Coleção pessoal de NildinhafreitasOfici
Se acaso decidir me ter como companhia na estrada que é a vida, garanto uma única coisa: receberá de mim tudo o que plantar em meu coração. Escolha bem o que pretende colher, pois eu sou um solo fértil, um caminho de ida, da escada eu sou a subida.
Nildinha Freitas
Poeta Potiguar
Um conto de restauração
Era uma vez uma família linda, onde tudo era tão feliz, até que chegou um monstro vestido de bom moço e tocou a alma de todas as mulheres de forma sanguinária e cruel, e foi embora.
Elas calaram diante da dor, mas uma delas se levantou, gritou que não aceitava! Foi o fim do ciclo de dor que rasgava aquela família por gerações e foi a coragem desta mulher que arrancou as correntes das suas ancestrais, mas a história não acabou, agora é hora de colher amor, continua...
Nildinha Freitas
A vida é um estudo de causa própria, onde eu preciso estar sempre me avaliando, me reavaliando, alinhado e realinhando planos e rotas.
Olhando para o ontem percebo as mudanças de estradas que eu tive que fazer, peguei atalhos e tive que voltar muitas vezes ao começo. Houve momentos em que eu estava no caminho e fui forçada a sair, que eu estava "certa" e fui levada a rever minhas certezas, que eu pensei que era o fim e vi à minha frente um mundo de oportunidades. Houve situações em que eu estava gélida, quase sem vida e vi que ainda pulsava em mim a esperança e é ela o combustível da minha história.
Nildinha Freitas
Eu já plantei muitas sementes, já reguei muito amor, como também já plantei dor. Eu já colhi ingratidão, coisas que doem no coração, mas nada disso foi em vão, se hoje já não sou aquela mulher carregada de preceitos e preconceitos limitantes é porque não limitei meu crescimento, fui aprendendo com cada dor e a cada instante e momento.
Na memória de tudo que sou e já vivi, me perdoei dos erros que cometi e prometi reparar as palavras e atitudes que feriram outras pessoas, acordando toda manhã, decidida a ser sempre uma alma boa.
Sigo, pois sei que ainda não estou pronta, mas com a certeza de que quero evoluir, vou dando passos no caminho, na estrada do existir.
Nildinha Freitas
Eu sempre precisei ser forte e sou, mas nem tudo em mim é armadura. Sou uma criatura humanamente sensível e frágil, mas não sou fácil de se quebrar ao meio.
Nildinha Freitas
Um dia me perguntei: e aí está indo para onde?
E me respondi:ainda não sei!
Ao abrir meus olhos no dia de hoje, eu encontrei a resposta para essa pergunta e posso dizer:estou indo para o lugar que eu mereço estar, porque eu sei o que plantei até aqui, entre erros e acertos,plantei o melhor de mim.
Este lugar é lindo e este lugar é onde se encontra felicidade.
Nildinha Freitas
Até o dia de ontem eu não tinha jardins, eu não tinha rosas plantadas em mim.
Hoje, sou vasta plantação de amor e perdão, dou passos todos os dias para minha reconstrução.
Não sei se vou acertar, ou errar, mas sei que quando pensarem que estou caída no chão, já estarei de pé cumprindo a minha missão.
Viver é um eterno errar e aprender, até que um dia eu não precise mais trilhar nas mesmas estradas de dor e serei plenamente amor.
Nildinha Freitas
Olharei para o passado e perdoarei a mim mesma, por não ser o que sempre exigiram que eu fosse,eu sou o melhor que posso ser, e sei que eu preciso ser melhor a cada amanhecer. Eu não vim aqui para regredir, mas para crescer e seguir, sou espírito imortal e a minha missão é evoluir.
Nildinha Freitas
Era noite quando eu lhe conheci, mas estava quente, feito meio dia.
Eu que já tinha desacreditado de muita coisa na vida, passei a olhar mais a cicatriz do que relembrar a ferida.
E é sol se pondo no mar esse seu sorriso, tipo um paraíso, um lugar de paz, em meio ao caos.
Nildinha Freitas
É preciso entrar dentro de mim e me olhar com outros olhos, sair de mim e me olhar com outros olhos.
É preciso me perdoar pela "culpa" de não ser quem esperam que eu seja, ainda que não haja pecado nisso.
É preciso aceitar quem sou, reconhecer onde preciso evoluir e mesmo quando não acerto os meus passos, é necessário ir.
Nildinha Freitas
Quando nos despimos de nossas vestes sociais, que são impostas pelo modelo de mundo em que vivemos, só permanece ao nosso lado quem consegue nos enxergar para além da epiderme.
Nildinha Freitas
Eu já morri tantas vezes que a morte não me amedronta mais.
Não temo mais o escuro véu que me separa do estar aqui, ou em outro lado.
Eu já morri tantas vezes que já não sinto temor, tremor e nem a sombra que apaga meus olhos e os deixam sem alma.
Eu já morri tantas vezes que a morte essa amiga estranha não me leva mais na hora que bem entende.
Agora, nesse momento exato, já sou eu quem diz se quer ou não morrer.
Vivo!
Viva!
Nildinha Freitas
De pés cansados eu caminhei, com pernas sem forças me levantei e sem ter respostas para tudo, continuei.
Desisti, sem perceber, era o meu medo de seguir e ser. Eu bem sei que há dias que parecem sombrios, sem luz ao fim da estrada, mas eu entendo que sou a própria luz da minha caminhada.
Nildinha Freitas
Precisei me armar de coragem, não para guerrear contra um exército externo, mas para lutar contra o que em mim é algoz.
Nildinha Freitas
Renascimento
Dedico para Willie Vilar
Eu já me matei muitas vezes e já me mataram, mas eu levantei do lugar onde me coloquei e que também me colocaram.
Morri, confesso! Mas renasci inteira e sabendo que o que passou ficou lá enterrado, no lugar que um dia eu estive para aprender quem eu sou, e quem são os que acreditei serem e não foram.
Nildinha Freitas
Uma lua só minha!
Dedico a Dar
Uma lua só minha foi o que eu sempre busquei no céu.
Essa lua que foi o meu teto nas noites em que eu dormi ao léu.
Essa lua já era só minha quando eu a notava e ninguém a via. Eu parava e sentia seu brilho, sua brisa a me tocar, enquanto o mundo todo corria sem ter tempo dela notar.
E quando eu me senti sozinha, uma lua só minha eu já tinha e tenho, e ela também me terá.
Nildinha Freitas
Nem sempre escrevo o que vivo em mim. Escrevo para aprender, aprender como eu não devo ser.
Nildinha Freitas
Eu me recuso a ser vencida, por isso eu sinto a vida em todas as suas nuances, pois não existe nada, além do instante presente, do agora, e por hora, a beberei até a última dose.
Nildinha Freitas