Coleção pessoal de pandavonteese
Nem sempre é a razão que governa nossas ações. Impulsos irracionais determinam nossos pensamentos, nossos sonhos e nossas ações. Tais impulsos irracionais são capazes de trazer à luz instintos e necessidades que estão profundamente enraizados dentro de nós.
As vezes nós também racionalizamos, quer dizer, tentamos mostrar a nós mesmos, e aos outros, que temos outros motivos para fazer o que fazemos em certas situações, e não revelamos os reais motivos que nos levaram a agir de certa maneira, simplesmente porque eles são constrangedores demais.
a filosofia é a forma mais elevada da razão, pois na filosofia o espírito reflete sobre o seu papel na história. Só na filosofia é que o espírito se encontra a si mesmo. Deste ponto de vista, poderíamos dizer que a filosofia é o espelho do espírito.
Era uma vez um monge que achava que Buda dava respostas pouco claras sobre
questões importantes, por exemplo, o que é o mundo ou o que é um homem. Buda respondeu contando a história de uma pessoa que tinha sido ferida por uma flecha envenenada. Este homem nunca perguntaria por puro interesse teórico de que material é feita a flecha, em que veneno foi embebida ou a partir de que ponto ele fora atingido.
-Ele havia de querer que alguém lhe tirasse a flecha e tratasse a ferida.
- É, não é? Isso seria existencialmente importante.
Buda e Kierkgaard sentiam que existiam por um curto espaço de tempo. E como eu disse: nesse caso, não nos sentamos a uma escrivaninha a especularmos sobre o espírito.
- Compreendo.
- Kierkegaard disse também que a verdade é "subjetiva". Não queria afirmar que é indiferente o que pensamos ou aquilo em que acreditamos. Queria dizer que as verdades realmente importantes são “pessoais”. Só essas
verdades são "verdades para mim"
(...)Duas vezes perigosa para um povo que gosta da bebida e preza a obscuridade como se fosse uma virtude, perigosa por causa da sua dupla propriedade de narcótico que produz a embriaguez e envolve o espírito em vapores nebulosos.
Lamento agora não ter tido outrora a coragem (ou a imodéstia) de me servir de uma linguagem pessoal para exprimir ideias tão pessoais e audaciosas. Arrependo-me de ter pessoalmente recorrido a fórmulas de Kant e de Schopenhauer para exprimir opiniões inéditas e insólitas que eram diametralmente opostas à inteligência e ao sentimento, tanto de Kant como de Schopenhauer.
Estes factos confirmam evidentemente que a nossa natureza mais íntima, o fundo comum do nosso ser, encontra um prazer indispensável e uma alegria profunda na imensa paixão de sonhar.
Todo homem que for dotado de espírito filosófico há de ter o pressentimento de que, atrás da realidade em que existimos e vivemos, se esconde outra muito diferente e por consequência, a primeira não passa de uma aparição da segunda.
Sentimos prazer na compreensão imediata da forma; todas as formas falam; nenhuma nos é indiferente, nenhuma nos é inútil. No entanto, até mesmo a vida mais intensa da realidade que é o sonho, nos deixa a impressão confusa de não ser mais do que uma aparência.
Amigo, a verdadeira obra do poeta
É anotar e interpretar sonhos.
Acreditai que a ilusão mais certa
Vive no sonho dos humanos.
A arte de versejar e de poetar
É dizer a verdade do sonhar.
Você diria que uma pessoa pode planejar tudo o que sonha? Escapar de sua onisciência talvez seja tão difícil quanto correr de nossa própria sombra. Mas não podemos simplesmente abandonar nossa própria rebeldia, por mais fraca que ela seja.
Estão dizendo que tudo o que vemos tem um pouco do mistério divino. Mas o ponto mais próximo em que nos encontramos de Deus é dentro de nossa própria alma. Só la é que podemos nos re-unir com o grande mistério da vida. De fato, em alguns raros momentos podemos sentir que somos, nós mesmos, este mistério divino. Desta forma, cada um pode entender a palavra 'divino' como bem quiser.
Quem, de três milênios, não é capaz de se dar conta, vive na ignorância, na sombra, à mercê dos dias, do tempo.
Nas asas do amor a alma anseia por voar "para casa", para o mundo das ideias. Ela quer ser libertada da "prisão do corpo"...
Não nascemos com expectativas já prontas acerca de como o mundo é, ou de como as coisas se comportam no mundo. O mundo é como é, e nós vamos experimentando isto pouco a pouco.
Cada pessoa percebe o mundo com uma ótica, de acordo com sua vivência e experiência adquirida.
Contextos diferentes proporcionam caminhos difusos. Caminhos que cada ser necessariamente trilhará.
Cada um de uma maneira e todos no mesmo sentido.. De viver.... De 'sobreviver'.
Não se pode experimentar a sensação de existir sem se experimentar a certeza que se tem de morrer(...). É igualmente impossível pensar que se tem de morrer sem pensar ao mesmo tempo em como a vida é fantástica.