Coleção pessoal de PaulaFarsoun

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Se me perguntarem em qual vibração quero me conectar, resumirei em uma palavra: abundância. Abundância de tudo que faz bem... abundância de saúde, de paz, de amor, de prosperidade, de felicidade. Abundância do que é essencial. Se por um lado quero muito tudo isso, pelo outro espero eliminar o que é inútil, os excessos de preocupação, de culpa, de coisas desnecessárias, de tempo desperdiçado, de barulho, de tudo que não preencha o coração.

Em meio a esse processo de que a ordem é de dentro para fora, nesse momento envolta por um casulo, apelo para alguma lógica da natureza, convencendo-me de que cada estágio agrega beleza e libertação, de modo que é melhor acolher com gratidão, pela borboleta que existe em mim. Como bem escreveu Rubem Alves, “não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.”

Quando pensamos ter alcançado o patamar de cima, o passo à frente, vem a vida e nos mostra que a próxima fase já está por vir, que não dá para parar de subir, que a escada é longa e que não temos ideia do nível em que estamos. Só sabemos que temos que ser fortes, resistentes, resilientes e prosseguir.

Evito me colocar em uma contagem regressiva, mas a verdade é que o tempo não volta e o relógio só anda para frente. O que fazer diante dessa realidade senão aproveitar todo tempo do mundo que nos resta? Uma fórmula infalível ao priorizarmos o que fazer diante da infindável lista de tarefas é pensar se nossa próxima ação vai ser positivamente útil para alguém ou para a humanidade ou se ela traz felicidade. Usar esse critério pode auxiliar em algum direcionamento, embora não resolva nossas questões desde as mais simples às mais profundas.

Estamos diante da edificação de algumas pontes de isopor, sem base alguma que sustente uma sólida construção. Mais do que nunca é preciso valorizarmos a confiabilidade inspirada por alguém como um dos critérios que coloque essa pessoa no topo da pirâmide de valores.

Ainda tem valor ser o que parece ser, agir conforme o que pensa e fala. Acho que esse é um valor eterno e intransponível aos olhos daqueles que conseguem ver por trás dos muros da matéria, da estética, da forma, que tantas pessoas insistem em erguer sobre si mesmas.

Mas nossa postura diante de um desafio vai gerar uma energia que pode ser positiva ou negativa, a depender de como estamos acolhendo esse movimento da vida. Abdicações, renúncias, esforço .... preparação. Preparar-se para a execução da nova etapa. E durante todo o processo é aconselhável o treinamento do sentimento de gratidão, pois certamente se estamos diante de desafios, é sinal de que estamos vivos e em atividade, o que já merece nosso mais profundo agradecimento.

Encarar desafios pode ser um treinamento grandioso de superação. Há um enorme prazer embutido nesse exercício contínuo de superarmos a nós mesmos. Quão sem graça seria a existência se a vida fosse um marasmo contínuo do início ao fim. Bom, creio que isso sequer seria uma opção já que querendo ou não, o dia a dia é repleto de novos desafios.

Mesmo quando a maré está mansa, não significa que mansa para sempre permanecerá. Basta o sopro do tempo, o rebolar das correntezas, a inspiração da deusa do mar e as ondas vêm. É o movimento natural. Não existe maré calma eterna. Existe o vai e vem da natureza, reboliço dos ventos, e logo a onda vem. Nós não escolhemos seu tamanho, não dimensionamos seu perigo, nem prevemos sua velocidade. Elas chegam e nossas escolhas passarão por estarmos dentro ou fora do mar, condicionarmos nosso fôlego, aprendermos a nadar, aguçarmos nossa sensibilidade para identificarmos eventual perigo, domarmos o espírito aventureiro, ou controlarmos o medo

E assim, no afã de demonstrar tamanho afeto e um apreço que não se traduz, tantas vezes nasce um texto, uma declaração de amor. Quem nunca sentiu uma avassaladora vontade de expressar por meio de palavras um sentimento que extravasa? Não é sempre que acontece e muitas vezes quando a aspiração vem, nós não nos doamos a ela. E nos calamos quando talvez devêssemos lançar mão da boa e velha tríade que jamais cairá em desuso: papel, caneta e coração. E então, quem sabe, dedicando um pouco de tempo, podemos movimentar nossa fábrica eterna de bons sentimentos e exteriorizarmos parte deles para dizer do nosso amor para o outro.

Ainda é lindo escrever cartas, eu juro. Sempre será. Talvez tão bonito quanto recebê-las. E guardá-las. E revisitá-las. E por reconhecer a beleza delas, aqui escrevo uma especial, para alguém que ainda não sabe ler, mas que certamente já sabe sentir.

É tempo de refletir sobre o que a vida tem de mais humano para oferecer, que são justamente as relações entre os homens, de criatura para criatura. Tempo de perdão, harmonia, companheirismo, cooperação, paciência, superação, cuidado, afeto, união, altruísmo, cortesia, bondade, amor.

É preciso crer. Crer que a luz está entrando, que algo muito bom está por vir. Para a construção da nova casa, precisamos antes limpar a velha estrutura, liberar o terreno. Para a construção de um novo mundo, de um novo país, invariavelmente devemos enfrentar com esperança, união, força e resiliência esse processo de transição.

Aposto no efeito da cortesia no trato com as pessoas, seja em qual ambiente for, no ambiente corporativo, nas relações de trabalho, no núcleo familiar, na comunicação entre amigos ou entre estranhos.

Por gentileza... Sejamos mais cordiais e sensíveis com o uso das palavras. Treinemos a prática de utilizar expressões de cordialidade, de educação. Apoiemos uma forma de falar sem constranger, sem impor indelicadamente, sem estressar a outra pessoa. Não se trata de certo e errado. É questão de seletividade e coerência. Dizer da forma como gostaria de ouvir, escrever da forma como gostaria de ler. Mais sutil. Mais respeitosa. Mais empática.

"Vem me chamando a atenção o despertar de um sentimento coletivo de bem querer e então como não poderia deixar de ser, entrego-me às reflexões. De onde vem o carinho coletivo, a reciprocidade, a confiança crescente? Do sorriso, da vontade de que tudo dê certo, do empenho em construir boas relações, da sinceridade? Vem de tudo isso, eu concluo."