Coleção pessoal de onlybabi

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É tão gratificante saber que mesmo com essa saudade quase que dominante, existe alguém do outro lado da tela, a me amar. Essa distância torturante que está nos separando, é a mesma que fortalece os meus sentimentos que com simples palavras eu não conseguiria explicar.

Então, você decide me ignorar. Como se tivesse o propósito de me ver chorar por isso, e aplaudir meu declínio com prazer. Ofereceu-me o desprezo, para que eu refletisse os momentos bons vividos e sentisse tua falta. Lembro-me ainda hoje quando sussurrava ao meu ouvido: "Eu vou te amar eternamente", e eu inocentemente acreditará em tamanha farsa. Entre nós permanece apenas esse silêncio de palavras não ditas, e eu continuo vivendo com essa sensação de vazio. Devido a mágoa que ainda habita em nós, sei que nossos sentimentos não serão mais recíprocos. Minhas lembranças continuarão intactas, em algum lugar, perdidas entre os meus pensamentos. Mas saiba, se eu me tornar inesperadamente incompreensível, e você me sentir rude demais...Significa que os meus sentimentos por ti morreram e eu já não te amo mais.

E você aí… Me vendo a cada dia mais morta. Porque não para, me escuta, porque não volta?

Hoje…
Hoje peguei todas as minhas coisas das quais considerava inúteis.
Inúteis no sentido de não usava-las mais,
com o conceito que elas não me servissem para nada. E as joguei fora.
Porque? Por que o ser humano é um ser inacabado e mutável.
Capaz de mudar constantemente e agir por impulsos…
Mudar sempre é bom,
ainda mais quando não há mais sentido para guardar velhas coisas.
Velhas lembranças que nos levam a certas pessoas que descartamos,
assim como as coisas das quais consideramos inúteis.
Então é isso que nós fazemos, simplesmente as pegamos e jogamos fora…
Como se já não tivessem sentido e propósito de estarem ali.
Tiramos o sentimento, as lembranças, os momentos,
e limpamos o caminho para que novas coisas entrem em nossas vidas.
E mais para frente; depois que essas novas coisas se tornam velhas,
e as pessoas deixam de ser importantes para nós descartamos de novo.
Essa é a vida, triste, constante e sem muitos propósitos.

E então eu paro e ergo minhas mãos ao céu, faço silêncio e agradeço. Agradeço por viver nesse mundo louco com essas pessoas insanas, mas acima de tudo eu agradeço por nesse mundo louco eu ter encontrado alguém. Alguém que eu acredito que é o motivo de eu ainda estar aqui. Esse alguém é você.

Ali inerte, nas águas limpídas do mar.
Invadida de silêncio, buscando um significado para a palavra amar.

Que o amor seja eterno enquanto dure.

O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que têm medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno.

Apostar no outro, perdoar continuamente, dar sempre uma nova chance é fundamental para superar frustrações e criar novos vínculos.

É muito melhor viver sem felicidade do que sem amor.

Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.

É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida.

Transparências

Eu sou lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância, irrequieta na minha comodidade. Pinto a realidade com alguns sonhos, enxerto sonhos em cenas reais. Choro lágrimas de rir e quando choro pra valer não derramo uma lágrima.

Amo mais do que posso e, por medo, sempre menos do que sou capaz. Busco pelo prazer da paisagem e raramente pela alegre frustração da chegada. Quando me entrego, me atiro e quando recuo não volto. Mas não me leve a sério, sei que nada é definitivo. Nem eu ou o que penso que eu sou. Nem nós ou que a gente pensa que tem.

Prefiro as noites porque me nutrem na insônia, embora os dias me iluminem quando nasce o sol. Trabalho sem salário e não entendo de economizar. Nem energia. Me esbanjo até quando não devo e, vezes sem conta, devo mais do que ganho.

Não acredito em duendes, bruxas, fadas ou feitiços. Nem vou à missa. Mas faço simpatias, rezo pra algum anjo de plantão e mascaro minha fé no deus do otimismo. Quando é impossível, debocho. Quando é permitido, duvido.

Não bebo porque só me aceito sóbria, fumo pra enganar a ansiedade e não aposto em jogo de cartas marcadas. Não tomo café da manhã, não almoço, vivo de dieta e penso mais do que falo. E falo muito, geralmente no jantar. Nem sempre o que você quer saber. Eu sei.

Gosto de cara lavada – exceto por um traço preto no olhar – pés descalços, nutro uma estranha paixão por camisetas velhas e sinto falta de uma tattoo no lado esquerdo das costas. Mas há uma mulher em algum lugar em mim que usa caros perfumes, sedas importadas e brilho no olhar, quando se traveste em sedução.

Se você perceber qualquer tipo de constrangimento, não repare, eu não tenho pudores mas, não raro, sofro de timidez. E note bem: não sou agressiva, mas defensiva. Impaciente onde você vê ousadia. Falta de coragem onde você pensa que é sensatez.

Mas mesmo assim, sempre pinta um momento qualquer em que eu esqueço todos os conselhos e sigo por caminhos escuros. Estranhos desertos. E, ignorando todas as regras, todas as armadilhas dessa vida urbana, dessa violência cotidiana, se você me assalta, eu reajo.

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Que eu não perca o equilíbrio, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia.

Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.

Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.

Conservar algo que possa recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te.

O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete.

O que eu sinto eu não ajo. O que ajo não penso. O que penso não sinto. Do que sei sou ignorante. Do que sinto não ignoro. Não me entendo e ajo como se me entendesse.