Coleção pessoal de pao_diario
Não se esqueça
Guarda-te não te esqueças do Senhor, teu Deus, não cumprindo os seus mandamentos… —Deuteronômio 8:11
Uma de minhas charges favoritas chama-se “Super-Homem em seus últimos anos.” Mostra o Super-Homem já idoso, apoiando-se em uma janela, pronto para saltar, que ao olhar para trás diz: “Ora, onde é que eu ia mesmo?”
Esquecimento acontece a todos nós, e embora nossos lapsos ocasionais possam ser engraçados ou perturbadores, uma falta de memória para com Deus tende a ser desastrosa.
No momento em que o povo de Israel estava pronto para entrar na Terra Prometida, Moisés os desafiou: “Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos…” (Deuteronômio 8:2) e: “Guarda-te não te esqueças do Senhor, teu Deus, não cumprindo os seus mandamentos…” (v.11).
Esquecer-se de Deus pode ser o resultado de: Provação (Deuteronômio 8:2-4). Deus permitiu que Seu povo passasse fome, e então providenciou o maná. Quando somos privados das necessidades básicas da vida, é fácil sentirmos que Deus de algum modo nos esqueceu. Satisfação (vv.10-11). A abundância ou a necessidade pode produzir amnésia espiritual, porque ambas nos fazem focalizar em nós mesmos, ao invés de em nosso Deus provedor. Orgulho (vv.12-16). Se a prosperidade traz um sentimento de autorrealização, então já nos esquecemos de Deus.
Humildade, obediência, e louvor nos ajudam a lembrar da provisão fiel e do cuidado de Deus. Não nos esqueçamos de agradecer-lhe hoje mesmo por tudo o que Ele tem feito.
Nunca permita que as abundantes dádivas de Deus o façam esquecer-se do Doador.
David C. McCasland
Alcançando almas
…haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. —Lucas 15:7
Recentemente, Marta e eu viajamos a algumas metrópoles em vários países. Sentimos um grande impacto ao ver como nosso mundo está perdido e lamentamos a respeito dos milhões que nunca escutaram a mensagem da graça salvadora de Jesus. A ideia de alcançar o mundo para Cristo pareceu esmagadora.
Lembrei-me então da história do menino que andava por uma praia. Encontrando centenas de estrelas-do- -mar que morriam sob o forte calor do sol, ele começou a devolvê-las ao mar. Alguém que passava perguntou: “O que você está fazendo?” Salvando-as,” o menino respondeu. “Esqueça isso,” o homem disse. “Você não vai conseguir salvar todas essas estrelas-do-mar.” “Certo”, respondeu o menino, “mas faz grande diferença para cada uma que eu salvo”.
Gosto muito da perspectiva do menino. Quando a onda do pecado nos atirou na praia para morrer, Deus enviou Seu Filho para andar pela praia e salvar a todos os que se arrependessem. E, como Jesus disse aos Seus ouvintes em Lucas 15, cada vez que alguém é salvo, há festa no céu. “Digo-vos que, assim haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lucas 15:7).
O céu já se alegrou por sua salvação? Se a resposta for sim, junte-se ao grupo daqueles que alcançam outras almas perdidas com a graça salvadora de Jesus.
Ao ser resgatado, você é impelido a resgatar outros. Joe Stowell
Auxiliadores de Deus
Bendizei ao senhor, todos os seus anjos. —Salmo 103:20
Estava conversando com algumas crianças sobre Deus e super-heróis, quando Tobias fez uma pergunta. Ele era um menino de 5 anos; curioso, cheio de imaginação e perguntou a quem estivesse escutando: “Deus tem um amigo como Hércules tem?” Seu irmão mais velho, de 7 anos, mais sabido, respondeu rapidamente: “Sim, Ele tem milhares deles — são os Seus anjos.”
Os anjos são um tópico de conversação popular, e as pessoas acreditam em uma porção de mitos a respeito deles. Por exemplo, algumas pessoas oram para anjos, pensando que eles estão no mesmo patamar de Deus. E alguns acreditam que as pessoas viram anjos após a morte. Eis aqui, porém, o que a Bíblia, nossa autoridade, ensina:
• Deus criou os anjos (Colossenses 1:15-17).
• Os anjos adoram a Deus (Neemias 9:6), e são conhecidos por estes termos: arcanjos (Judas 1:9), querubins (2 Reis 19:15), e serafins (Isaías 6:1-3).
• Eles ministram ao povo de Deus (Hebreus 1:13,14), guardando-os e protegendo-os (Salmo 91:9-12).
• Deus lhes confia tarefas especiais (Mateus 1:20; Lucas 1:26).
• Os anjos de Deus se alegram quando nos arrependemos do pecado e nos voltamos a Cristo para salvação (Lucas 15:7,10).
Só Deus merece o nosso louvor. Então, vamos nos juntar aos anjos e cantar Seus louvores!
Os anjos são os ajudadores especiais de Deus. Anne Cetas
Está tudo bem?
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. —Filipenses 4:7
Quando o coral da escola se preparava para cantar o clássico hino de Horatio G. Spafford, “Sou Feliz com Jesus”, um adolescente se adiantou para contar a familiar história deste cântico. Spafford escreveu esse cântico quando estava em um navio que passava perto do local, no mar, onde suas quatro filhas haviam perecido.
Enquanto escutava essa introdução, e depois as palavras cantadas pelos adolescentes, eu senti um turbilhão de emoções. “Onde suas quatro filhas haviam perecido” eram palavras duras de entender, enquanto escutava novamente as palavras de fé de Spafford. Tendo perdido uma filha subitamente, acho inconcebível a ideia de perder quatro.
Como tudo podia estar “bem” com Spafford em sua dor? Ouço as palavras “Se paz a mais doce me deres gozar” e me lembro do lugar onde posso encontrar paz. Paulo diz em Filipenses 4 que ela pode ser encontrada quando expressamos nossas orações mais íntimas diante de Deus (v.6). Através da oração confiante, aliviamos nossos corações, despojamo-nos de nossas ansiedades e entregamos a nossa dor. E então podemos conseguir “a paz de Deus” (v.7) — uma calma de espírito, divina, inexplicável. Essa paz vai além da nossa habilidade em compreender as circunstâncias (v.7), é uma sentinela em nosso coração, através de Jesus, que nos protege e permite que sussurremos mesmo em meio a dor: “Sou Feliz com Jesus”.
Jesus nunca comete qualquer engano. Dave Branon
A informação certa
Não queremos […] que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes… —Tessalonicenses 4:13
Já estávamos voando há 15 minutos, quando o piloto anunciou que a aeronave tinha um problema sério sendo analisado pela tripulação. Minutos depois, ele informou que havia uma vibração e que precisaríamos retornar ao aeroporto. Os comissários orientaram sobre os procedimentos, explicando o que estava acontecendo e o que aconteceria na aterrissagem. Numa situação que poderia ter sido apavorante, os temores dos passageiros foram aliviados, pois receberam a informação correta.
No primeiro século, um grupo de cristãos da Tessalônica estava com medo que seus entes queridos — cristãos amados — que já haviam morrido, e partido para a eternidade, perderiam a segunda vinda de Cristo. Por esse motivo, Paulo escreveu: “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não tem esperança” (1 Tessalonicences 4:13). Com estas palavras de conforto Paulo queria aliviá-los de seus temores, dando-lhes a informação correta, que era fundamental para sua compreensão. Embora continuassem a lamentar, poderiam manter a esperança de um reencontro com aqueles que já estavam em Cristo.
Em tempos de perda, nós também podemos encontrar conforto e esperança porque a Bíblia nos traz a informação correta.
A morte não é um ponto final — é apenas uma vírgula. Bill Crowder
Corrente poderosa
Antes, corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene. —Amós 5:24
Quando eu era adolescente, meu pai, tios, primos, e eu, fomos pescar truta na cabeceira do Rio Sacramento, na Califórnia, EUA. A nascente do rio é neve derretida, e as águas formavam corredeiras límpidas, frias e refrescantes. Meus primos e eu não resistimos a entrar naquelas correntes refrescantes enquanto tentávamos pescar as trutas arco-íris.
A caminho de casa, paramos para um mergulho em um lago completamente diferente daquele rio. As águas do lago eram mornas e cheiravam águas estagnadas. Contrastavam muito com a correnteza rápida e revigorante.
O profeta Amós usou a metáfora de uma corrente, para ilustrar o poder transformador da justiça. Assustado com os rituais religiosos sem vida de Israel e com a sua exploração dos pobres (Amós 2:6-8; 5:21-27), ele clamou para que o juízo e a justiça prevalecessem. Ele viu que o povo de Deus estava preso ao lago estagnado da injustiça contra outros homens, enquanto o que eles precisavam era uma vida transformada pela “justiça, como ribeiro perene”.
Da mesma forma, Deus deseja que nós deixemos que a justiça “corra [em nossas vidas] como as águas”. Isto acontecerá se lutarmos por leis justas e demonstrarmos o cuidado amoroso pelos pobres. Que procuremos ser uma parte do caudalaso rio de Sua justiça até que Cristo retorne.
A retidão surge quando a verdade é colocada em ação. Dennis Fisher
Deus está aqui
[O Senhor] sara os de coração quebrantado, e lhes pensa as feridas. —Salmo 147:3
Lígia e suas duas filhas estavam a ponto de ser despejadas da casa onde moravam. Embora Lígia cresse que Deus podia socorrê-las, até o momento, Ele não havia dado nenhum indício de como faria isso. Ela se perguntava: Onde está Deus? Enquanto ia dirigindo para o tribunal de justiça, orava pedindo a intervenção de Deus. Então ouviu um cântico no rádio que dizia: “Deus está aqui! Que o amargurado de coração cante de júbilo.” Será que essa poderia ser a garantia de Deus que ela estava ansiosa para receber?
Na sala do tribunal de justiça, Lígia compareceu diante do juiz, ouviu sua decisão e assinou os documentos legais, mas Deus ainda não havia lhe dado a resposta.
Ao dirigir-se ao seu carro, um caminhão parou ao seu lado. “Senhora”, disse o motorista, “Ouvi seu testemunho lá no tribunal, e creio que Deus quer que eu a ajude.” E ele a ajudou. Geraldo colocou Lígia em contato com uma senhora de uma igreja local, que foi capaz de trabalhar com as partes envolvidas para reverter o processo, possibilitando que ela e as meninas pudessem permanecer em sua casa.
Quando as pessoas perguntam: “Onde está Deus?” a resposta é: “Bem aqui.” Deus trabalha através de cristãos como Geraldo, que continuam o trabalho que Jesus começou — curando corações quebrantados e tratando suas feridas (Salmo 147:3).
Quando amarmos Deus — serviremos as pessoas. Julie Ackerman Link
A terra da velhice
Ora, se alguém não tem cuidado dos seus […] é pior do que o descrente. —1 Timóteo 5:8
No livro Another Country (Outro País) a autora Mary Pipher encontrou pessoas entre os 70 e 90 anos que estavam enfrentando situações diversas na vida.
A autora escreveu: “Queria […] compreender a terra da velhice, Não estamos organizados de forma a facilitar o envelhecimento.” A raiz do problema, ela observou, é que os jovens e os idosos se tornaram segregados, para detrimento de ambos os grupos.
Esta tendência social não é necessariamente intencional. No entanto, muitas pessoas realmente ignoram e rejeitam suas responsabilidades pelos idosos. Nos tempos de Jesus, os fariseus encontraram maneiras criativas de evitar seus deveres familiares. Em Marcos 7:9-13, Jesus condenou uma prática comum entre eles, de dedicar seus bens materiais a Deus (declarando- -as como Corban) ao invés de usar seus bens para sustentar os pais. A tradição deles violava o mandamento de honrar pai e mãe.
Nossos filhos, o trabalho e atividades na igreja podem nos levar em muitas direções. Contudo, isso não nos isenta de honrarmos nossos pais idosos, provendo-lhes o sustento necessário, dentro das nossas possibilidades (1 Timóteo 5:8). Quando chegar nossa hora de entrarmos na terra da velhice, vamos esperar que tenhamos dado o exemplo correto para que os nossos próprios filhos possam segui-lo.
Aprendemos a honrar nossos pais através do exemplo. Dennis Fisher
Força na fraqueza
…quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva. —Mateus 20:26
Ninguém quer ser fraco, por isso encontramos maneiras de parecer fortes. Alguns de nós usamos a força das nossas emoções para manipular pessoas. Outros utilizam a força da personalidade para controlar pessoas e outros ainda usam o intelecto para intimidar. Embora estas atitudes criem a ilusão de aparente força, na verdade são sinais de fraqueza.
Quando somos verdadeiramente fortes, temos a coragem de admitir nossas limitações e reconhecer que dependemos de Deus. Consequentemente, a verdadeira força muitas vezes se parece muito com a fraqueza. Quando o apóstolo Paulo orou para que o espinho fosse retirado dele, Deus respondeu: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12:9). Paulo respondeu com palavras perturbadoras: “quando sou fraco, então, é que sou forte” (v.10).
Ao final do ministério de Jesus na terra, alguns dos Seus discípulos brigavam por posições de destaque. Jesus usou seus argumentos como uma oportunidade para ensiná-los, que em Seu reino as coisas são diferentes: a grandeza surge quando estamos dispostos a assumir posições humildes (Mateus 20:26).
Esta é uma dura verdade. Prefirimos a ilusão da força à realidade da fraqueza. Entretanto, Deus quer que percebamos que a verdadeira força vem quando paramos de tentar controlar as pessoas e, ao invés disso começamos a servi-las.
Maior poder divino pode ser revelado em nossas maiores fraquezas. Julie Ackerman Link
Sob novas ordens
…Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. —Mateus 22:37
O empolgante romance de Herman Wouk sobre a Segunda Guerra Mundial A Corte Marcial do Motim Caine (1964, Editora Teatro) contém uma excelente ilustração sobre o que acontece quando alguém se torna seguidor de Cristo.
No romance, um jovem, de família influente, alistou-se na Marinha. No dia da sua apresentação, sua mãe o leva em seu carro luxuoso e lhe dá um beijo de despedida. Ele cumprimenta o guarda enquanto entra no prédio e a porta se fecha atrás dele.
A mãe, repentinamente preocupa-se com a possibilidade do filho não ter dinheiro suficiente e corre até a porta. Porém, ela é educadamente barrada pelo guarda. Quando ela exige entrar, ele recusa-se a permitir sua entrada. Ela consegue ver o filho lá dentro, e tenta alcançar a maçaneta. “Ele é meu filho!” grita ela. O guarda retira gentilmente a mão dela da maçaneta e diz com delicadeza: “Eu sei senhora, mas agora ele pertence à pátria. Ele é um marinheiro.”
Quando cremos em Jesus Cristo e nos tornamos Seus seguidores, estamos sob nova autoridade. Estamos sujeitos a novas ordens. Agora pertencemos a Ele. Aquilo que algum dia considerávamos importante perde seu significado. Avaliamos as coisas de maneira diferente. O nosso novo desejo é amar e servir ao Senhor de todo nosso coração (Deuteronômio 6:5-6). Você já juntou-se ao Seu exército?
Os seguidores de Cristo recebem dele as ordens para marchar. David C. Egner
Imagine isso!
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro […] que maneja bem a palavra da verdade. —2 Timóteo 2:15
Meus amigos e eu estávamos aguardando, ansiosamente, por uma chance para contemplar uma coleção de arte sobre o filho pródigo que retornou ao lar para um pai que o perdoa (Lucas 15). Quando chegamos ao balcão de informações, reparamos nos folhetos, livros e numa placa que apontava para as obras de arte.
Sobre a mesa também havia um prato com pão, um guardanapo e um copo. Cada um de nós ficou imaginando particularmente qual poderia ser o significado do prato. Perguntamo-nos se representava a empatia da comunhão entre o filho pródigo e seu pai, quando ele voltou para casa. Porém, ao examinarmos mais perto, simultaneamente, percebemos que alguém tinha deixado um prato sujo sobre a mesa de exposição. E não era pão , mas sobras de barra de cereais! Todos nós estávamos enganados.
Demos boas risadas, mas depois, isso me fez pensar sobre como às vezes imaginamos mais do que realmente está escrito ao lermos a Bíblia. Contudo, ao invés de pressupormos que a nossa especulação está correta, precisamos ter certeza que nossa interpretação se encaixa nas Escrituras como um todo. Pedro disse que “nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação” (2 Pedro 1:20). À medida que dependermos do ensino do Espírito, de um estudo cuidadoso do contexto, e da sabedoria de teólogos respeitados, evitaremos enxergar na Palavra algo que nem foi escrito.
Um texto fora do contexto muitas vezes é um pretexto perigoso. Anne Cetas
Autenticidade
Em tudo recomendando-nos a nós mesmos como ministros de Deus: na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias. —2 Coríntios 6:4
Uma vendedora de antiguidades achou que o cartão de beisebol já amassado que encontrou pudesse valer dez dólares. Após colocá-lo à venda em um site, começou a imaginar que talvez valesse mais do que pensava. Retirou a venda do site e consultou um avaliador profissional, que confirmou que aquela foto no cartão era de 1869, e exibia a primeira equipe de beisebol profissional dos Estados Unidos, o Cincinnati Red Stockings. O cartão foi vendido por mais de 75 mil dólares.
Em um artigo escrito sobre este fato, o jornalista Mike Osegueda informou que apesar do cartão estar amassado e desbotado, o mais importante era sua autenticidade — era o cartão verdadeiro.
Paulo e seus companheiros sofreram muito enquanto divulgavam o evangelho. Em 2 Coríntios 6, ele enumerou suas provações externas, suas características internas e seus recursos espirituais (vv.4-7). Tente imaginar as circunstâncias nas quais tudo isso ocorreu — espancamentos, paciência, prisão, bondade, sofrimentos, amor. Apesar de feridos fisicamente, destruídos emocionalmente e provados espiritualmente, a autenticidade da sua fé em Cristo resplandeceu claramente. “Entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo” (2 Coríntios 6:10).
Em nossa caminhada com Cristo, não há nada que substitua a autenticidade espiritual — ser verdadeiro.
Não há substituto para a autenticidade. David C. McCasland
Culto pagão
…[Paulo] parece pregador de estranhos deuses; pois pregava a Jesus e a ressurreição. —Atos 17:18
Durante uma viagem ao distante Oriente, visitei um santuário insólito feito de centenas de estátuas. De acordo com o nosso guia, os adoradores escolhiam a estátua mais parecida com um antepassado e oravam para ela.
Alguns anos atrás, li sobre um estudante cujo nome era Le Thai. Ele cultuava seus antepassados e encontrava grande conforto em suas orações para sua querida falecida avó. Como rezava para alguém que conhecia e amava, considerava isto como algo pessoal e íntimo.
Porém, quando veio do Vietnam para estudar nos Estados Unidos, Le Thai conheceu o cristianismo. Parecia um conto de fadas baseado no pensamento americano. Para ele, era como cultuar um Deus estrangeiro (veja Atos 17:18).
Nessa época um amigo cristão o convidou para passar o Natal na casa dele. Ele viu como aquela família cristã se relacionava e mais uma vez ouviu a história de Jesus. Le Thai ouviu. Leu em João 3 sobre o “novo nascimento” e fez perguntas. Começou a sentir o toque do Espírito Santo, e compreendeu que o cristianismo era verdadeiro. Le Thai confiou em Jesus como seu Salvador pessoal.
Quando um amigo enxerga o cristianismo como um culto pagão, precisamos respeitar sua herança cultural enquanto compartilhamos o evangelho com generosidade, dando-lhe tempo para descobrir mais sobre o cristianismo. E então confiar no Espírito para fazer Seu trabalho.
Deus é o único Deus verdadeiro. Dave Branon
Soldados dispensados
…a esperança não confunde… —Romanos 5:5
Servi muitos anos nas Forças Armadas e sempre fui grato por poder dedicar aqueles anos ao meu país. No entanto, tenho que dizer que a época mais memorável do meu período de serviço foi o breve intervalo em que me tornei um soldado “pronto para a dispensa”.
Estes são soldados que têm apenas algumas semanas de serviço pela frente antes de dar baixa. Eles passam seus últimos dias em processo de desligamento — visitando o escritório do comissário e do mestre quarteleiro para pagar suas pendências e devolver equipamentos. A lembrança mais vívida que tenho desse período é o ritmo autoconfiante e o espírito alegre e despreocupado com o qual cumpria as minhas tarefas. Tinha as minhas obrigações, mas não me preocupava muito, pois sabia que estava voltando para casa.
Agora que tenho mais idade, sou outra vez, um soldado “pronto para a dispensa”. Não vai demorar muito para que eu seja desligado dos meus deveres aqui. Mais uma vez sinto boa disposição e o meu espírito está leve, porque sei que muito em breve irei para casa. Era isso que Jesus e Seus apóstolos chamavam de “esperança” (Atos 24:15; Romanos 5:2,5).
Esperança, no sentido bíblico, significa certeza e segurança. É a firme e inabalável fé invencível de que seremos ressuscitados dos mortos (como Jesus foi) e seremos acolhidos em nosso lar eterno. É o suficiente para neste dia, alegrar o nosso coração e nos fazer saltar!
O Cristo ressurreto virá do céu para levar aqueles que lhe pertencem. David H. Roper
Direção certa
Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna. —João 6:68
Uma das experiências mais difíceis que tive na época quando fui pastor foi contar a uma senhora que era membro da nossa igreja que o seu marido, seu filho e seu sogro haviam se afogado em um acidente de barco. Eu sabia que a notícia destruiria sua vida.
Nos dias que sucederam suas trágicas perdas, fiquei impressionado com a fé incomum e a reação dela e de sua família. Com certeza, havia profundo quebrantamento, dúvidas atormentadoras e confusão. Porém, quando nada mais fazia sentido, eles ainda tinham Jesus. Ao invés de abandoná-lo em meio aos dias desesperadamente difíceis, correram a Ele como única fonte de esperança e confiança.
Faz-me lembrar a reação dos discípulos perante Jesus. Depois que alguns deles “o abandonaram e já não andavam com ele” porque era difícil compreendê-lo (João 6:66), Jesus voltou-se para o seu círculo mais próximo e perguntou: “Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?” (v.67). Pedro compreendeu bem e respondeu: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna” (v.68).
Não importa o que você estiver enfrentando hoje, encoraje- -se pelas palavras de Pedro e pelo exemplo de uma família que passou pelo fogo e manteve a sua fé intacta. Desde que você corra na direção certa — para Jesus — encontrará a graça e a força necessária.
Quando tudo estiver perdido, lembre-se que você não perdeu Jesus — corra para Ele. Joe Stowell
Estacionado
Esperei confiantemente pelo Senhor; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. —Salmo 40:1
Estacionar meu carro é sempre um problema em minha vida. Na verdade, não era prioridade para meu instrutor de autoescola, portanto, nunca aprendi a dar ré em vaga de estacionamento até muitos anos mais tarde. Ele também pulou a lição sobre estacionamento paralelo e ainda evito fazer isso, a não ser que haja espaço para dois ou três carros.
Também lutei para compreender uma frase que ouvi quando era recém- -convertida: “Deus não pode conduzir um carro estacionado.” Aceitei como um desafio para colocar minha vida em movimento e no trajeto Deus me conduziria na direção certa. É um pensamento interessante, porém nem sempre Deus trabalha assim. De vez em quando Deus realmente quer que “permaneçamos estacionados” por um tempo.
Algumas vezes, quando Moisés estava no deserto, Deus manteve os israelitas num lugar. Ele os guiava através de uma nuvem, e ao detê-la por muitos dias “os filhos de Israel […] não partiam” (Números 9:19). Esperar nem sempre é fácil, mas às vezes Deus quer que permaneçamos onde Ele nos colocou. O salmista escreve: “Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração […]” (Salmo 27:14).
Pode ser que você se sinta atolado e patinando em seu serviço a Deus. Contudo, mantenha o coração aberto para Ele dirigir. E você estará pronto para partir quando Deus disser “Vamos por aqui.”
Deus comanda a nossa caminhada e nossas paradas. Cindy Hess Kasper
Conte tudo
Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio. —Salmo 62:8
Um vendedor que me ajudou a comprar um pequeno gravador de voz digital, disse-me que quando trabalhava na Califórnia, tinha um gravador igual ao meu em seu carro. “No caminho de volta para casa depois do trabalho eu o ligava,” disse ele, “e falava sobre tudo que acontecera no trabalho naquele dia, bom ou ruim. Quando chegava à entrada da garagem, eu o desligava.” Então ele sorriu. Após contar tudo ao seu gravador, aparentemente ele não sentia a necessidade de comentar os problemas do dia com a esposa ou família.
Isso me fez lembrar quantas vezes, desnecessariamente, relatei meus problemas e decepções aos outros ao invés de contá-los a Deus. O salmista escreveu: “Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio” (Salmo 62:8). Ele menciona duas vezes a questão de esperar em Deus, sua rocha e salvação (Salmo 62:1-2,5-7).
Embora seja tremendamente reconfortante compartilhar nossas dificuldades com um amigo, perdemos a maior ajuda se deixarmos de levá-las ao Senhor. Joseph Scriven expressou isso tão bem:
Em Jesus amigo temos mais chegado que um irmão.
Ele manda que levemos tudo a Deus em oração.
Oh! Que paz perdemos sempre.
Oh! Que dor no coração.
Só porque nós não levamos tudo a Deus em oração.
Onde quer que estejamos Jesus está apenas a uma oração de distância. David C. McCasland
No lava car
Quando passares pelas águas, eu serei contigo… —Isaías 43:2
Jamais esquecerei da primeira vez que usei um lava car automático. Aproximei-me dele com o mesmo temor que sinto quando vou ao dentista, coloquei o dinheiro na máquina, nervosa verifiquei as janelas duas vezes, desacelerei o carro até a fila, e esperei. Forças além do meu controle começaram a mover meu carro para frente como se ele estivesse numa esteira rolante. Lá estava eu, enclausurada, quando uma forte rajada de água, sabão e escovas atingiu meu carro vindo de todos os lados. E se eu ficar presa aqui ou a água entrar? Pensei de modo irracional. De repente os jatos de água pararam. Após uma secagem a ar, meu carro foi empurrado de volta ao mundo exterior, limpo e polido.
Em meio a tudo isto, lembrei-me de alguns momentos da minha vida em que eu parecia estar em uma esteira rolante, vítima de forças além do meu controle. Eu agora as chamo de “experiências no lava car”. Lembrei-me de que sempre que passei por águas profundas meu Redentor esteve comigo, protegendo-me da maré que subia (Isaías 43:2). Quando saí do outro lado, o que sempre ocorreu, eu era capaz de dizer com alegria e confiança: “Ele é um Deus fiel!
Você está no meio de uma experiência como esta do lava car? Confie que Deus o levará até o outro lado. Você então poderá ser um testemunho brilhante do Seu poder sustentador.
Um túnel de provações pode produzir um testemunho brilhante. Joanie Yoder
Detectando toxinas
…há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. —Gálatas 1:7
As cidades de São Francisco e Nova Iorque estão usando o peixe-sol para verificar a presença de toxinas em seu suprimento de água, que poderia ser um provável alvo de um ataque terrorista. Uma pequena quantidade de peixe-sol é mantida num tanque em algumas estações de tratamento, pois os peixes são sensíveis a desequilíbrios químicos em seu ambiente. Quando há uma alteração na água, os peixes-sol reagem contra ela.
Como estes peixes-sol, Paulo queria que os gálatas tivessem consciência e reagissem contra qualquer perturbação que envenenasse o “verdadeiro evangelho” que estava sendo anunciado. A toxina era definida como o falso princípio de que Deus garante a aceitação das pessoas e as considera justas com base em sua obediência a um conjunto de regras (especialmente a circuncisão e dieta alimentar). Em resumo, a obediência era necessária, independente da fé em Jesus. Esta falsa doutrina era uma perturbação que contaminava a verdade e os gálatas foram instruídos a reagir fortemente contra ela. Paulo disse que qualquer pessoa que pregasse um evangelho não baseado na graça unicamente pela fé em Cristo, deveria ser amaldiçoada. (Gálatas 1:8-9).
Estudemos fielmente as Escrituras para que possamos descobrir as toxinas dos falsos ensinamentos e proclamar a verdade da maravilhosa salvação divina através da fé em Jesus.
Se você conhece a verdade, pode discernir o que é falso. Marvin Williams
Definindo fracasso
Os quais, por meio da fé […] da fraqueza tiraram força… —Hebreus 11:33-34
Durante a Grande Depressão, muitos americanos moraram em vilarejos formados por tendas feitas de compensado, lonas e cobertores. Estas habitações frágeis conhecidas como Hoovervilles, abrigaram aqueles que foram forçados a abandonar seus lares. Muitos culparam o presidente Herbert Hoover pelas dificuldades econômicas.
Ironicamente, a aparente ineficiência de Hoover como líder contrastava nitidamente com as suas conquistas anteriores. Anos antes, seu profundo conhecimento em engenharia geológica o levou a projetos de mineração bem- -sucedidos, na Austrália e China. Liderou também esforços humanitários com sucesso. Todavia, quando o mercado de ações quebrou em outubro de 1929, o presidente Hoover estava sob circunstâncias além do seu controle. Ele estaria vinculado para sempre com a depressão econômica da década de 30.
Contudo, um grande fiasco não significa que a vida interia foi um fracasso. E se lembrássemos de Abraão apenas como enganador (Gênesis 12:10-20), Moisés como desobediente a Deus (Números 20:1-13), ou Davi como um assassino? (2 Samuel 11). Apesar de seus pecados, estes homens são lembrados pela fé perseverante que tinham: “Os quais, por meio da fé […] da fraqueza tiraram força” (Hebreus 11:33-34).
Nossa vida não é um fracasso se nos arrependemos dos nossos pecados. Deus ainda pode nos usar para servi-lo.
O sucesso, muitas vezes, surge das cinzas do fracasso. Dennis Fisher