Coleção pessoal de Poetteus

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⁠Perdoe-se por Perdoar o Imperdoável

⁠Melhor a Veracidade de uma Fantasia
Do que a Farsa ⁠de uma Realidade

⁠- Denso -
Tão somente como o óleo, não se diluindo nem misturando. Aquele que invariavelmente unindo-se aos de sua mesma densidade, não se auto corroendo na ferrugem da vaidade.

⁠- Tardia Aliança -
Há uniões que só prevalecem pós-guerra,
Sem necessidade do caos pra se firmar.

⁠As pessoas não precisam ser como as queremos que sejam pra que agradem. Um defeito que não nos empatizar não deve banir nem apartar alguém do ciclo, é tudo só característica, e será recíproca se for aceita.

⁠Há pessoas que nem quero aproximação
Outras que eu já abro o meu portão
Há pessoas que se existem, finjo que não
Outras, já tem grande espaço no coração
Há pessoas que respondem, com ingratidão
Outras, exercitam piamente o perdão...

- Pra Quê Continuar -⁠
Se o desejo não se ascende do mesmo jeito
Se a saudade não aperta tanto o peito
Se o ciúme é por posse e não medo da perda
Se têm se rasgado mais verbo que seda

⁠A raça humana separada,
Dividida, desunida, acabada.
Etnia, hierarquia, diferenças,
Dinheiro, religião, crenças.
Hallelujah, Namastê, Epa Hey,
O que importa é o que você faz.
Mãe de santo, Monge ou Frei,
Gandhi, Buda, Perséfone, Satanás.
O amor, como nuvem, se desvai,
Conforme o tempo passa.
Na pré-história não se cai,
Ser humano ainda é raça,
Fortalezas e estruturas sem base,
Acimentadas de pré-conceito.
Em outro planeta, outra nave,
Fingindo que tudo é perfeito.
Mentiras, falso respeito,
Todos com a boca calada.
Que pensem no que têm feito,
Os perdidos de mente fechada.
Ainda que se caminhe ao abismo,
Sem murmurar, na esperança.
Discriminação, homofobia, racismo,
Isso sim é que é doença.

⁠Degusto sentimentos, como também noites práticas
Aprecio alguns venenos, mas prefiro poções mágicas
Nunca leio os procedimentos, ajo com meus atalhos e táticas
Prefiro amores trazidos nos ventos, que falsos puritanos de fábricas.


Se cicatrizou, é pra não sangrar
Se calcificou, é pra não mais quebrar
Se calejou, é pra amortecer a pancada
Não chorar, não quer dizer que não doa a porrada.

Nas cinzas componho,
Com pés na temporal realidade.
Tão obscuro e medonho,
Sem nenhuma claridade.
Escrevo a dor, o meu torpor,
Na solidão da melancolia.
Sangra a caneta, anseia compor,
Lágrima doce que escorria.
Força vital escorre pro papel,
Nos instantes da tormenta.
Vermelho no sublime pincel,
Pinta a trovosa nuvem cinzenta.
Cheios, pesados, vamos jorrar,
As bolsas de fardo esparramar.
Em troca da mágoa e do rancor,
Guardo é meu dom de compor.
Poemas, litros, sangue impresso.
Espelho, rima, sacrificar.
Interior, alma, aura professo.
Poesia, filosofia o monologar.

⁠O universo no conselho a persistir,
Da mudança repentina no horizonte.
Sussurrando um novo tempo por vir,
Que ainda havia juventude nessa fonte.
Como uma espécie de surdez,
Tal ignorância em não enxergar.
Medo de destruir a terrestre solidez,
E permitir toda a paisagem sideral mudar.
A vibração positiva indicando uma rota,
Mente preparada faz introdução.
Coração na mesma cegueira idiota,
Rejeita do cosmos a instrução.
Quiza a grandeza de Urano não permita,
Observar galáxias como outros continentes.
Visitar outro sol, a Via láctea cogita,
Me aquecer no calor das estrelas cadentes.

⁠Fui eu, sem ser eu.
Ontem um, hoje teu
amanhã se perdeu.
Na infância o mundo é leve,
ninguém te esquece.
Todo mundo é amigo,
inclusive o mendigo.
Na adolescência
é repentina a cadência,
tudo é sofrência,
O tema desta fase é carência.
Evolução, recriação,
transmutação.
Idéias, caráter, conduta,
Tudo muda, menos o coração.
O que conheceu já não o é.
O que era nem mais será.
Talvez o novo surpreenda.
Talvez o arrependimento virá.

⁠Crescendo aos poucos,
Vou assim fixando minhas raízes
Na solidez da equivalência.
Pra que nem tapas, nem socos,
Me abram cicatrizes,
Levando minha criança à falência.

⁠⁠Quando eu morrer
Por mais que venha me doer
E eu tenha que gemer
Espero que o fim não venha surpreender.
Pois antes quero me arrepender
Subir e a Deus ver
Não descer.
Quando eu morrer
Não quero tristeza nem sofrer
E sim que façam chover
Lagrimas de lembranças pelo meu feliz viver.
Mas que minha morte venha ser
Mais um motivo pra seguir e vencer.
Quando um dia eu for
Que meu objetos energizados de amor
Quero que cuidem com o mesmo valor.
Pois já que não os posso levar
Que boas recordações deem quando desempoeirar.
Quando um dia eu for
Espero não deixar rancor
Espero que saibam perdoar.
Sei que nunca fui um bom cantor
Mas que herdem meu dom de emanar
E os males e dor, cantar até espantar

⁠- Se Emanar -

Ser feliz não é só sextar, sabadar ou domingar, mas também segundar, terçar, semanar. Se emanar, nas mesmas boas vibrações todos os dias. Pobre coitado o que se emana, sendo feliz só aos fins de semana, vivendo da aparência que não consegue refletir diariamente.

E sair pra chamar a Senhora Felicidade, sem hora, cedo ou tarde. Sem terra, sem teto, sem grade. Felicidade não mora, é liberdade. É lar, sem acesso restrito. É maior que um bairro ou cidade, é estado. Estado de espírito.

⁠- Sem Verbalizar -

Não vou dizer só uma vez, nem repetir quinhentas. O que eu sinto, é mais dito em ato que palavra. Que necessidade é essa da convicção do que eu sinto?! Se isso não te basta, como pode reclamar das ilusões que te acercam?! Minhas intenções não precisam massagear seu ego para provarem existência, nem se verbalizarem para que sejam reais. Mas ainda assim lhe digo, meu toque te fala, meu olhar te fala e se minha língua falar, será sem idioma e sem fronteira, pelo seu corpo.