Coleção pessoal de noi_soul

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⁠entre ser sincera e fingir

*estou preferindo*

não mentir

⁠um dia fui eu
outro dia não mais
o que serei eu
sem um pingo de paz?
a guerra
a morte
o não
o talvez
o tempo
a hora
o espaço
desfez

(percepção)⁠

conhecer o âmago
as profundezas
as incertezas
as impurezas
é um convite louco
à insana mente
conhecer a si mesma

⁠Puxo o ar com força
ele não deseja encontrar meus pulmões
o coração acelera
o estômago queima
os músculos reagem
primeiro os braços paralisam
depois, as pernas
o intestino aperta
e sinto que tudo deseja fugir de dentro
– inclusive eu!
o único pedido preso na garganta
é que alguém testemunhe
que alguém socorra-me da agonia derradeira
que o vento sopre e me arraste rápida
e furtivamente
sem que nem mesmo eu perceba
– o desejo é que alguém me encontre
e sussurre com sinceridade ao meu ouvido:
está tudo bem, querida, está tudo bem!
Tudo já está se resolvendo
assim, no gerúndio, no caminho,
tudo já está se resolvendo…
e, mesmo já acostumada a vivenciar essas crises,
eu possa me dizer também:
– vai passar, já passou outra vez
vai passar agora também
eu não quero morrer assim
… de ansiedade!

⁠Para as alegrias da infância
É que eu almejo voltar
O céu na Terra bailando
A delicadeza do ar
Um baile na primavera
Lindo verão a surgir
Ah, quão doce era
Sua presença em mim!
Para as alegrias da infância
Eu sempre volto a sonhar
Canções no pé da estrada
Cantigas que fazem ninar
Um vento e uma caldeira
Imagens podem cingir
Tão vasta de brincadeiras
De novo volto a sorrir!

⁠Não sou tão arguta quanto deveria
Nem tão inocente quanto queria
Sou um meio termo estranho
Entre o azedume e o doce
Entre o ar e a terra
Entre a vida e a morte
Entre a paz e a guerra.

⁠Ditado para a terceira década do século vinte e um do calendário gregoriano:

Digas que figurinhas tu envias que eu te direi quem tu és!

(humano)

a gente nunca está satisfeito com a satisfação

⁠(acróstico)


Forma o pássaro da manhã
A lua em sua prosa
Deu poesia ao talismã
A nuvem pintada de rosa

⁠(versinho)


ele quer tudo
e eu só tenho a mim
para oferecer...

⁠Vou contigo pra Pasárgada
Meu caro Manuelito
Quem sabe lá eu encontre
Dos Anjos, os versos íntimos!
Pensando bem, eu irei
Para o mundo de Drummond
Tão vasto quanto ele mesmo
Mais vasto do que o som!
Jorge e sua Fulô
Bem me acompanhariam
As estrelas de Bilac
Mais forte lá brilhariam
De Campos e todo o LUXO
A vida seria perfeita
Como os versos de Vinícius
Na morte, vida refeita!





Citando Manuel Bandeira, Augusto dos Anjos, Carlos Drummond, Jorge de Lima, Olavo Bilac, Augusto de Campos e Vinícius de Moraes.

⁠⁠Ah, os meus passos correm
como eu corro
como minha alma corre
como minha vida corre
como meu tempo corre
- E se escorre!
Mas eu não me abandono
Eu nunca me abandonarei
- Não mais!

⁠(adornos)


as palavras não mudam o mundo
mas as pessoas, com suas palavras,
podem fazê-lo...
é mesmo uma pena
ter pena
e não saber voar...

(razões)

⁠escrever é um delírio
im-per-ti-nen-te
para o qual ouso
entregar-me
de bandeja!

(dualidade)⁠

já pensei em desistir
tantas vezes
até desistir
de desistir

⁠(luz)

o sol raiou
o sorriso abriu
a janela da alma
despertou!

⁠O que fazer quando se está triste?

Chorar?
Lamentar?
Vivenciar o mal que corta a alma em mil?

Ser eu?
Ou me transformar em muitas?

Soltar ou amarrar os cabelos?

Deixar os pés livres ou dançar em minha pequena prisão particular?

(escapatória)

⁠eu andava perdida na vida
até me descobrir artista
e entregar-me de vez...
a-tra-vés
ou-tra-vez
ouço-me em silêncio

(criação)

⁠até o que eu sentia
fui eu mesma que criei

é minha própria invenção
essa dor que sinto
no fundo da alma
do meu coração

⁠Que o movimento da vida inspire você a se movimentar também.