas de sonhar, mas o teu mundo acabará se não o souberes aproveitar.
Que as dores são inevitáveis, todo mundo sabe. Tem fases em que o riso não sai, a fé fica pequenina - ou até mesmo nula - e a nossa força se esgota.
Cada um reage de um jeito nestas crises... Alguns soltam as lágrimas para aliviar, outros em uma tentativa de se afogar.
Alguns buscam outras saídas, sejam elas fugas ou um jeito mais leve de lidar com a vida.
Eu costumo mergulhar fundo na escuridão. Tranco a porta, fecho a janela e deito a cabeça no travesseiro de uma forma que o ouvido fique tampado para eu não escutar o barulho lá de fora (e muito menos o daqui de dentro).
É aí que eu percebo que não tem jeito: não consigo silenciar o que machuca o meu peito.
Então acolho a minha dor, não por querer a sua companhia, mas por saber que sem entendê-la e aceitá-la, ela não será capaz de ir embora de mim por completo.
Deixo os gritos saírem, a carne sangrar e o choro escapar. Parece masoquismo, mas é que eu preciso deixar o que me prende vir à tona para conseguir me libertar.
Mais uma vez, para a minha sorte, consegui quebrar as correntes (que já estavam enferrujando). Saí delas com certa dificuldade e muitas feridas - algumas com cicatrizes para que eu jamais me esqueça do que eu passei. E, para ser sincera, eu prefiro não esquecer para que assim eu me lembre também da minha capacidade de me reerguer, mesmo quando isso parece ser impossível.
Hoje eu consigo voar, o riso sai fácil e meus olhos não pesam mais por estarem encharcados. Talvez eles estejam até mais coloridos pela forma bonita de enxergar a vida, mesmo depois de tudo. Sei que não dá para ser assim sempre, só que agora eu também sei que quando outra tristeza chegar, por mais que ela insista em doer, eu só vou me render durante o tempo necessário para (depois) me regenerar.
Afinal, após toda aquela tempestade escura, sei que o sol também sempre vai voltar para me refazer e (de novo) me iluminar.
Sou rebelde como o vento,brinco com a vida e duvido do tempo, provoco, polemizo, solto o riso. Sou fera sem jaula, sou amante no cio, minha calma está sempre por um fio.
O lobo solitário é valente e forte, mas tem seus medos e angústias
Acuado fica agressivo, solto até tenta proximidade dos seus pares,
Mas ele até por instinto machuca quem gosta...
É instintivo, é de sua natureza voraz...
É belo e admirável, porém intocável, sempre em defesa de seu pequeno território...
Dentro de si é imensidão se sonhos e sentimentos, todos inconfessáveis e irrevelados.
Do medo de ser aprisionado vem sua força arredia, do medo da prisão sem muros vem seu uivo de dor, força e sentimentos.
Com o coração na mão, minha mente voa livre, leve, louco, bicho solto. Bem melhor, bem melhor faça da sua vida algo melhor, do que já viu e ouviu. Se eu não busco a perfeição em ninguém, não quero que busquem isso em mim.
Quantas vezes, em sonho, as asas da saudade
Solto para onde estás, e fico de ti perto!
Como, depois do sonho, é triste a realidade!
Como tudo, sem ti, fica depois deserto!