Coleção pessoal de NinaMorangaAzul
Ideal Evangélico é ter um Governo que "defenda" sua "fé" e, não à toa, bate recordes de Desigualdade Social ou desamor ao próximo.
A gente já vê que tem algo errado quando um grupo diz ter certa fé que precisa ser defendida, sem que ele mesmo a viva e se ocupe, apenas, em destruir a fé alheia...
Desgraçado!!!
Mentir é fácil, nada pra explicar
provar, mostrar o fato, dá-lo fé
a fim de não passar por tosco e até,
às gentes, como vil se revelar...
Pro traste mentiroso é bom “mudar”,
fazer o mundo dar a marcha à ré
por meio dos enganos, do tripé:
matar, sim, destruir e, assaz, roubar!
A regra do bandido é convencer
de que você não tem qualquer direito
e, assim, ter de si mesmo mau conceito!
Falou tanto em família sem a ter
por ter desfeito três suas? Quer ver
inferno na Nação de qualquer jeito...
AGENDA DE POETA:
Agradecer pela vida. Feito;
Cantar uma canção. Feito;
Desejar felicidade ao mundo. Feito;
Escrever um poema. Feito;
Dos termos fascistas modernos e de internet, destaco "lacração": o ato de desmontar, com uma só frase, uma falácia gigantesca que agride o senso de Humanidade...
"O foco do Evangelho nunca foi você ou eu. Nunca foi nosso limite! Nunca foi até onde vou chegar, mas até onde Cristo foi para me substituir pela morte vicária... A partir daí você só precisa ver se tem como não amar Alguém como tanto amor por você. A Graça só acaba mediante a morte! O restante é inferno criado para nos manter cativos...
Meu maior medo é de ter medo de sentir medo, esse alerta natural que nos socorre em ocasiões oportunas...
Curiosamente as Epidemias só iniciam em meio a populações de grandes densidades demográficas e pobres. Boas para testar novos vírus, cujas curas já existem e estão guardadas esperando que a Humanidade implore por elas por um preço escandalosamente conveniente para os laboratórios que desenvolveram ou liberaram os vírus.
Dossiê...
Outro luzir dissonante em trevas d’alma
deu de tecer ser plangente, assaz descrente,
nesse lampejo indolor que cresce e envolve
a tempestade encoberta em sonho e dor,
sob a esperança encontrada na semente;
sob a dureza encerrada em corações
de outros sepulcros caiados, adornados
pela aspereza do caos que é iminente;
pela grandeza do nada a se espalhar
lá no horizonte perdido e inconsequente...
Outra manhã de descanso já cansada
pelo pecado inserido em mente insana,
onde o entregar-se a delírios desconcerta
e me permite checar o eu que eu tenho
para encontrar novamente a origem: pó.
Outro poema insosso, gris, inválido.
Outra lembrança encravada em mero alívio
que proporciona o infinito e despe o mal.
Outro olhar para as ondas e entender
que não há pranto que molhe e irrigue a terra
onde pisou a Poesia... Eis! Essa é santa,
mas tem as flores estranhas, inodoras,
cujas opacas, disformes, feias pétalas
mostram que o tom já nem é o tom sublime
que despertou ser humano em outro Sábado
em alvorada de luz que era bem vinda.
Outro monóstico algures tinto e findo...
郷愁
Kyōshū
Saudade não é má: “é a presença
de quem, do que, daquilo que parece
estar distante mas, sim, acontece
de estar dentro de nós”, é minha crença...
Saudade pode ser a recompensa
de quem viveu um sonho que apetece
e o mal da solidão desaparece
em cada vez que nesse sonho pensa.
Oh! Ōjo, qual o sonho que lhe move?
Aquele amor que não viveu um dia
ou o gerar a vida luzidia?
Sentir você aqui até comove
e de qualquer tristeza me demove...
Eu não vivi, mas vi cor da alegria!
Yorokobi
Também sinto esse amor de forma pura
em meu anseio augusto de saber
que uma trégua em seu lindo viver
dilua o mal e toda a lida dura...
Por mim lhe chamaria de ternura;
aquela que à mente induz prazer;
que faz o céu à Terra, enfim, descer;
confunde o Paraíso, é formosura!
Pudesse eu mudar o seu caminho
faria nova estrada com carícia
deixando a sua vida mais propícia...
Não dá pra definir nesse versinho
quão grande, por você, é meu carinho
e a vejo qual a fonte de delícia...
Rósea insígnia...
Que rosa linda a rosa em meio à bela!
A rosa que fibrila é lisa, é rosa
e goza de cuidado; é carinhosa
e se lambuza e acusa: a musa é ela...
Tem pétala macia; é guia e sela
a lança que, esguia, agita oleosa
e forma a una forma entre a formosa
e a certa seta – oh! - uma à outra anela...
Que rosa prosa é essa? E que perfume!
Assume a suma essência e associa
a via que pra vida é luzidia...
Por ela a tenra vida vem a lume
e saca de si sumo, o mel, e assume
ser ela a rosa por quem lança ansia...
Peraltas...
Deslizo em lisa derme morna
E adorna o eu que pulsa
Trêmulo, hirto, ávido...
Há de não ser fátuo!
Sinto, sorvo o olor no ar
Sem par ou acre e úmido...
Desligo o tempo inútil
E o riso sem siso ecoa!
É brado e traga a glande,
A grande seta a ir
Ao fundo, ao raso...
Acaso afunda em seiva própria
E escolhe, ainda, ser espada
Em onda já que o tempo
É nada...
E vai e volta...
A flor não solta...
Eis quer danada,
Ainda,
Degustar-me e dou-me,
Dou-me, e dou-me e fogem-me
Meninos...
Sinos tocam, chocam-se
Frenéticos
Orbes,
Rijos,
Risos...
Ódio à Maria...
Hoje Maria acordou – pensou ela –
sem ver a vida, que gasta, sentiu
que é possível já não haver tempo
para Maria entender não ser nada.
Hoje Maria cumpriu sua pena,
sua desgraça: existência sem nexo.
Algo complexo que faz da Maria
ser burilada na mente... Que enfado!
Sempre dormindo se encontra, a Maria;
come do pão amassado e servido
pelos canais que lhe dizem: não pense!
Ela, Maria, agradece e se farta!
Nada incomum, pois Maria é você
que despe o cérebro e vai com as outras.
O beijo...
Não quero tão somente o desencanto
de um beijo, simples ósculo vazio
do frenesi que vem com arrepio.
Eu quero é tudo isso e outro tanto!
Não quero apenas lábio puro e santo!
É lindo e tudo o mais, mas eu me rio,
pois beijo tem que ser um desvario
que treme a alma e eleva qual encanto...
Não é trocar fluído, tão somente!
É acender a chama inapagável
e sentir mais que o mero imaginável!
O beijo para mim é a semente
que brota e cresce, faz que, de repente,
as almas sintam ser o céu palpável!
O beijo...
Não quero tão somente o desencanto
de um beijo, simples ósculo vazio
do frenesi que vem com arrepio.
Eu quero é tudo isso e outro tanto!
Não quero apenas lábio puro e santo!
É lindo e tudo o mais, mas eu me rio,
pois beijo tem que ser um desvario
que treme a alma e eleva qual encanto...
Não é trocar fluído, tão somente!
É acender a chama inapagável
e sentir mais que o mero imaginável!
O beijo para mim é a semente
que brota e cresce, faz que, de repente,
as almas sintam ser o céu palpável!
Manu ou Mané?
Manu, Mané não vale o seu sorriso.
Esse Mané, Manu recebe “arrego”
Pra, do Brasil, poder tirar sossego.
É só um sem vergonha vil, sem siso...
Manu esse Mané eu já diviso
colhendo os frutos podres de um pelego1
que baba os bagos, botas e até o rego
dos norte americanos... É impreciso...
Manu, menina Deus sempre lhe guarde
da fúria de imbecis filhos da mídia
que enche a mente deles de desídia...
Manu não ligue para esse alarde!
Veremos a justiça cedo ou tarde
humana ou divina. Linda, aguarde!
Gaia...
E tu Terra ferida e maltratada
por que perdoas cada malefício?
Por que perdoas tanto desperdício
se merecemos menos do que nada?
É duro ver-te assim tão devastada
por causa desse mal que, grande vício,
fazemos dia a dia e um precipício
atrai-nos, raça burra alienada...
Tu não és mera obra do acaso
e nós sabemos disso mãe bondosa!
Nós somos vis espinhos e tu, rosa!
Quem te destrói tem, sim, um pensar raso,
mas vai colher os males, triste ocaso...
Lei da Semeadura é poderosa!
Auto algozes...
Saudade de ti Poesia!
Saudade dos versos ferinos;
dos versos sem seca ou denodo,
eivados de tons destemidos...
Cansei de escutar “céu azul”;
chamarem legal o ruim.
Zumbis se sucedem, eu vejo!
Tirando os tapetes dos pés,
entregam aos maus o pavês.
Eis! Lambem os pés, são pisados
e abanam rabinhos usados.
Ambidestro...
Não mais a quero e tudo se acabou
Jamais eu poderia lhe dizer
Que sinto, ainda, a falta do seu ser
Até quem não devia, enfim, notou
Que algo externo e vil nos separou
Não sei como não pude antes ver
amar dói tanto! É quase qual morrer...
Só sabe disso quem um dia amou:
Fazer valer a pena é, sim, difícil
Não percamos mais tempo com a dor
Bobeira é adiar; não é favor
E a cura nos lavou de todo indício
Jogamo-nos em fundo precipício
Oh! Pode faltar tudo, não o amor...