Coleção pessoal de MIssias

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⁠Ajuda

As moedas que você gasta,
O dinheiro que você tem,
De nada tem sentido,
Se não ajudar alguém;

E quando você os acuda,
Por pouco que seja a ajuda,
O que resta então é o que fica,
Porque no outro se identifica.

Encontrarás no outro o que deste,
O que semeaste ou que plantaste.

O que fica então neste momento?
Se a moeda já não existe!
E o sentimento que persiste,
Num eterno reconhecimento.

⁠⁠O que aconteceu conosco?

Que não somos mais como antes.
Professores maltratados nas salas de aula,
Comerciantes ameaçados por traficantes,
Grades em nossas janelas parecendo uma jaula,

O que aconteceu conosco?

Por ventura somos um fracasso?
Ou estamos em letargia,
Automóveis valendo mais que abraço ,
Filhas querendo uma cirurgia.

Perdemos a esperança,
Ou sofremos cefaloma,
Celulares nas mochilas de crianças,
E diversão valendo mais que um diploma.
Vivemos em controversa,
Ou Fugimos a um conventiculo,
Tela, vale mais que conversa ou
Tudo tornou-se ridículo.

Quero arrancar as grades da minha janela,
Tocar as flores! sentir a brisa singela,
Dormir com a porta aberta
nas noites de verão!
Quero a honestidade meu irmão!
Ainda que seja rara
Quero a vergonha na cara,
Mas pra dizer a verdade,
Quero a solidariedade
Quero a esperanca,
a alegria e confiança!
Onde exista amor a fraternidade.

⁠Ferramentas

Um deleite tão grande
Minh’alma se expande
No limite da fraqueza
Uma régua sobre a mesa

Nesse tortuoso caminho
Aferrolhado, atado e sozinho
No peito a dor de um lado
Na gôndola um esquadro

Uma agulhada amedronta
A emoção toma conta
O coração se contrai

O maço e o cinzel no mesmo lado
Ora d’ante atribulado
A angústia que sentia sai.

⁠Falsidade

Isso não é segredo
Viver sem ter medo
Sustento -me com a alegria
Nesse acúmulo de fantasia.

Desalmado é o coração
Simulando uma emoção
Diz que ainda te ama
Convertem fantasia em drama.

Um olho a frente e outro a traz
Finja se for capaz
Cuida de quem te rodeia.

Hipocrisia e falsidade
Dissimula veneno e inverdade
Não amendronta se me odeia.

⁠Quando eu for, quer dizer, quando do outro lado estiver,
Sei que nada levarei;
Sei que deixarei apenas o amor que plantei no coração de quem consegui tocar.

⁠A Pedra Bruta
Vindo das trevas mortais
Despojando seus metais,
Em que todo profano nasce e precisa ser saciado,
Esta pedra e disforme e aparentemente inerte,
Buscando sempre a Luz
Onde ela se converte ;
Por três golpes se fez a luz, como deste modo lhe foi dada;
Modificando o áspero mineral
como prelúdio de uma obra adiantada .
Aprendendo os ensinamentos da Iniciação,
Absorvendo conhecimentos de todos os irmãos,
É depois de purificada,
Ganha e esplendor de uma
de uma pedra negra que hora foi calcinada;
Um fulgor de alvura e pureza,
Jamais visto na natureza,
Pronto para conhecer simbolos devagar com tolerância e calma,
Renascendo a partir de agora um irmão com nova alma.
Missias.’.

⁠⁠Veneno, placebo ou remedio;
Se desalenta ou exorta,
Tudo pouco importa,
Se os versos são de amor
ou contemplação,
Todos Alimentam o coração,
Até curar o seu tédio

Banco do meu Jardim

Num banco ao lado de um toco,
Que um dia foi jatobá,
Esta era de muita idade,
Dela ficou saudade,
acabou -se em uma tempestade,
Deu lugar a um lindo e florido manacá
Sentados naquela
Bancada
Em noites de lua cheia,
ofuscada pela nuvem branda que a margeia
Quase a gente não a via,
Lá tinha muita magia
Eu e minha amada,
Para que falar de vida alheia.

Botina amarela

Na fazenda espinilho
Num lindo salpicado rosilho
Como regalo de criança
Guardarei essa linda lembrança

Uma boina de gaiteiro
Com seis anos muito faceiro
Um Galdério bem pilchado
Naquele corcel sem alguém do meu lado

Sorriso de jacaré esparramado
Um piá mais que arretado
Ganhei essa prenda singela

Trotando com estilo num embalo
Controlando o pomposo cavalo
Uma vistosa botina amarelas

Onde



Tenho contado com muita sorte
Com o tempo aprendi
Traçar na pedra o necessário corte
Como fez Miquelangelo na estátua de Davi

Muitas pancadas foi dada
Segurando em outra mão
O cinzel que me ajudava
Assim seguia a construção

Necessário manter o plumo
A parede no mesmo rumo
Uma luz sempre me guiava

Hoje vejo essa escultura
Que não falta nem moldura
Mas onde que será pendurada.

Politico⁠

⁠No Brasil temos muita corrupção
Prometem muito fazer
Mas é tudo enganação,
Querem receber só salario
não pensam na população,
Assim é o ignorante trapaceiro e ladrão.
O serviço é púbico o próprio seu nome já diz,
Mas o político pensa no dinheiro só para ele ser feliz..

⁠⁠Felicidade


Aínda há quem diga
Que Paz é trabalho sem fadiga
Nem seria verdade
Um céu sem tempestade

Na vida não ter decepção Encontrar na fúria o perdão
Um sorriso com a alma partida
E que a luta não esta perdida

Se acha então o segredo
Seguir sempre sem medo
Alegria no palco escondido

Amar sempre com pureza
Carregar no coração a certeza
Machucado mas nunca arrependido.

⁠Sempre existirá uma ferida
Quando da partida
Se os lábios não se tocam
A alma se repele pois foi a primeira a sentir
E os olhos irão trocar o beijo da despedida

Ademir Missias

⁠Tragédia

Que barulho assustador
Que grande explosão
Que fumaça que tragédia,
Grande destruição,
Quantas mortes, quanta dor
Cidade fantasma
Terra arrasada
Casas derrubadas
E até edifícios
Um terremoto, tremor de terra,
Fogos de artifício;
Vidas que lá se encerram
Coisa de demonio;
Nitrato de amônio,
Tragédia anunciada,
Estava ali armazenada.


Cavalgada para os Canteiros

Cavalgar em campos verdejantes,
Com amigos de perto e outros bem distantes,
Levantar cedo ainda sem sol com uma fina neblina,
Dividir a farofa e
Cruzar águas cristalinas,
Carregando a cangalha
O Burro chamado navalha,
Forte esperto e ligeiro,
Levando comidas e bebidas dos companheiros..
Cavalgada boa e organizada.
Antes fizeram a chamada,
Logo pedimos a Deus uma ótima caminhada,
Seguimos então com destino
Para os canteiros na pousada.
No caminho não queremos barulho!
Reclamou um velho amigo com o nome de Getúlio.
O Dedê um cara sensacional,
Sua mula machucou e passou mal,
Não pôde nos acompanhar,
Deixa pra outro dia então,
Não faltará ocasião,
Iremos te convidar!
Por caminhos cheio de pedras na vasta imensidão!
Uma conversa aqui outra ali
E nada de solidão.
Uma parada no curral das Pedras para um pequeno descanso,
Amarrei meu soberano um cavalo muito manso,
Uma cachaça boa, farrofa
Torresmo a mandioca,
Tava esquecendo a linguiça.
Ali ninguém tinha preguiça
Um descanso merecido,
Pois nada foi esquecido.
Chegando la pousada uma ótima recepção,
Soltamos nossos cavalos,
Mesa farta e comida boa tudo de bão.
Violão, bateria e cantoria,
Jogo de truco e nada de tristeza pois tudo era alegria,
83 cavaleiros ficamos grandes amigos até de pessoas que a gente não conhecia.
Pra relembrar essa passagem,
Daquela linda paisagem,
Que muito deixa saudades
de colegas de várias idades,
Eu fiz essa poesia..
Aos amigos de todas as cavalgadas Abraço !
Do Missias!.

Pobre Alma

Almas empobrecidas
Por faltas de candura,
Alarvadas por carência de doçura,
Em estado dilacerado,
Coração desvenerado,
Lágrimas deixados tantos,
Sofreguidas de encanto,
Antes fosse comovente,
Pungente soubesse amar
Deixar de ser carente
E a alma se salvar.

⁠Nobreza

Estamento superior da sociedade
Sinônimo de aristocracia
Fragmentada por toda sua magia
Domínio e vaidade

Uma como militar e feudal
Contestando a de origem cívica e moral
D' outra com poder e sedução
Revestida de dons, prestígio e fascinação


D’alma nobre e benevolência
Deveras ignorância
Com poder de estender a mão

Diferente de todos animais
O homem que sabe mais
Nobre aquele que pede perdão

⁠Viver é uma arte
Deste palco fazemos parte
Treinados a sermos artistas
Acrobatas equilibristas

Tecido grosso e listrado
Ambulante de palha e colchão amarrado
Fecha-se o tabernáculo
Continua o espetáculo

⁠⁠Circo

Grande circo de magias mil
Recoberto com lona azul anil
A atração estréia cedo
Com texto e com enredo

Viver é uma arte
Deste palco fazemos parte
Treinados a sermos artistas
Acrobatas equilibristas

Tecido grosso e listrado
Ambulante de palha e colchão amarrado
Fecha-se o tabernáculo

Vai-se a alegria
Romance ficção ou fantasia
Continua o espetáculo.


Ademir Missias 04/21

⁠Divagando

Desatino de tantos desdenho
Noites frias encolerizado pelo coração que batia
Benesses de amores adormecidos que tenho,
Ábdito da flama que por ti entreouvia,
Propinguo ficar ilharga deste castigo ilhado
Por horas a ânsia de um novo dia,
Desadormecer e você ao meu lado
Isso me extasia.