Coleção pessoal de NildinhafreitasOfici

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⁠Os passos dados até aqui, por caminhos que nem sempre a gente escolheu ir, nos fez entender o que a gente merece, ou não. Sabemos, nesse tempo do agora, as muitas vezes que fomos vítimas de nossas próprias emoções, que caímos nas ciladas, nas emboscadas dos nossos medos e não é nenhum segredo que a gente se torna melhor, cada vez que supera a dor, mas o amor, ele não tem culpa de tudo o que a gente passou. O amor é passarinho cantando ao amanhecer e é o sol se pondo ao entardecer, sem medo, a gente precisa deixar ele de novo crescer.
Nildinha Freitas

⁠Domingo

Naquele domingo, quando todo mundo negligenciou o amor, eu te encontrei sorrindo na esquina, perdida, tanto quanto eu.
O GPS tinha nos levado, proporcionalmente, ao lugar "errado".
Parece coisas do destino, e é!
Nildinha Freitas

⁠O que eu mais observo quando vou a um velório, é o quanto àquela pessoa morta no meio de um salão fúnebre passa a ter tanto valor. Suas qualidades são apresentadas como referência para as gerações futuras. Todos, feito um coral de igreja, entoam a mesma cantiga: era um ser de luz. Morto, sem vida,um corpo que já não pode sorrir, ou chorar, tem o valor que ninguém em vida nunca o terá.
Nildinha Freitas

⁠O bem anda solto nas esquinas, onde as pessoas que moram nelas se ajudam mutuamente. O bem parece sorrir da cara dessa gente má,que pensa que conseguiu ganhar. O bem se veste de coragem e com a espada da justiça, sai pelas madrugadas, para sarar, curar o que dói e corrói as almas.
O bem anda solto por todos os lados, nos caminhos por onde a gente tem andado, levando a esperança e a pedagogia do amor. Perceba o bem no colorido da flor.
Nildinha Freitas

⁠Em lugares improváveis eu já encontrei o amor. Ontem mesmo vi amor entre o beija-flor e a rosa.
Eu já encontrei um amor nas mãos enrugadas da mulher que tanto lutou para ser quem é.
Eu já encontrei um amor na fila do banco, enquanto todo mundo tava preocupado com o tempo da demora.
Eu já encontrei um amor no meio da rua, em um abraço de saudade que deixou a minha alma nua.
Eu já encontrei um amor no café com bolo na casa da minha mãe e já vi amor nos olhos inocentes das crianças da minha vida.
Eu já encontrei amor até nas marcas deixadas pelas minhas feridas.

⁠Vejo gente crucificando gente todo dia, pregando na cruz do ódio e do desrespeito.
Vejo gente que diz ser quase "Deus", que bate no próprio peito de ateu e diz que tem fé, sem ter.
Vejo gente todo dia matando pobres, negros,gays, lésbicas ou quem diz "não" ao sistema de submissão. Vejo essa gente que anda com um livro sagrado na mão e a mentira no coração, matando sem atirar.
Eu vejo gente que mata com o olhar e com o cantinho do olho mira para matar.
Gente que mata por quase nada e ainda dorme sem acordar de madrugada.
Vejo gente matando gente toda hora, pregando na cruz um João, uma Maria, um filho de Jesus e de Sebastião e matam com as próprias mãos.
Nildinha Freitas

⁠Só eu sei como foi difícil arrumar a bagunça que ficou, depois de tudo o que eu enfrentei na vida. Quem olha para as cicatrizes acaba lembrando a dor das feridas e a vida nunca foi fácil.
É que de graça tem quem abomine o meu sorriso, quem até senta na arquibancada esperando a minha queda. Eu sei que vai se frustrar quem pensa que eu vou me quebrar, pois posso até "cair", mas é para testar o chão e quem quiser que olhe quando eu me levantar, pois eu nasci foi para flutuar, voar, pairando leve no ar.
Nildinha Freitas

⁠Não ignore o que atravessa a sua alma como se fosse o ar adentrando os seus pulmões. Não ignore a sua intuição quando ela lhe pede para parar, ou seguir, dizer sim, ou não.
Não ignore os sinais, que igual aos sinos das catedrais, então gritando dentro de você.
Ouça o que o seu coração tem a dizer.
Nildinha Freitas

⁠Sei que por vezes o coração parece que tem um vendaval correndo por dentro. Como se tudo se resumisse a um nada, a um instante que já não existe no agora, e é nessa hora que a gente precisa acalmar a tempestade que nos tira da direção do porto, do lugar seguro. Respira, respira, mais uma vez respira fundo, há um lugar onde o mar é calmo e você merece chegar lá.
Nildinha Freitas

⁠Ih Assumi!

Ih Assumi! Que o amor não tem um gênero definido, e que nele nada é proibido. Ele é soberano, supremo na vida da gente e que não importa o caminho, a estrada que a gente tenha que seguir, só é preciso sentir.
Ih Assumi! Que amar não tem maturidade para enfrentar pretextos impostos por essa gente insana, que julga, condena e carrega na mala um amontoado de preconceito.
Ih Assumi! Que o amor não tem uma idade definida e não importa se eu tenho sessenta, e ela, trinta e poucos anos de vida.
O amor é o equilíbrio na balança da existência e é ele quem define a nossa essência.


Nildinha Freitas

⁠Acordo, e na mesa, o café forte, colocado no fogo, antes que meus olhos abrissem direito.
A cada gole tomado na sede de acordar, eu vou revendo os "nãos" que eu preciso dar.
Olho minha história e penso comigo: sou luz e não um castigo. É que acreditei em inverdades bem contadas que sobre mim falaram e de vez em quando a cafeína me acorda só para eu lembrar, que tudo o eu vivi até aqui, somente eu tenho autonomia para contar.
Acordei, não é hora de dormir agora.

Nildinha Freitas

⁠A gente só se conhece no caminho.
Nildinha Freitas

⁠Hoje começa o melhor tempo da minha vida.
As dores do meu passado estão do outro lado da porta, e agora uma nova fase se inicia e os sonhos vão sair do papel.
A roupa surrada e velha que não me cabe mais, também vou deixar para trás.
Desse momento em diante, vou deixar que milagres se manifestem em minha vida, pois acredito no "Deus" que em mim habita.
Até a hora que aqui escrevo, consegui sair de todas as tempestades,afirmo que não foi fácil atravessar os temporais da vida e os meus próprios demônios, mas hoje, agora, nesse exato momento, começa o melhor tempo da minha existência!
Ponto final, sem reticências.
Nildinha Freitas

⁠Parei de contar o tempo e de fazer dele um inimigo.
Parei de olhar no espelho procurando as marcas que o tempo deixou.
Parei de olhar o passado como sendo algo macabro, malvado, ao contrário, ele é meu aliado e não tem como andar sem esse aprendizado.
Parei de fazer da vida um jogo, onde as cartas jogadas são as minhas feridas.
Vou sair vestida de sorriso e colocar uma roupa descolada, um tênis que não aperte o pé, vou seguindo sempre em frente, cansei de andar de ré.
Nildinha Freitas

⁠Eu sou a que vive o dia de hoje, a hora que no relógio grita.
Nildinha Freitas

⁠Eu sou a que vive o dia de hoje, a hora que no relógio grita.
Eu sou a que perdoa, ainda que doa olhar para o lugar da dor.
Eu sou a que aprendeu que não adianta fazer birra e empancar. É andar, andar e andar.
Eu sou a que não tem medo de mostrar a cara limpa e nua para quem eu confio o meu coração.
Eu sou um ser imperfeito, mas estou em mutação e me cansei de tanta ilusão.
Se sou anjo? Não!
Nildinha Freitas

⁠Tenho uns poemas sem muita rima, sem nexo e sem muita simetria, mas sou toda poesia.
Nildinha Freitas

⁠Para Lorena e Natália

Por que decidimos casar ?

É que amor em tempos de ódio precisa se registrar, como símbolo de luta, de força para continuar.
É que eu sou a Lorena, ou posso ser a Natália que só quer amar, e sei que tenho o direito e ela também o terá, de viver o amor livre e de o mesmo sobrenome usar.
É que por muito tempo a gente "brincou" de se esconder, em lugares em que o medo nos fez sentir frio e sentir o vazio de não ter a aceitação,mas os dias foram passando, nosso coração apertando, de tanto amor que cabia lá, que a gente criou a coragem de dizer: vamos casar!
Casar para mostrar a nossa resistência e a força de um amor, para que todos sintam que não somos espinhos, somos a Flor!
Casar para autenticar, carimbar o sentir da gente, para plantar no mundo a nossa semente.
Casar para dizer olhando frente a frente: eu quero viver ao seu lado, todo dia até o para sempre!

Nildinha Freitas

⁠Eu já escutei "eu te amo", de gente que uma semana depois de ter me dito adeus, como se eu fosse uma peça de roupas que se descarta, já estava jogando outro jogo de cartas.
Eu já acreditei em mentiras que falaram sobre mim, em acusações de que eu seria uma pessoa vazia e ruim, no fim, a história não era bem assim.
Eu já escutei o amor ser banalizado por gente que aprendeu a arte cruel de brincar, de bagunçar a gente, e que faz desse sentimento um representante da dor, mas amor não é isso! Amor é um poema escrito para roubar sorrisos, para levar a gente aos paraísos.
Nildinha Freitas

⁠Eu já arquivei muita coisa nas gavetas da memória. Apaguei imagens que me faziam sentir dor.
Aqui, dentro de mim, só quero sol e mar, o que machucou estou querendo apagar.
Nildinha Freitas