Coleção pessoal de OswaldoWendell

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É preciso saber dizer não. Não se pode conceder tudo a todos. Dizer não é tão importante quanto conceder coisas, principalmente entre aqueles que mandam. O que importa é o modo de fazê-lo.

Os poetas têm licença para mentir.

A pena faz mais estragos que a espada. Com a pena, escreve-se a sentença de morte; e com ela apaga-se toda uma nação. Na ponta da pena, está o destino do mundo, e ante uma palavra escrita se inclinam, às vezes, as cabeças mais soberbas.
/das Máximas da Sabedoria Oriental/

A caneta é a língua da mente.

As traduções são como as mulheres: se são fiéis, não são belas; se são belas, não são fiéis.

A originalidade nada é senão sensata imitação. Os escritores mais originais tomam emprestado uns dos outros. As ideias que encontramos nos livros são como fogo. Arrancamo-lo da casa dos vizinhos, alimentamo-lo em nossa casa, transmitimo-lo a outros, e ele passa a pertencer a todos.

Quando uma coisa foi dita, e bem dita, não tenha escrúpulos, tome-a e copie-a”.

SINAIS DE BOM GOVERNO:

Quando os sabres estão enferrujados, e as enxadas polidas; quando as prisões estão vazias e os celeiros cheios; quando os degraus dos templos estão gastos pelo caminhar dos fiéis e as entradas dos tribunais cobertas de ervas; quando os médicos andam a pé e os pedreiros a cavalo, o Império é bem governado.”

Édipo, rei de Tebas, suspeita que Creonte, seu cunhado, trama um golpe para tirar-lhe o poder. Creonte se defende:

“Acreditas que alguém prefira o trono, com seus encargos e perigos, a uma vida tranquila, se também desfruta de poder idêntico? Por minha parte, ambiciono menos o título de rei do que o prestígio real, e como eu pensam todos quantos saibam limitar suas ambições. Hoje alcanço de ti tudo quanto desejo e nada tenho a temer... Se fosse eu o rei, muita coisa, certamente, faria contra a minha vontade... Como, pois, iria eu pretender a realeza, em troca de um valimento que não me causa a menor preocupação?Não me julgo tão insensato que venha a cobiçar o que não seja para mim, ao mesmo tempo honroso e proveitoso. Atualmente, todos me saúdam, todos me acolhem com simpatia; os que algo pretendem de ti, procuram conseguir minha intercessão; para muitos é graças a meu patrocínio que tudo se resolve. Como, pois, deixar o que tenho, para pleitear o que dizes? Tamanha perfídia seria também uma verdadeira tolice!”
(Édipo Rei)

Cada um vê o que gosta. Quem alega ser a programação da Globo um lixo tem a opção de ver a TV Cultura que é um luxo, mas não exercem essa opção. Enquanto a Globo exibe grande índice de audiência, a TV Cultura, que não é uma emissora comercial, exibe um modesto índice. Isso reforça a ideia de que a maioria é burra e não sabe escolher. Por outro lado, todo esse protesto de artistas em favor da manutenção do Ministério da Cultura, é em benefício próprio, visto que no exemplo das TVs a programação da Cultura é amplamente cultural até mesmo em seus telejornais, e não desperta a atenção da massa que volta sua atenção para aquela que, sendo comercial, precisa vender seu produto e está no seu papel.

Nos dias que vivemos, acho que poderíamos substituir sem muito prejuízo 'todos são inocentes até prova em contrário' por 'todos são culpados até prova em contrário'.

A honestidade tem um custo alto, mas com ela costuma-se adquirir muito mais crédito que o limite conquistado no banco em seu cartão de crédito.

Para viver honestamente, a sociedade lhe cobra um custo. Em contrapartida, tem-se um grande crédito que não se compara com o pequeno limite que o banco lhe concede no cartão de crédito e pelo qual lhe cobra um custo altíssimo.

O brasileiro crédulo por natureza, de repente, acorda e percebe que as pessoas mais importantes que ditam os destinos do país são mentirosos e ladrões. Essas pessoas faziam para ele um discurso nos moldes dos princípios nobres que ele defende, mas longe dele, aproveitavam de sua credulidade para roubá-lo descaradamente. O brasileiro tornou-se cético. Passou a desconfiar de todos, até mesmo de pessoas mais próximas dele.

A raiz da corrupção é a mentira.

“Mentir é um ato cooperativo. Ninguém pode mentir para você sem o seu consentimento. Uma mentira não tem poder pelo seu conteúdo; seu poder reside em alguém concordando em acreditar nela. Já o auto-engano é relacionado ao ideal de perfeição. Todos nós desejamos ser melhores pessoas, mais bonitos, mais ricos, mais espertos, mais bem-sucedidos, mais altos, mais jovens, etc. Mentir para nós mesmos é uma tentativa de preencher essa lacuna, para conectar desejos e fantasias sobre quem gostaríamos de ser com quem realmente somos.”

Na vida, é bom ter um ceticismo saudável para fomentar seu otimismo. Detectores de mentiras treinados costumam ser positivos em relação à natureza humana, e emergem de confiança para proteger a si mesmo e os outros de mentiras e fraudes. A nível pessoal, isso oferece vários benefícios. As pessoas treinadas em detecção de mentiras podem viver uma vida mais feliz e plena, e se tornar mais capazes de se relacionar com familiares e amigos. Você se torna mais seguro, e confia mais em seus instintos e julgamentos.”

Foro Privilegiado - assim denominado o tribunal de júri, encarregado de investigar e punir os crimes cometidos por cidadãos que estão acima da Lei, tais como deputados federais, senadores e presidentes da república. A esses privilegiados são dispensados a máxima tolerância no exame de seus crimes e geralmente são absolvidos.

A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

I - independência nacional;

II - prevalência dos direitos humanos;

III - autodeterminação dos povos;

IV - não-intervenção;

V - igualdade entre os Estados;

VI - defesa da paz;

VII - solução pacífica dos conflitos;

VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;

IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

X - concessão de asilo político.

Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

(Art. 4º da C.F.)

"Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais" é o 3º objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, conf. art. 3º da C.F.