Coleção pessoal de nathyelen

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Eu passei mais da metade da noite olhando fixamente para um saco de pão pullman e me perguntando o que ele fazia na fruteira se ele não era fruta.

Acho normal. Acho perfeitamente normal lembrar com carinho que você sempre dava um jeito de me mandar mensagens em datas festivas. Estivesse você casado ou namorando ou ilhado num templo budista, dava um jeito. Era como se dissesse, sem dizer “eu sei que já faz tempo, mas ainda amo você”.

Talvez meu amor tenha aprendido a ser menos amor só para nunca deixar de ser amor.

Vou me enganar mais uma vez, fingindo que te amo às vezes, como se não te amasse sempre.

Ninguém acredita na gente: nenhum cartomante, nenhum pai-de-santo, nenhuma terapeuta, nenhum parente, nenhum amigo, nenhum e-mail, nenhuma mensagem de texto, nenhum rastro, nenhuma reza, nenhuma fofoca e, principalmente (ou infelizmente): nem você.

Eu queria, de verdade, colocar dentro de um saco as três perguntas "Por quê?",
"Pra quê?" e "Até quando?" e pedir para uma criança bem fofa, bem pura e bem
feliz fazer aquela brincadeira de encher, encher, encher, até estourar.

O amor é uma doença. Eu sinto náuseas, febres, dores musculares. Eu acordo assustada no meio da noite. Eu choro à toa.

Eu não preciso de você nem para andar e nem para ser feliz, mas como seria bom andar e ser feliz ao seu lado.

Eu sofro sendo assim, eu sofro porque, quando você acha mais da metade do mundo babaca, você passa muito tempo sozinho.

Esse desejo incontrolável de voltar é apenas a vida me dizendo para andar pra frente e não voltar nunca mais.

Eu gosto das pessoas pelo prazer de gostar e não porque deu tempo de gostar delas.

Eu descobri que tentar não ser ingênua é a nossa maior ingenuidade, eu descobri que ser inteira não me dá medo porque ser inteira já é ser muito corajosa.

Daria tudo que sei pela metade do que ignoro.

Um saber múltiplo não ensina a sabedoria.

Os homens se dividem em duas espécies: os que têm medo de viajar de avião e os que fingem que não têm.

Se teu cão passa fome, qualquer pessoa que oferecer um pedaço de comida consegue afastá-lo de ti.

Eu não me culpo pela minha pressa em ficar. E eu não te culpo pela sua pressa em ir.

Eu queria que você soubesse, meu amor, que sou dessas loucas. Dessas loucas que vai te chamar de meu amor, mesmo você estando na minha vida há apenas uma semana. Dessas loucas que vai querer te matar só de pensar que, talvez, daqui cinco anos, você me troque pela Claudinha, uma menina mais nova e sem as minhas manias insuportáveis que você ainda não conhece.

Todos choram intenções de amor que nunca dura.

Consegui estragar todos os meus relacionamentos simplesmente porque gostei demais das pessoas. Dessa vez quero acertar, por isso, combinei comigo que apesar de estar morrendo por você, não gosto de você.