Coleção pessoal de naianabbrum

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Eu preciso parar de me magoar e de magoar as pessoas, mas isso vicia. É estranho como nos acostumamos com o que nos faz mal.

Eu não sou do tipo que faz uma cena grande, não grito, não choro na frente de ninguém. Não tiro satisfações, não bato boca, muito menos rolo no chão puxando cabelo de outra. Quando eu brigo, eu nunca sou a primeira a excluir. Raramente eu bloqueio, apago conversa e número. Eu resisto. Eu vivo me dando a pessoa como opção, até entender que ela não é mais. E para a maioria das pessoas, isso é frieza, é fazer pouco caso, é desapego. Pra mim, é só meu jeito de ser inteiramente racional mesmo quando meu coração desabou em desespero.

Tudo o que você mostra, você perde.

É nisso que eu preciso amadurecer: não meço consequências. Não cuido do jardim, apenas porque sei, no fundo, que as rosas não me pertencem. Mas eu preciso cuidar, embora elas não sejam minhas, elas são meu jardim. Não estão na minha vida por acaso.

Eu sou morada, obra infinita.

Quando você entende que o problema não é ninguém mais além de você mesma, você vai de encontro a razão. E ter razão é ser um pouco infeliz mesmo, mas ta tudo bem. Dentro da minha razão eu encontro aconchego. É preciso corrigir uma coisinha aqui e outra ali, ou talvez uma enorme arrumação, mas vou começar devagarzinho. Descobri o problema: sou como onda - vezes mansa, vezes braba - vou e volto, recuo e avanço. Preciso achar a solução, talvez demore um tempo, talvez aconteça instantaneamente. Por hora, chega de me cortar pra caber em lugares que eu não caibo mais. Pra aprender a construir, tem que desconstruir antes...

E eu sou morada, obra infinita.

Ter razão é ser um pouco infeliz mesmo.

O medo de viver me tirou a paz.

É assustador como todas as histórias da nossa vida nos leva a único desfecho: sempre alimentamos o monstro que vai nos atacar.

Para de se cortar pra caber em lugares que você não cabe mais.

Já cometi muitas injustiças, continuo cometendo e certamente cometerei muitas outras, infelizmente. Embora eu tente ser sempre justa, entendi que é humanamente impossível. E espiritualmente, tenho plena convicção de que uma vez que eu faço com alguém, não posso me queixar quando fazem comigo.

Tem gente que vive em pedaços,
Tem gente que morre inteiro...

Homem preguiçoso: vai nascer virgem e morrer como nasceu.

Pra cada garota que exibe o corpo e depois reclama que não é respeitada, existe um cara que mostra chave de carro e depois falam que todas as mulheres são interesseiras.

Tinha mania de achar que sorte minha ter alguma coisa com você ou com ele. Mas quer saber? Sorte sua. Sorte dos outros 70 e tanto. E sorte de quem tiver a sorte de estar comigo.

A verdade, é que nos sentimos atraídos, excitados, curiosos sobre o diferente de nós. Achamos que o avesso encaixa melhor, completa no que falta e que assim dá pra levar – até as contrariedades começarem a empatar. Mas só ‘levar’ não é suficiente, talvez, por isso muito par vira ímpar.

Hoje eu acordei e não vi pressa em fazer um montão de coisas que me obrigo a fazer diariamente. Percebi que nada precisa tanto assim de mim, que não possa continuar existindo sem mim.

“Essa menina é tão boa que não chora por quase nada. Está sempre por aí com um riso frouxo no rosto semeando paz. É a alma dela que transborda na superfície, de tão boa, de tão linda”.

Quem muito jura, mente.
Quem muito exibe, não tem é nada.
Quem muito fala, cava a própria sepultura.

Vida é graça, dom é vida.