Coleção pessoal de MiriamDaCosta
Meu viver é bordado
pelo caminhar
de uma alma plácida
com pés intrépidos.
Essa timida valentia
faz dos meus passos
silentes versos
uivantes de vida.
Agora eu sei
que a minha maior fragilidade
construiu a minha força
e o medo que eu temia ter
se revelou uma profunda coragem.
Se você não consegue
respeitar mais e criticar menos...
procure ignorar ou pelo menos...
fique em silêncio.
Enquanto a liberdade de pensamento é condicionada á discrição e ao silêncio (ou seja: pense á vontade mas fique na sua com o seu pensamento!),
a liberdade de expressão é prisioneira dessa atual censura
livre de condenar absolutamente tudo.
Existe uma paz infinita
na imensidão da alma
abandonada na vastidão
do silencio que me espreme
me derrama
me sangra
me arde
me coagula
me sutura
e me funde poesia.
Eu fui uma criança/adolescente estranha... quando menina gostava de brincar sozinha na minha casinha que ficava escondidinha no quintal; aos 13/14 anos lia K. Gibran e muitas vezes preferia ficar sozinha lendo ou escrevendo na minha Remington ( não sei bem o motivo... mas acredito que entre todos foi o melhor presente que o meu pai me deu), matava algumas aulas de religião e educação física para ir namorar na praia deserta durante o inverno. Detalhe importante: eu namorava o Mar.
Eu continuo estranha...
O tempo sem tempo... sempre encontra o seu tempo...
O tempo não precisa do tempo sem tempo,
ele se faz tempo no seu próprio tempo.
Desastres Ambientais ... ser humano desastrado...
Eu me preocupo com todos esses frequentes desastres ambientais,
da mesma forma que me atemorizo com toda a banalização
com que o ser humano reage diante de tais desastres,
como se fossem considerados fenômenos corriqueiros.
Vivemos uma era de graves e irremediáveis tragédias ecológicas
onde somos uma sociedade que com profundo desinteresse superficialmente se interessa do clamor da notícia e nada mais.
Eu sou humana mas não me humanizo.
Eu sofro sendo parte dessa humanidade
mas eu não me humanizo
sendo sofrimento.
Vivemos em uma era de aparelhos eletrônicos inteligentes
que fazem tudo ou quase...
e de seres humanos imbecilizados
que não conseguem fazer quase nada sem essa tecnologia.