Coleção pessoal de Myukii-Yukishiba
Sua face chorosa é a única que permaneceu em meu ombro, mas sinto que algo lhe força a ficar perto de mim
Liberto te de meu falso sorriso e deixo lhe voar pelos horizontes oestes
Manequim, tão frágil manequim
Seus olhos imóveis retratam sua história
Relatando o poder de sua dor,
"Ah como dói!"
Doce vida de pontes sem proteção
Doce vida de fronteiras distantes
Me leve até seu lado infinito
E me afogas em meio a suas lágrimas
Doce voz de poeta
Consumindo as palavras poéticas
Vives vontade de morte
E eu, vontade de viver morte.
Ultimamente tenho desistido de estimular minha alegria e afirmar meus passos pra continuar esta luta. Estou precisando é desistir de ser persistente demais, pois sei que estou buscando algo que nunca será meu.
Se os comunistas têm razão, então eu sou o louco mais solitário em vida. Se eles estão errados, então não há esperança para o mundo.
Angústia, doce companheira de estradas
Humanos iludidos que foram embora, para sempre...
Maldita ignorância na face das pessoas
Maldito amor que ousa trair almas, frágeis...
Se todos os nossos infortúnios fossem colocados juntos e, posteriormente, repartidos em partes iguais por cada um de nós, ficaríamos muito felizes se pudéssemos ter apenas, de novo, só os nossos.
É melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores, mesmo correndo o risco de perder tudo, do que permanecer estático, como os pobres de espírito, que não lutam, mas também não vencem, que não conhecem a dor da derrota, nem a glória de ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito, ao final de sua jornada na Terra não agradecem a Deus por terem vivido, mas desculpam-se perante Ele, por terem apenas passado pela vida.
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.
Cupido de Ilusões
Sou caçador de almas
Vivo ilusões constantes
E o enjoo que sobe a garganta
é o mesmo gosto de meu fracasso.
As vezes é tudo tão cansativo...
Ver lágrimas escorrendo entre espelhos,
Palavras guardadas em caixinhas, choros engolidos à força,
E sonhos que devem ter virado pesadelos...
Mensageiro de tristezas e cartas queimadas
Tristes ilusões de vidas depressivas e mortas
Cupido de tantos amores opostos e falsos
Tanto lixo carregado de pensamentos em pensamentos...
Cada ser humano é mais estranho que o outro
Não aceitam ser iguais, diferentes ou normal
Quanta rebeldia, humanidade!
É muito egoísmo pra poucas pessoas...
Boneca
E jogada no chão, a velha companheira e amiga
Com seus olhos de botões quase despregados de sua face
Hoje em dia seus fios de cabelo são cobertos por nós
E seu pequeno sorriso está um pouco manchado de poeira
Presente ao canto do quarto, no escuro, calada.
Sua roupa de pano está um pouco rasgada e velha
Lamentando de sua dona ter ido embora e a deixado
Naquela casa sombria, vazia e tenebrosamente obscura!
Pequenos passos imaginários de minha doçura sem vida
Ela perguntou aos ruídos do chão onde está sua amiga
Aquela que a abraçou quando chorava em desespero
E aquela que com um enorme sorriso brincava com sua boneca?
Está tudo complicado, como sempre
Porque estou errando toda hora?
Eu sei que não sou a melhor guerreira
Mas não queria ter o fracasso agora!
Quarto
Na penumbra da escuridão de meu quarto
Permanece o estado da bagunça abandonada ao chão
"Tudo normal", é a identidade falsa desse cômodo
Á noite, criaturas estranhas permanecem aqui
A regra que predomina por aqui é outra
Você consegue sentir o bem e o mal
Num lado a questão de paz que te leva aos céus
E outro o sofrimento que te leva ao inferno...
Incluo na minha mente a possibilidade de ser feliz
Mas meu sorrisos são raros ou mentirosos
Que humano comum poderia descobrir
Minhas lágrimas e choros engulidos á força?