Coleção pessoal de nelson_rodrigues_da_costa

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⁠Uma despedida difícil
É amar e ver que não pode ser.
Como a árvore que não cresce
No solo que não a nutre.

Ficar seria esperar pelo impossível,
Tolerar a ferida que não sara,
Aceitar o pouco, perder-se
Na tentativa de não perder o outro.

A natureza não espera,
Não hesita, não sofre.
O rio corre sempre para o mar,
Mesmo que deixe a montanha para trás.

Sabemos que deixar ir dói,
Mas é o caminho para a cura.
Às vezes, partir é amar,
Não por falta de amor ao outro,
Mas por amor a nós mesmos.

Com a simplicidade do vento
Que sopra sem mágoa,
Partimos, porque tudo é como deve ser,
E no amor-próprio encontramos a paz.

⁠Não pensemos demasiado na derrota. É apenas um jogo, um jogo que nos dá alegrias e também traz lágrimas. Mas, afinal, o que é um jogo senão um momento de distração, uma pausa na vida, onde nada está verdadeiramente em causa, senão um pouco de orgulho?

As lágrimas de uns são os sorrisos de outros, e assim o equilíbrio da vida se mantém. Não cultivemos ódio ou raiva contra quem nos venceu. O desporto é uma celebração, uma festa que deve unir e não dividir.

Agradecemos aos atletas que envergam as cores nacionais por nos terem feito sonhar. E mesmo agora, depois da derrota, continuaremos a sonhar juntos. Porque no fundo, o que importa é o sonho, e o sonho é eterno, indiferente aos resultados de um jogo.

Quando o sol surge pela manhã,
É como um farol que desponta no horizonte,
Trazendo calor e vigor ao novo dia.
Seu simples brilho ilumina a manhã,
E toda a natureza desperta com ele.

Não penso em mais nada, apenas existo,
No momento em que o sol cruza o meu olhar.
É como um banho de luz e energia,
Que revigora e renova o espírito.

Começo o dia assim, em paz,
Como um campo que recebe a brisa suave.
O sol é a luz que me desperta,
E me dá a força para a jornada.

Desfruto desta simplicidade,
Sentindo o sol como uma carícia ao acordar.
Por instantes, a mente se aquieta e o desassossego se dissipa,
E sou apenas um homem, grato por essa luz.

⁠Quando vejo teu sorriso pela manhã,
É como o sol que desponta no horizonte,
Dando calor e esperança ao novo dia.
O simples gesto ilumina a manhã,
E toda a natureza parece acordar contigo.

Não penso em mais nada, apenas existo,
No momento em que teu sorriso se encontra com o meu olhar.
É como um banho de luz e alegria,
Que lava a alma e renova o espírito.

Começo o dia assim, em paz,
Como um campo que recebe a brisa suave.
Teu sorriso é o sol que me aquece,
E me dá a força para enfrentar a jornada.

Ah, como é bom viver essa simplicidade,
De sentir o teu sorriso como um nascer do sol.
Tudo se torna claro, tudo faz sentido,
E sou apenas um homem, agradecido por esta luz.

⁠"Cada viagem é um caminho de luz, onde o espírito se amplia e a mente se faz horizonte, revelando na vastidão do mundo a força interior da alma."

⁠"Cada viagem é um verso de luz, onde o coração se amplia e a mente se faz horizonte, descobrindo na vastidão do mundo a essência mais íntima da alma."

⁠Estica-te perna se tens quem te governa,
No calor do verão, à sombra frondosa,
O sol acarinha, a tarde se alterna,
Em murmúrios de brisa tão silenciosa.

Deitado no jardim, espreguiçadeira amiga,
O tempo se dissolve em suspiros de paz,
Enquanto a vida, num quadro, se abriga,
E a tarde se estende, preguiçosa, voraz.

⁠Bom dia, sol. Raios quentes que me abraçam, mesmo quando escondido atrás das nuvens de tempestade consigo sentir o teu calor. Bom dia, sol. Hoje é um bom dia para viver.

⁠Encontramo-nos no acaso, ou destino traçado,
para mitigar a melancolia que nos aflige.
E assim, no reflexo de olhos tristes,
surgem sorrisos mais radiantes,
como astros que brilham na noite da vida,
quando nossos olhares se encontram.

⁠Navegaste para o Oriente Eterno,
onde a luz resplandece e o mar do tempo encontra o infinito.
Descansa em paz, na serenidade da eternidade,
onde o silêncio abraça a tranquilidade e a memória se eterniza.

Em teu descanso, a viagem se completa,
o horizonte se alarga e a paz se faz presente.
No infinito, a luz guia tua jornada,
onde a calma e o repouso são eternos companheiros.

⁠Navegaste para o Oriente Eterno, onde a luz resplandece e o mar do tempo encontra o infinito. Descansa em Paz.

⁠Sob a luz do sol, caminhamos,
nas mãos a esperança do amanhã.
Há dias em que o céu brilha claro,
os seus raios dançam na pele, no coração.

Mas às vezes, o céu escurece,
as nuvens pesam, ameaçam chuva.
Gotas caem, lavam as tristezas,
os medos dissolvem-se, escorrem pelo chão.

E outras vezes, as tempestades rugem,
ventos ferozes, relâmpagos que rasgam.
Os trovões iluminam o caminho
que, mesmo tortuoso, seguimos firmes.

Há dias em que a terra treme,
o chão abre-se, tudo se abala.
Nesses momentos, agarramo-nos,
buscamos forças nas raízes profundas.

Apesar de todas as tormentas,
de cada chuva, de cada tremor,
sabemos que o sol desponta
e renasce a esperança em cada flor.

Assim é o amor, a nossa jornada,
um ciclo de luz e de sombra.
Mas no fundo, em cada alvorada,
sabemos que o sol sempre volta.

⁠Nos dias cinzentos ouso sonhar e voar mais alto que as nuvens de tempestade. Para além do raio e do trovão, vejo o sol e sinto o calor. Lembro-me de Ícaro e espero que as minhas asas não derretam. Como é bom flutuar nos braços do sol.

Os dias cinzentos são um manto pesado que cobre a alma, mas na minha imaginação, as nuvens abrem-se. Subo, subo sempre, até encontrar o fulgor do sol escondido. O coração bate mais forte, e os medos dissipam-se como névoa ao amanhecer.

A cada batida de asa, uma lembrança de Ícaro. Não com a sua temeridade, mas com a esperança de quem deseja apenas sentir o calor que dá vida. Como é bom flutuar nos braços do sol, onde cada raio é um afago e cada sombra, uma memória desvanecida.

No voo, encontro a liberdade. Na luz, descubro o caminho. As tempestades podem rugir, mas eu, feito de sonho e coragem, atravesso-as com a certeza de que, além delas, há sempre um sol à espera.

⁠Estiquei o braço e só encontrei o vazio,
Acordei sobressaltado, não era sonho,
Rolei para o teu lugar, busquei teu vestígio,
Fechei os olhos, para no sonho te encontrar.

⁠Não é o meu mundo, este das luzes falsas e dos risos vazios, das felicidades ensaiadas e conversas sem alma, onde a inveja semeia competições vãs e a arrogância se ergue. Procuro o simples e genuíno, onde o ser é mais que o parecer, em harmonia com a verdade no olhar e luz na alma.

⁠Não é o meu mundo, este das luzes falsas e dos risos vazios. Não me encontro nos sorrisos de porcelana, nas felicidades ensaiadas. Não quero partilhar palavras ocas, conversas sem alma, onde o vazio se disfarça de importância. Não me reconheço nas máscaras de vaidade, nos olhares de arrogância que se erguem como narizes ao vento.

Aqui, a inveja semeia competições vãs, materializa o espírito e afasta a verdadeira essência. Não, este cenário de ilusões não é o meu lugar. Procuro o simples, o genuíno, onde o ser é mais que o parecer. Busco a pureza dos gestos sinceros, a presença dos que são e estão, sem pretensão ou artifício.

Como um ingénuo, quero apenas ser e estar, em harmonia com a simplicidade, ao lado de quem vive com a verdade no olhar e luz na alma.

Rosa Eterna

És poesia em mim em línguas sem fim,
Minha rosa com espinhos, dás-me o juízo perdido,
Perco-me no labirinto das curvas do teu corpo esculpido.

O efémero da vida em ti se revela,
Mas quão infinita é a felicidade nos teus braços,
Nos teus cabelos, brisas de madrugada se enredam,
No teu toque, encontro a paz, sem embaraços.

És a melodia silenciosa dos meus dias,
O verso oculto que ilumina a escuridão,
Na tua presença, o tempo se dissipa,
A eternidade vive em nossa junção.

Teu olhar guarda segredos das estrelas,
Teu sorriso, sol que desabrocha em sonhos meus,
Entre espinhos e flores da nossa imaginação,
És o poema que escrevo com o coração.

Entre a realidade dura e a fantasia,
És o universo onde me perco e me encontro,
És a essência que em versos confio,
No labirinto da vida, teu nome entoo com encanto.

⁠Há um silêncio que corre nos dias,
um cansaço de pensar profundo,
preferem os homens a sombra breve
da resposta fácil, como abrigo.

No caminho certo, há pedras e vento,
mas a verdade é um lume que aquece.
Escolhem o engano de olhos fechados,
na ilusão doce que adormece.

Mas há quem busque, mesmo exausto,
no labirinto da mente, o sol nascente,
e encontra na complexidade do mundo,
a pureza de um rio transparente.

Nas margens do pensar, floresce a vida,
onde o esforço se torna luz constante,
e a verdade, lenta, desabrocha,
em cada alma que não se cansa e avança.

⁠A ajuda é como a luz do sol que não escolhe onde brilhar. Há um silêncio profundo que pulsa em cada gesto, uma mão estendida sem esperar outra. Na alma do vento há um sussurro antigo que fala de quem planta tâmaras, sabendo que nunca colherá os frutos. Na dádiva, encontra-se a essência, mesmo sabendo que o eco pode ser silêncio.

Mas a sabedoria murmura suavemente: a bondade não deve ser cega; deve ser iluminada pelo entendimento das circunstâncias. A verdadeira compaixão não se resume a atender cegamente cada pedido, mas a encontrar maneiras de ser útil sem causar dano a si mesmo.

Neste caminho de sombras e luz, o coração faz-se terra fértil, e cada ato de bondade é uma estrela que nasce, mesmo que só para iluminar a escuridão de um instante. Porque a grandeza reside na simplicidade de fazer o bem, sem perguntar o porquê, e na sabedoria de proteger-se para continuar a ajudar.

⁠Em cada eleição, os discursos ecoam vazios, sem derrotados, só vencedores, apenas vozes que se entrelaçam em mundos paralelos. Numa dança de negação, transformam derrotas em vitórias imaginárias, sucessos irreais pintados com palavras ocas. O povo, cansado de ilusões, refugia-se na abstenção, um grito silencioso contra a hipocrisia que permeia o ar. A verdade dissolve-se em mentiras doces, enquanto a realidade se esvai, esquecida, na sombra de promessas vãs. No fim, quem vence é o cansaço, e a esperança esvai-se, como um eco distante no espetáculo da falsidade.