Coleção pessoal de natanirisorim

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Hoje foi um dia daqueles cheios, em que se faz de tudo: inclusive sentir saudade.

Que distorçam minha imagem, mas não matem quem eu sou.

Dias de frio existem para fazer os tristes também se sentirem em casa.

Não é dia de se deixar abalar… Quem sabe à noite.

Átrio: cavidade do coração. Ou então: principal aposento das casas nos primeiros tempos da Roma antiga usado como sala de estar, de lazer, cozinha e dormitório. Ou seja: tem quem o visite, quem brinque, quem o distraia, e quem se abrigue por uma vida toda.

As pessoas partem, e isso já não me assusta. Mal consigo prender um lápis atrás da orelha: quem dirá alguém no coração.

Aqueles olhos indecifráveis mereciam belos versos. Uma pena eu não ser poeta.

Se encontrar a felicidade, diga à descuidada que me deixou cair no caminho.

Passe os olhos nesta frase. Mas com carinho, por favor. Aqui não está nem a metade do que chamo de amor.

_ Quer saber, desisto!
_ Tenta algo novo. Isso aí todos fazem.

O que me dá alegria
É saber que a tristeza
Se transforma em poesia

Gostaria de dizer de maneira menos drástica que é profunda a tristeza de saber que acabou.

Não que um escritor saiba da gente
O escritor descreve a dor
Dor que meio mundo sente

Avisto à mesa uma moça desencantada
Que come torrões de açúcar
Para não parecer amargurada:
De nada adianta, coitada!

Que Deus me dê sabedoria nas palavras. Que eu saiba quando falar, mas também quando calar. Que me dê sabedoria em minhas escolhas, em meus atos… E que esses não machuquem ninguém.

Mesmo tendo uma ideia do que me esperava, fui ver a peça. E logo no começo, na segunda ou terceira troca de cenário, lá estávamos. Uma senhora com a pele marcada pelo tempo, e um senhor de cabelo branco, entregando que também passou por ele. Com toda delicadeza desembaraçava o cabelo daquela senhora enquanto cantarolava uma canção na qual nunca deixou de pôr no repertório da vida. Começava mais ou menos assim: “Que o tempo carregue tudo, menos quem me deu felicidade…” Éramos nós, ou melhor, seríamos… Se soubesse que a porta entreaberta era à sua espera.

Ainda sou frágil demais, pequena. Embora já tenha feito alvoroço bastante, cabível em duas décadas.

É como aquela viagem que se torna longa por nossa ansiedade em chegar. Assim é o dito amor-que-nunca-vem. Só aparece quando desligamos o pisca-alerta.

Às vezes a pessoa vai embora porque há uma bifurcação na estrada com duas placas: “o que quer fazer” e “o que precisa fazer”. E (inevitavelmente) ela toma o rumo diferente ao seu… Mas quem garante que o desejo de quem foi não era pegar pelo nosso braço e sair levando?

Perguntas são como estrelas no céu: a cada vez que olhamos surgem mais meia dúzia.