Coleção pessoal de Pamarepe
Bem que o tempo poderia fazer uma pausa, só para que pudéssemos ficar mais um pouco, aqui, no encaixe perfeito deste terno abraço.
Telefonava-lhe a meio da noite, só para lhe dizer o quanto a amava e desejava.
Sonhar com ela, era um desassossego vulcânico.
E no meio de gente que não presta mesmo, de vez em quando, lá surge alguém que realmente vale a pena.
Não cales o que é preciso expressar.
Ousa! Atreve-te!
Não te contentes com o "assim-assim".
É preciso precisar; e que nos precisem.
Temos quase tudo para dar certo.
O amor, esse já está, e estará para sempre.
Falta apenas sermos atingidos pela flecha certeira da paixão.
E então?
Sem promessas ou juras, dizes-me uma coisa, mas os teus olhos dizem-me outra.
Afinal, em que ficamos?
Só aceito a boleia, se ela for direita à rua da verdade.
Descartas-me da tua vida, que nem cigarro meio fumado que aborreceste.
Mas sabes que mais?
Ainda bem!
Não mereces que eu seja o teu vício.
Por mais que queira, não consigo dizer-te que te amo, sem ser desta forma desvairada, incontida e exagerada que brota dos meus dedos para o papel.
Um dia hás-de saber. Um dia...
E então olhas-me com essa cara de anjinho, como quem diz: "espera-me só mais um pouco", querendo manter-me numa redoma, enquanto conferes pela enésima vez, se sou mesmo eu, a tal, especial entre as mulheres. E, com grande lata, voltas sempre.
Sabes que mais? Já foste!... E de vez!
O amor não sobrevive de teorias.
Se sentes que amas, arregaça as mangas e passa de imediato à acção.
É que nem te passe pela cabeça que amar não dá trabalho.