Coleção pessoal de osdiassemele
"Eu aprendi a não construir opinião nenhuma em relação àquilo que se sente. Sentir pra mim é algo tão intenso, mas ao mesmo tempo tão inexplicável que provavelmente eu nunca conseguirei elaborar definições. O máximo que eu consigo, pretendo e quero, é sentir. Nada mais.
Conceitos e verdades absolutas sobre esse assunto eu deixo pra quem acha que sabe alguma coisa."
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"eu não sei definir o amor, muito menos formas de agir quando se ama. E sinceramente, que graça teria definir ? Pra quê ?"
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"Você é realmente tudo aquilo que sempre foi, ou no fundo você sempre foi esse cara que está sendo agora ?"
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"E eu, tentando ser equilibrada. Ingênua, equilíbrio nunca combinou muito comigo."
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"sem eu mesma eu não sou. Eu sou qualquer coisa preenchida com qualquer outra coisa."
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"A minha preocupação é sobre o quanto as pessoas constroem verdades sobre um determinado assunto e acreditam nelas de olhos fechados. Ficam cegas. Se algo não condiz com as suas verdades criadas, em vez de questionar ou buscar entender outras formas de sentir e viver (até as suas próprias), simplesmente apontam, criticam e dizem: É assim, do jeito q eu penso, pronto e acabou!"
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"Que eu nunca deixe de querer sair correndo na chuva, chorar de alegria, me entregar por inteiro, extravasar de amor."
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"Entre altos e baixos, choros e risos, sensação de ter morrido por dentro e florescer novamente, angústia e alívio, decepção e espera, escrevo guiada pelo coração."
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"Meu coração é criança. Aberto e oferecido. Abraça o mundo.
Meu coração é gigante. Idealiza mudar o mundo.
Meu coração já quase explodiu de alegria. Poucas vezes, só pra me mostrar como é.
Meu coração já foi vermelho almodoviano. Hoje é um cinza meio morto. Tem dias em que ele fica rosa. Vermelho almodoviano é para poucos… foi só pra me mostrar como é.
Meu coração já sonhou e sonha inocente. Me guia para as melhores promessas, se alimentando sozinho de ilusões.
Meu coração é bobo. Fala besteiras. É só impulso, porque ele é só sentimento. Inconsequente porque é passional.
Meu coração já se sentiu sozinho. Meu coração já se sentiu amado. Meu coração já teve mágoas e rancores. Meu coração já foi orgulhoso.
Meu coração se quebrou. Espatifado. Pedaços espalhados por todos os lados.
Talvez meu coração se torne um coração remendado. Se eu conseguir juntar cada pedacinho.
Meu coração só quer amor. E de amor precisa. Por isso cultiva tantas fantasias. Falta amor.
Meu coração é sincero. É só verdade. Ama com todas as forças e também odeia com tudo que pode. Odeia porque ninguém é só bondade. E por fim, perdoa. Não perdoa porque é bom. Perdoa porque é egoísta e só quer amor. E o ódio ocupa espaço demais.
Meu coração é controlador. Centralizador. Sempre vence quando é desafiado pela razão. Ele sabe exatamente o que fazer pra me convencer.
Meu coração já foi só pranto. Hoje ainda chove, mas a tempestade se foi. E destruiu tudo. Mesmo assim, meu coração espera sonhador pelos dias de sol e arco-íris.
Meu coração é como adolescente em sala de aula. Não aprende nada, no máximo repete a mesma coisa mil vezes, decora qualquer coisa e consegue enganar na hora da prova. Estou conformada. Meu coração não aprendeu nada. Insiste em pulsar e sonhar diante de esperanças zero.
Meu coração nunca foi gelado, de ferro, de pedra. Meu coração já se fingiu de morto pra sobreviver.
Meu coração é exigente. Procura só o que desperta a loucura, as grandes emoções, o que faz transbordar. Não se satisfaz com pouco, nunca. Pra isso busca até o que não existe.
Meu coração não tem juízo. Muitas vezes nem faz sentido. E me diz que estou ficando adulta demais. Velha demais para um coração que sempre será criança.
Meu coração não tem vergonha de se expor, de se mostrar despido, como realmente é. Mas nem sempre foi assim, sem pudor. Meu coração já teve orgulho. Mas orgulho ocupa espaço demais e ele é egoísta.
Meu coração é mais forte que todo o meu ser. Quero desistir. Ou ao menos juntar a pouca força que me resta para cuidar dele, juntar os pedaços. Dói na alma ver o que tenho de mais precioso e bonito assim, tão jogado ao nada, tão machucado, tão encolhido no canto. Reúno todos os meus argumentos racionais para convencê-lo a me deixar tirá-lo de onde está. Faço discursos dignos de livros de auto-ajuda. Meu coração é criança, é bobo e realmente não aprende. Por mais que eu tenha medo que ele morra a qualquer momento, meu coração pede calma. Ele só quer amar, só quer amor. E bate em mim inocente, iludido, sonhador. De tão egoísta, me controla com doses de boas sensações que só ele proporciona. Querendo me convencer que os dias de sol estão próximos. Me fazendo acreditar no que eu mais desejo, o arco-íris.
E todos os meus intermináveis argumentos para convencê-lo (que ele nem escuta porque é surdo) são esmagados com as doses de boas sensações que só ele proporciona.
Esse coração sabe como me convencer."
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"O amor verdadeiro, mesmo diante de todas as adversidades, problemas, defeitos, erros e até do esquecimento das lembranças, é destinado a acontecer."
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Que a sensibilidade seja sempre parte de mim. Que eu nunca deixe de me emocionar. Que eu tenha sempre coragem de assumir essa sensibilidade mesmo que as vezes ela me faça vulnerável. A sensibilidade faz de mim uma artista da vida.
"Que eu nunca seja cristalizada. Que eu seja sempre mudança constante."
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"Que eu nunca deixe de perguntar e questionar. Que eu não aceite certezas e verdades absolutas. Que eu seja sempre assim, uma eterna questionadora de todas as coisas, inclusive de si mesma."
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