Coleção pessoal de N4m9A6L5

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Quando me entrego? Nem por um segundo somente?

À inteligência ou a limitação aparente?

O bom senso, ou ao que desconheço? O que?

Dia dos namorados, agentes desencadeadores tocou em vá-
rias cicatrizes que marcam o meu coração, abrindo aquela que não estava totalmente fechada, portanto, sensível e -
dolorida ao toque, provocando esta nostalgia e melancolia.
Onde está você, " meu gostar apaixonado?

Gosto da solidão, mas há uma diferença: uma é por opção,
à outra, é por não ter encontrado ninguém.

Vivo à procura, meu coração carrega este vazio, quero preencher, mas não sei como, portanto, continuarei...

Desde que tomei consciência de mim, procuro por algo, in-
defínivel, inexplicável, inatingível, mas o que é? Tenho --
que descobrir.

Sensibilidade, fragilidade, estes sentimentos não se di
videm com ninguém.

Ouço determinadas músicas, que amo, aquelas onde me acho
e me encaixo. Tudo termina em lágrimas pungentes, saudosas,
doloridas...

Não posso acariciar sua voz, apenas ouvi-la, e sentir tu-
do o que ela me provoca, e isto para mim, é muito pouco, --
preciso de muito mais.

À lucuna na minha vida se tornou tangível.

Sinto à falta, não de alguém, mas de você " meu gostar -
apaixonado,"para trocar confidências, carinhos, segredos...
Aquela afinidade e cumplicidade que havia entre nós. Sau-
dades!

Estou sozinha há tanto tempo que em alguns momentos da
vida isto se torna um fardo.

Dia dos namorados, desperta uma saudade de algo que fi-
cou para trás, há muito.
A recordação do frensi, a preocupação do que presentear
será que vai gostar? Olhar fixo no rosto amado, ao vê-lo-
abrir o belo pacote, o brilho no olhar ao ver o que ga--
nhou.
Saborear o prazer do namorado, pois agradou, enchendo o
coração de felicidade. Tudo isto, é muito presente jamais
se esquece.

Sou um belo pássaro de formas perfeitas e harmoniosas.
Protegida por uma plumagem branca, alva como a neve, de-
uma formosura indescritível.
Tomo impulso, alço voô, e ganho o espaço infinito.

Sou envolvida por uma enebriante leveza, arrebatada por
por uma força maior, me sinto flutuar, sou uma pluma le -
vada pela brisa, sem parada. Transportada delicadamente -
ao seu gosto, ao léu.

Simplismente me deixo ficar, recebo e sinto o calor dos
raios do Sol me aquecendo o corpo, provocando um bem es--
tar imensurável, aconchegando-o ternamente, suavemente e-
desinteresssadamente.

Me recolho em prece em agradecimento por tudo que já recebi, sejam algrias ou tristezas, todas bem vindas, -
pois são experiências vividas de fato, algumas por meu-
livre arbítrio, outras não, foram consequências das es-
colhas de outrem.
Sei que devo aplicar os resultados na minha aprendiza
gem, para o meu contínuo crescimento interior, na minha evolução espiritual, nas minhas atitudes diante dos --
acontecimentos da vida, e consequentemente na melhora e
na superação das minhas falhas.

Em determinados momentos, ergo meus olhos para o céu azul
límpido, e contínuo à procura da minha ineterrogação.

Pelas idéias sei onde é seguro, por outro lado, é um mun
do àrido que não traz alegrias, apenas confiança.