Coleção pessoal de pao_diario
A avaliação
Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito… —2 Coríntios 5:10
Imagine ir para o trabalho certo dia e ser saudado pelo seu chefe, que diz: “Venha ao meu escritório às 9:30. Gostaria de conversar com você sobre o seu trabalho.”
Esse momento poderia ser de muita tensão, enquanto você imagina o quê o seu supervisor lhe dirá. Você se pergunta: Como o meu chefe acha que estou indo? Será que serei promovido e terei aumento de salário? Ou será que vou perder meu emprego? Vou ouvir um: “Muito bem” ou “Você está despedido”?
Tão importante quanto esse encontro é outro, para uma avaliação muito mais significativa, da qual a Bíblia fala. Quando esta vida tiver passado, apresentar-nos-emos diante do nosso Senhor. Paulo escreveu: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2 Coríntios 5:10). Não entraremos nessa avaliação futura temerosos de perder nossa salvação, nem desejosos de benefício pessoal ou aprovação humana, mas estaremos ansiosos para ouvir o Mestre dizer, “Muito bem, servo bom e fiel” (Mateus 25:21).
O desafio diante de nós como seguidores de Cristo é servi-lo com excelência agora, para que venhamos a ouvir Suas palavras, “Muito bem” naquela hora. Se for considerado como estou vivendo agora, que espécie de avaliação receberei ao encontrar o Salvador?
O serviço feito aqui na terra receberá um “muito bem” no céu. Bill Crowder
Ampliando perspectivas
Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações… —Mateus 28:19
Um missionário e eu fomos convidados a almoçar com Davi, um homem de seus quase 80 anos que generosamente sustentava o ministério daquele missionário. O senhor Davi não podia visitar o país do missionário, mas ao dar graças pelo alimento, ele orou com a maior naturalidade pelo povo, lugares e situações daquela região. Porque orava regularmente por aquele ministério, não tinha dificuldade em mencionar detalhes específicos. Davi tinha uma visão sobre missões que se estendia para além de Singapura, seu país.
Nosso Senhor Jesus Cristo nos ordenou que tivéssemos uma perspectiva mundial sobre missões. Quando Ele disse: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, […] ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mateus 28:19-20), não estava nos pedindo que comprássemos uma passagem de volta ao mundo para fazer Sua vontade. Podemos não ter a oportunidade de viajar muito além do lugar em que nascemos, mas é possível nos envolvermos com o que se passa pelo mundo sem sair da nossa cidade natal.
Mas como? Há algum estudante internacional vivendo perto de você? Ou uma família estrangeira tentando adaptar-se a uma nova vida em outro lugar? Ou simplesmente uma pessoa solitária a quem você possa alegrar? Compartilhar o amor de Jesus com eles é uma forma de atravessar os oceanos com o evangelho.
Se você olhar com os olhos de Jesus, verá as necessidades ao redor. C. P. Hia
Sempre com você
Eis que eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores… —Gênesis 28:15
A estrada que serpenteia pela margem sul do Lago Michigan é muitas vezes traiçoeira no inverno. Certo fim de semana em que dirigíamos voltando de Chicago para Grand Rapids, nos EUA, um acúmulo de neve e gelo fez o tráfego ir devagar, causou inúmeros acidentes, e quase dobrou o tempo que teríamos que dirigir. Ficamos aliviados quando saímos da rodovia expressa para o trecho final da estrada. Foi então que meu marido disse alto: “Obrigado, Senhor. Acho que posso dirigir daqui em diante.”
Ao finalizar suas palavras, nosso carro fez um giro de 180 graus. Quando paramos, com os corações batendo forte, dava só para imaginar Deus dizendo: “Tem certeza?”
Por que, às vezes, tentamos seguir sozinhos pela vida quando temos livre acesso a Deus, em todo tempo? Ele disse: “Eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores…” (Gênesis 28:15). E Ele nos assegura: “…de maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hebreus 13:5).
O matemático, teólogo e pregador escocês Thomas Chalmers (1780–1847) escreveu: “Quando ando à beira do caminho, Ele vai comigo. Quando me envolvo com pessoas, e esqueço-me dele, Ele nunca se esquece de mim […] Aonde quer que eu vá, Ele toma conta de mim, me protege e cuida.”
Que conforto saber que Deus está sempre conosco — não precisamos passar pela vida sozinhos!
A presença de Deus traz grande conforto. Cindy Hess Kasper
Caça ao tesouro
Se buscares a sabedoria […] entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus. —Provérbios 2:4-5
No primeiro dia de janeiro de 2008, Keith Severin e seu filho de sete anos, Adriano, combinaram de passar pelo menos 15 minutos por dia procurando um tesouro juntos. O artigo de Carlos Alcalá no jornal Sacramento Bee relatou como eles saíam cada dia, independente da temperatura, para ver o que conseguiriam encontrar. Após um ano, sua coleção de moedas, bolas de golfe, garrafas, latas recicláveis e vários outros itens, já somava mais de mil dólares. No processo, pai e filho passaram muitas horas de companheirismo e divertimento.
Se decidíssemos investir 15 minutos por dia procurando tesouros na Bíblia, o que acharíamos? Salomão escreveu: “Se buscares a sabedoria como a prata, e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus. Então entenderás justiça, juízo e equidade, todas as boas veredas” (Provérbios 2:4-5,9).
O crescimento não acontecerá de uma hora para outra, mas dia a dia, gradualmente. Seremos transformados pela leitura da Palavra de Deus e pela obediência a Ele. Pense no privilégio e no prazer de passar um tempo com o nosso Pai celestial!
Começa por um compromisso voluntário, em seguida passamos a descobertas empolgantes, e depois somos conduzidos a tesouros de sabedoria e vida.
A Palavra de Deus é uma rica fonte de tesouros divinos. David C. McCasland
O LUGAR SEM RETORNO
[…] os olhos do Senhor vosso Deus estão sobre [a terra] continuamente, desde o princípio até ao fim do ano. —Deuteronômio 11:12
Ray Stedman há muito tempo pastor na Califórnia, disse um dia à sua congregação: “Na véspera de Ano Novo, mais do que em qualquer outra ocasião em nossas vidas, percebemos que não podemos voltar no tempo… Podemos olhar para trás e relembrar, mas não podemos voltar a viver um único momento sequer do ano que passou”.
O pastor Stedman, então, referiu-se à ocasião em que os israelitas estavam às margens de uma nova oportunidade. Após quatro décadas vagueando pelo deserto, essa nova geração deve ter-se perguntado se eles tinham fé e resistência para possuir a Terra Prometida.
Seu líder, Moisés, lembrou-lhes de que eles tinham visto “todas as grandes obras que fez o Senhor” (Deuteronômio 11:7) e que seu destino era “a terra de que cuida o Senhor vosso Deus: os olhos do Senhor vosso Deus estão sobre ela continuamente, desde o princípio até o fim do ano” (v.12).
Na véspera de Ano Novo pode ser que temamos o futuro por causa de acontecimentos do passado, mas não precisamos ficar atados às nossas memórias, porque podemos prosseguir em frente concentrados em Deus. Do mesmo modo como o Senhor cuidou da terra e do Seu povo, assim também Seus olhos estarão sobre nós.
O contínuo cuidado de Deus se estenderá a cada dia do novo ano. Podemos contar com essa promessa. —DCM
O nosso futuro é determinado pelo Pai da eternidade. David C. McCasland
MÁ IDEIA?
[…] aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé […] —Hebreus 10:22
O antigo atleta havia negligenciado seu corpo por tempo demais, e então começou uma rotina de exercícios. No primeiro dia fez várias flexões de braço e uma corrida leve. No próximo dia, mais flexões, alguns abdominais e uma corrida um pouco mais longa. Dia 3, exercícios e uma corrida de dois quilômetros e duzentos metros. No dia 4, nosso ex-atleta em recondicionamento acordou com dor de garganta.
Ele fez, então, mais um exercício: Concluiu que exercitar era uma má ideia. Se o que havia conseguido com todo esse suadouro havia sido apenas adoecer, então não era para ele.
Examinemos outra cena. Um cristão, percebendo que tem negligenciado seu relacionamento com Deus, começa uma nova rotina espiritual de leitura da Bíblia e oração. Após alguns dias, porém, aparecem alguns problemas em sua vida. Qual é sua conclusão? Assim como o ex-atleta, deveria concluir que sua busca espiritual havia sido uma má ideia e que não havia feito bem algum? É claro que não.
Não oramos e lemos a Bíblia para alcançar uma vida perfeita, sem problemas. Buscar a Deus não é causa e efeito. Nós o buscamos porque isso estreita nosso relacionamento com aquele que é perfeito. A busca da espiritualidade não nos livra de problemas (2 Timóteo 3:12). Uma vida dedicada a amar e buscar a Deus (Hebreus 10:22), no entanto, sempre é uma boa ideia — não importa o que aconteça. —JDB
As raízes da estabilidade crescem ao nos alicerçarmos na Palavra de Deus e oração. Dave Branon
EM QUE REINO VOCÊ VIVE?
Porque a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte. —Romanos 8:2
Eu estava trabalhando para uma companhia de petróleo em Singapura quando um inspetor de outra companhia veio visitar. Ele veio fiscalizar um carregamento de óleo destinado ao seu país, que estava em guerra. Quando ouviu o som agudo de aviões de combate passando acima, ele instintivamente correu para se abrigar. Desconcertado, explicou: “Desculpe-me, pensei que estivesse em casa”. Ele fez o que teria feito se estivesse em seu país ferido pela guerra.
É fácil ao cristão mergulhar de novo nas velhas condutas pecaminosas por puro hábito, por causa das muitas tentações deste mundo. Mesmo estando “mediante Jesus Cristo” como Romanos 1:8 diz, algumas vezes vivemos como se estivéssemos “em pecado”.
Deus pagou um preço muito alto para nos tirar do reino do pecado. Ele o fez “enviando seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado” (Romanos 8:3). Devemos agora ser governados pela “lei do Espírito da vida”, não pela “lei do pecado e da morte” (v.2). O apóstolo Paulo insiste conosco a “cogitar” das “coisas do Espírito” (v.5). Isso significa que recebemos nossa orientação da Palavra de Deus, ao sermos guiados pelo Seu Espírito.
Quando for tentado a retornar a velhos hábitos pecaminosos, você, ao invés disso, deixará que o Espírito Santo que habita em você o ajude a ser mais consistente com sua posição “em Cristo”? —CPH
Quando você nasce de novo, torna-se um cidadão do céu.
C. P. Hia
PODER PARA PERSEVERAR
[…] tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia, e compassivo. —Tiago 5:11
A jogadora de golfe profissional Paula Creamer trabalhara o ano inteiro por uma posição no Campeonato de 2008, o torneio final do circuito da Liga. Entretanto, quando o evento começou, Creamer estava com peritonite, uma dolorosa inflamação da parede abdominal. Ela teve dores constantes e não pode comer durante todos os quatro dias do torneio. Até passou uma noite no hospital por causa de sua condição. Mesmo assim ela perseverou até o final e espantosamente terminou em terceiro lugar. Sua determinação lhe ganhou muitos novos admiradores.
Os desafios e as crises da vida podem nos sobrecarregar até ao final de nossas forças, e nessas horas é fácil querer desistir. Contudo, Tiago oferece aos seguidores de Cristo, outra perspectiva. Ele diz que, a vida é uma luta, mas também uma bênção: “Eis que temos por felizes aos que perseveraram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo” (Tiago 5:11).
No exemplo de Jó encontramos o encorajamento e o poder para perseverar nas horas mais escuras da vida — para nos alicerçar em Deus, que é compassivo e misericordioso. Mesmo se a vida for dolorosa e difícil, podemos perseverar, porque Deus está próximo. A Sua misericórdia dura para sempre (Salmo 136). —WEC
Deus dá o poder que precisamos para perseverar. Bill Crowder
ESPARANÇA
Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo […] —Gálatas 6:14
Quando o ateísmo comunista era uma ameaça mundial, proclamava que Deus não existia e que a fé em uma vida futura era uma ilusão enganadora. Leonid Brezhnev havia sido o ditador soviético, a personificação da descrença marxista. Algo aconteceu em seu funeral, entretanto, que contradisse o ateísmo. George H. W. Bush, então vice-presidente dos EUA, foi o representante oficial do país naquela cerimônia formal e solene.
Ele relatou que, enquanto o caixão ainda estava aberto, a viúva de Brezhnev olhava fixamente para o corpo de seu marido. No momento em que os soldados iam fechar a tampa, ela se estendeu e fez o sinal da cruz sobre o peito dele. Que gesto desesperado e significativo! Aquela viúva evidentemente esperava que o que seu marido havia negado veementemente pudesse de algum modo ser verdade.
Somos gratos pela possibilidade da esperança além desta vida terrena! Tudo o que precisamos fazer é aceitar pela fé a mensagem salvadora da cruz: Jesus morreu por nossos pecados e ressuscitou para que pudéssemos viver eternamente com Ele. Você crê? Então junte-se ao apóstolo Paulo ao afirmar que “temos posto a nossa esperança no Deus vivo, Salvador de todos os homens, especialmente dos fiéis” (1 Timóteo 4:10). —VCG
A cruz do Calvário é a única ponte para a vida eterna. Vernon Grounds
O NATAL DE MARIA
Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração. —Lucas 2:19
Aquela não foi uma noite idílica, ou de paz. Foi fria a noite de Belém em que uma adolescente amedrontada deu à luz ao Rei dos reis. Maria suportou a dor da chegada de seu bebê com a ajuda apenas das mãos grossas de carpinteiro, de José, seu noivo. Os pastores podem ter recebido uma serenata nos campos próximos, onde os anjos cantaram louvores ao bebê, mas Maria e José ouviram somente os sons dos animais, a agonia do nascimento, e os primeiros choros de Deus em forma de bebê. Uma estrela de grande magnitude brilhou no céu aquela noite sobre as dependências onde estavam, mas para esses dois visitantes a cena da manjedoura foi um lugar sombrio.
Quando José colocou o menino nos braços de Maria, um misto de admiração, dor, medo e alegria deve ter passado pelo seu coração. Ela sabia, por causa da promessa de um anjo, que esse pequeno bebê enrolado em panos era “o Filho do Altíssimo” (Lucas 1:32). Ao olhar atentamente em Seus olhos na semiescuridão e depois nos de José, ela deve ter pensado consigo mesma sobre como iria criar esse cujo reino nunca terá fim.
Maria tinha muito para meditar em seu coração naquela noite especial. Agora, dois mil anos depois, cada um de nós precisa considerar a importância do nascimento de Jesus, e de Sua morte, ressurreição e promessa de retorno, que se seguiram. —JDB
Deus veio viver conosco para que pudéssemos viver com Ele. Dave Branon
O LUGAR DE DEUS
[Maria] deu à luz o seu filho primogênito, […] e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. —Lucas 2:7
No final da década de 1920, Grace Ditmanson, ainda menina, viajava frequentemente com seus pais missionários pelo interior da China. Mais tarde, ela escreveu sobre as viagens e os lugares cheios de gente onde ficavam para dormir — estalagens de vilarejos cheios com pessoas tossindo, espirrando, e fumando, enquanto os bebês choravam as crianças reclamavam. A sua família colocava seus colchonetes em cima de cavaletes cobertos com tábuas, em um quarto grande com outras pessoas.
Certa noite de neve, ao chegarem a uma hospedaria, ela estava completamente cheia. O hospedeiro expressou seu pesar, fez uma pausa e disse: “Sigam-me”. Ele os guiou para um quarto ao lado usado para guardar palha e equipamentos agrícolas. Ali dormiram, em um lugar tranquilo, só para eles.
Desde então, quando Grace lia que Maria “deu à luz ao seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lucas 2:7), ela via esse acontecimento de maneira diferente. Alguns descreviam o hospedeiro como um exemplo da humanidade pecadora e insensível que rejeitara o Salvador, mas Grace dizia: “Eu creio que o Deus Todo-Poderoso usou o hospedeiro como alguém para prover um lugar mais saudável que a hospedaria cheia — um lugar de privacidade.”
Através dos olhos da fé, vemos como Deus atendeu as necessidades de Maria. Descubra as maneiras como Ele provê para você. —DCM
Aqueles que deixam Deus prover para si, ficarão satisfeitos. David C. McCasland
PODE ME DAR UMA MOEDA?
[…] o que se compadece dos pobres é feliz. —Provérbios 14:21
Amity Shlaes relata histórias fascinantes sobre a vida durante a Grande Depressão dos EUA, em seu inspirado livro The Forgotten Man (O Homem Esquecido). No centro desse drama econômico estava “o homem esquecido”, um termo usado para os inúmeros indivíduos que eram demitidos dos empregos.
Uma música muito popular nessa época da Depressão expressa de maneira comovente a história deles:
Eles costumavam dizer que eu estava construindo um sonho, com paz e glória à minha frente.
Por que então eu deveria estar em pé na fila, esperando o pão?
Um dia construí uma ferrovia, e a fiz correr, correr contra o tempo.
Um dia construí uma ferrovia; agora está pronta. Irmão pode me dar uma moeda?
Como a letra nos faz lembrar, uma virada na economia muda tudo para os operários que perdem seus empregos. Quando isso acontece, nós, como cristãos devemos fazer o que pudermos pelas pessoas em necessidade.
Paulo e Barnabé receberam a recomendação de evangelizar e se “lembrar dos pobres” (Gálatas 2:10). Vemos que Paulo fez exatamente isso — pregando o evangelho e encorajando a ajuda financeira aos necessitados (Atos 11:29-30; 1 Coríntios 16:1-3).
Durante tempos difíceis da economia, nós também devemos ajudar as pessoas em necessidade — física e espiritual. Uma moeda não dá para muito estes dias, mas uma atitude generosa, sim. —HDF
Um bom exercício para o coração é inclinar-se e ajudar outra pessoa a levantar-se. Dennis Fisher
O PASTOR DE ESTRELAS
Levantai ao alto os vossos olhos, e vede. Quem criou estas cousas? —Isaías 40:26
Uma noite em que estiver longe das luzes da cidade, “levantai ao alto os olhos e vede” (Isaías 40:26). Você verá nos céus uma faixa luminosa de estrelas se estendendo de horizonte a horizonte — nossa galáxia.
Se tiver bons olhos, você conseguirá enxergar perto de cinco mil estrelas, diz o astrônomo Simon Driver. Existem, no entanto, muitas outras que são impossíveis de ver a olho nu. O estudo feito sobre as imagens obtidas pela sondagem espacial do telescópio Hubble de uma pequena região do céu, em 1995, concluiu que existem bilhões de galáxias, cada uma contendo bilhões de estrelas. Uma das estimativas afirma que existem mais de dez estrelas no universo para cada grão de areia na terra.
No entanto, todas as noites, Deus “faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, […] por ser ele grande em força […] nem uma só vem a faltar” (v.26).
Por que, então, as pessoas dizem, “O meu caminho está encoberto ao Senhor”? (v.27). Sim, bilhões de indivíduos habitam este globo, mas nenhum foi esquecido por Deus. Ele conhece “os que lhe pertencem” (2 Timóteo 2:19). Se Ele pode fazer sair os incalculáveis exércitos de estrelas todas as noites, uma a uma, Ele pode trazer você para a Sua luz. Ele o faz “por ser ele grande em força” (Isaías 40:26) — a força que Ele demonstrou quando ressuscitou Jesus dentre os mortos.
As estrelas estão no céu esta noite? Alegre-se! Deus cuida de você. —DHR
Ao vermos o poder da criação de Deus, sentimos o poder do Seu amor. David H. Roper
SOMENTE DEUS
Porque de Deus somos cooperadores. —1 Coríntios 3:9
O neozelandês Edmundo Hillary e seu guia tibetano Tenzing Norgay tornaram-se as primeiras pessoas que alcançaram o pico do monte Everest, a mais alta montanha do mundo em 29 de maio de 1953. Como Tenzing não sabia usar a câmara fotográfica, Edmundo tirou uma foto de Tenzing como prova de que haviam chegado ao topo.
Os jornalistas, mais tarde, perguntaram repetidas vezes quem havia alcançado o cume primeiro. O líder da expedição, João Hunt, respondeu, “Eles o alcançaram juntos, como um time.” Eles estavam unidos por um alvo comum, e nenhum estava preocupado com quem receberia o maior crédito.
É contraproducente tentar determinar quem merece o maior crédito quando alguma coisa é bem feita. A igreja em Corinto estava dividida em duas facções — os seguidores de Paulo, e os seguidores de Apolo. O apóstolo Paulo lhes disse: “Eu plantei, Apolo regou […] nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega” (1 Coríntios 3:6,7). Ele lhes lembrou que eram “cooperadores [de Deus]” (v.9), e que, no ministério, é Deus quem dá o crescimento (v.7).
Nossa preocupação sobre quem merece o crédito serve somente para tirar a honra e a glória que pertencem somente ao Senhor Jesus. —CPH
Jesus deve crescer; eu devo diminuir. C. P. Hia
BRADOS DE ALEGRIA
Celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras. —Salmo 100:1
Os torcedores do basquete da Universidade de Duke são conhecidos como “Malucos do Cameron”. Quando a Universidade de Duke joga contra seu arquirrival Norte Carolina, os Malucos recebem estas instruções: “Este é o jogo que esperávamos. Não há desculpas. Deem tudo que tiverem. O Cameron [o estádio] deve ficar terrivelmente barulhento o tempo todo, esta noite.” Com certeza, os torcedores de Duke mantém a fidelidade ao time.
O compositor do Salmo 100 mantinha a fidelidade ao Senhor com firmeza e queria que as outras pessoas fizessem o mesmo. “Celebrai com júbilo ao Senhor!” ele exclamava (v.1). O povo do Senhor precisava expressar livremente seu louvor a Deus , pois Ele era o Deus da aliança de Israel, o Deus sobre todos os outros — por assim dizer — deuses. Eles eram convocados a concentrar todas as suas energias no Senhor e em Sua bondade.
A graça e a bondade de Deus deveriam nos motivar a expressar nosso amor e fidelidade a Ele livremente, com brados de alegria. Aqueles que são mais reservados devem moderar o ímpeto de refrear-se e aprenderem a ser expressivos em seu louvor a Deus. Aqueles que são tão expressivos a ponto de perder a beleza do silêncio podem precisar aprender com aqueles cujo estilo é mais introspectivo.
Adoração é o tempo de concentrar nossa atenção em nosso Criador, Redentor e Pastor, e celebrar o que Ele fez. —MLW
Nossos pensamentos sobre Deus devem nos levar a um alegre louvor.
Marvin Williams
SEM MOTIVO PARA ALARME
Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. —Efésios 4:26
O som do alarme estridente vindo do interior da igreja provocou pânico em meu coração. Eu havia chegado cedo à igreja, certo domingo pela manhã, planejando passar uns minutos em silêncio antes que os membros da congregação chegassem. No entanto, esqueci-me de desligar o alarme contra ladrões. Ao virar a chave, o barulho turbulento e irritante do alarme encheu o prédio — e sem dúvida, os quartos dos vizinhos que dormiam.
A ira é muito parecida com isso. No meio de nossas vidas pacíficas algo vira uma chave em nosso espírito e dispara o alarme. Nossa paz interior, então — sem falar da tranquilidade dos que estão ao nosso redor — é interrompida pela força turbulenta de nossas emoções explodindo.
Algumas vezes a ira chama nossa atenção a uma injustiça que precisa ser resolvida, e somos instigados a agir com justiça. A maioria das vezes, entretanto, nossa ira é egoisticamente inflamada pela violação de nossas expectativas, direitos e privilégios. De qualquer modo, é importante sabermos por que o alerta está soando e reagirmos de maneira piedosa. Na verdade não podemos permitir que a ira estenda-se sem controle.
Não nos admira que Paulo nos relembra a advertência do salmista: “‘Irai-vos e não pequeis’; não se ponha o sol sobre a vossa ira […]” (Efésios 4:26; Salmo 4:4). —JMS
A ira descontrolada é motivo de alerta. Joe Stowell
O SENHOR PROVERÁ
[…] o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais. —Mateus 6:8
Em meus primeiros anos de pastorado, servi em igrejas pequenas cujas finanças eram muitas vezes apertadas. Certa ocasião sentimos o peso dessa pressão em nossas finanças familiares. Nossos alimentos já estavam acabando e o pagamento ainda demoraria vários dias. Enquanto minha esposa e eu nos inquietávamos sobre como iríamos alimentar nossos filhos nos próximos dias, a campainha tocou. Ao abrirmos a porta encontramos duas sacolas de mantimentos. Não havíamos contado a ninguém sobre nossa situação, no entanto, nosso Deus provedor havia orientado alguém para suprir nossa necessidade.
Esta experiência me faz lembrar do relato de Abrão quando lhe foi ordenado que sacrificasse seu filho Isaque. Ao invés disso, Deus proveu um cordeiro no momento exato. Abrão chamou esse lugar de Jeová-Jireh, “O Senhor Proverá” (Gênesis 22:14). Ele é aquele que ainda se preocupa profundamente com Seus filhos.
Jesus disse: “[…] o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais” (Mateus 6:8). Ele constantemente nos cuida e busca o que considera melhor para nós — um lembrete de que em tempos de sofrimento, necessidade e temor, temos alguém que se importa. Pedro escreveu que podemos lançar todas as nossas ansiedades sobre Jesus, porque ele cuida de nós (1 Pedro 5:7) Podemos nos voltar para Ele em nossa hora de necessidade. —WEC
O que Deus promete, providenciará. Bill Crowder
A RAINHA DAS FRUTAS
[…] apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo […] que é o vosso culto racional. —Romanos 12:1
Durian, uma fruta tropical (originária do sul da Ásia), é chamada frequentemente de “A Rainha das Frutas”. Ou você gosta muito ou a detesta. Aqueles que a apreciam são capazes de tudo para consegui-la. Os que a detestam não chegam nem perto dela por causa do seu forte aroma. Minha esposa a aprecia muito. Uma amiga, agradecida pelo que minha esposa havia feito por ela recentemente, enviou-lhe uma caixa das mais finas durians. Essa amiga se empenhou muito para que elas fossem realmente as melhores.
Fiquei pensando, “Se podemos dar o melhor para um amigo, como fazer menos pelo nosso Senhor que deu Sua própria vida por nós?
O homem nobre citado na parábola em Lucas 19 queria o melhor dos dez servos, a quem ele deu seu dinheiro, dizendo: “Negociai até que eu volte.” (v.13) Quando voltou e pediu contas a eles, elogiou com um “Muito bem!” a todos os que haviam feito tudo o que puderam com o dinheiro que lhes fora confiado. Ele, porém, chamou de “servo mau” (v.22) aquele que nada fizera com o seu dinheiro.
A mordomia do que nos foi concedido encerra o principal significado desta parábola. Dar a Deus o nosso melhor, significa ser fiel com o que Ele nos deu. Como o patrão deu dinheiro aos servos naquele momento, assim também Deus, da mesma forma, nos deu dons para servi-lo. Nós é que sairemos perdendo se não lhe dermos o nosso melhor. —CPH
Servir ao nosso próximo é o melhor que podemos fazer para servir a Deus. C. P. Hia
TORNANDO-NOS COMPLETOS
[…] desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade. —Filipenses 2:12-13
Nossa amiga caiu da bicicleta e sofreu um sério traumatismo craniano, e os médicos temiam que ela não sobrevivesse. Ela esteve, por vários dias, entre a vida e a morte.
Recebemos as primeiras boas notícias quando ela abriu seus olhos, e reagiu aos comandos de voz. Com cada pequena melhora, a ansiedade permanecia. Quanto ela progrediria?
Depois de um difícil dia de terapia, seu marido estava desanimado. Porém, na manhã seguinte, ele compartilhou estas palavras: “Sandra está de volta, física, emocional e mentalmente!” Sandra estava voltando a ser a pessoa que conhecíamos e amávamos.
A queda de Sandra lembra-me do que falam os teólogos quando se referem “a queda” da humanidade (Gênesis 3). Sua luta para recuperar-se assemelha-se também à nossa luta para vencer a destruição do pecado (Romanos 7:18). Se apenas o seu corpo sarasse, a recuperação seria incompleta. O mesmo seria verdadeiro se o seu cérebro funcionasse, mas seu corpo não. Inteireza significa que todas as partes funcionam juntas com um propósito.
Deus é o único que está curando Sandra, mas ela precisa se esforçar na terapia para melhorar. O mesmo nos acontece espiritualmente. Depois de sermos salvos por Deus através de Cristo, precisamos “desenvolver” a nossa salvação (Filipenses 2:12) — não para alcançá-la, mas para permitir que nossos pensamentos e ações se ajustem ao Seu propósito. —JAL
Para tornar-se uma pessoa completa continue a submeter-se ao Espírito Santo. Julie Ackerman Link
MUNDO MARAVILHOSO
Para sempre, ó Senhor, está firmada a tua palavra no céu. —Salmo 119:89
A descoberta dos pergaminhos do Mar Morto em 1947 é considerada a maior descoberta arqueológica do século 20. Os antigos manuscritos escondidos nas cavernas próximas de Qumran são as mais antigas cópias dos principais livros do Velho Testamento. Em 2007, o Museu de História Natural de San Diego, EUA, patrocinou uma exposição contendo 24 destes manuscritos. Repetiu-se com frequência que o texto da Bíblia em hebraico (o Velho Testamento cristão) permaneceu virtualmente inalterado pelos últimos dois mil anos.
Os seguidores de Cristo que creem que a Bíblia é a eterna e imutável Palavra de Deus veem nessa espantosa preservação mais do que uma coincidência. O Salmista escreveu: “Para sempre, ó Senhor, está firmada a tua palavra no céu. A tua fidelidade estende-se de geração em geração” (Salmo 119:89-90). Jesus disse: “[…] as minhas palavras não passarão” (Mateus 24:35).
A Bíblia é mais que uma relíquia histórica. Ela é a viva e poderosa Palavra de Deus (Hebreus 4:12), na qual encontramos o Senhor e descobrimos como honrá-lo e viver para Ele. “Nunca me esquecerei dos teus preceitos,” o salmista concluiu, “visto que por eles me tens dado vida” (Salmo 119:93).
Que privilégio nós temos em buscar a Deus em Sua extraordinária Palavra a cada dia! —DCM
Conhecer Cristo, a Palavra Viva, é amar a Bíblia, a Palavra escrita. David C. McCasland