Coleção pessoal de milton46a

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Pensando bem
A beleza não livra ninguém
Nem a inteligência em demasia.
Quem é forte
Diante da morte?
A perfeição é pecado
Que nos alicia.
Vi um que morreu buscando a beleza
Outro que a ignorância
Cobriu-o de nobreza
Um que matou seu algoz na fragilidade
Àquele do trono subestimando toda Cidade.
O primeiro ao admirar-se perfeito foi expulso do céu,
Pensando bem
A palavra lançada ao léu
Não livra ninguém.

Baco, Dê vinho Luso !
vinho legal, vinho cardeal,vinho sensacional
A meus filhos concluso
Nossa festa, Minha seresta, Salve Malatesta !

Em sendo um obtuso
Neles faço, Neles refaço, Neles satisfaço
Viro preto profuso
Preto mano, Nego "Solano", Preto africano

Meu direito difuso
O mar tejo, O mar festejo, O mar alentejo
Qual uvas furto uso
Desse mosto, desse composto,desse entreposto

Diga meus Picorrucho
Nossa joia, Nossa sequoia, Nossa metanoia
Mais do sangue transfuso
Mais um riso, Mais um sorriso, Mais um improviso

Tal é o vinho luso...
vinho fresco, vinho refresco, vinho pitoresco
Tais filhos do Senegal,
Filhos Dança , Filhos Festança, Semelhança cabal

Com Duzentas e sessenta e nove silabas
Agora me recluso.
Jamais eu me estribas
No meu coração, Senhor,
pensar luso, pensar induzo, pensar excluso.

O sonho de T Monk.

O que há de errado com os dedos de Thelonius Monk?
Estralam o piano como gelo no copo
Em uma epistropê ti tu be an te, ti tu be an te
insano! irado! Misantropo!

Qual Critério Misterioso Monk?
sisudo! ... ma non troppo.
Cante em mistério, em anáfora
Meticuloso, mudo, sério.

Santo, profano blue monk!
Duke te batizou no Minton's Jazz harlem
Miles, Dizzy e Bird outrora...
Bebop e também banto ufano.

Thelonius Underground
Por volta da meia noite
Qual será o monk's dream?
(Urias de Batheseba)

Uma reflexão a luz da epistola aos Efésios 5:22-33.

Em um primeiro momento parece grosseria se desconsideramos que a instituição família está fundamentada em princípios intrínsecos da natureza divina como o amor, esperança e a fé, uma leitura dessa instituição fora da óptica metafisica portanto anistórica seria no mínimo controverso.

Em tese nas diferentes culturas ao longo do processo de emancipação feminina(não feminista)subtraiu-se da mulher o direito a "escolha, opção" cabendo-lhe a "sujeição " como pena de não ser discriminada como anátema. Nas organizações tradicionais patriarcais ou não, a mulher é escolhida para servir de esposa para alguém com proeminência monetária, politica ou religiosa. todavia quando não é escolhida é oferecida com dotes a receber/a pagar pelo pai, irmão(herdeiro direto do pai), tio, tutor, senhor, líder religioso, etc...Tal sujeição é constituída de normas que se resistida denunciam a insubordinação. No caso do marido fica-lhe a incumbência de amar incondicionalmente sua esposa. O problema está na natureza das condições impostas a ambos, no caso feminino a "sujeição" é racional, concreta e conveniente antagonicamente ao caso masculino que invoca algo imanente a divindade que é o "amor" não deixando pista alguma sobre sua natureza. Se por sorte a traição seja comprovada a ruptura do contrato acontece e ambos estão livres, a Mulher para nova consultoria e especulação por parte do preponente , o Homem para novas aventuras conjugais. assim se estabelece uma corrida em busca da liberdade(divorcio), diferente da esposa que em fragrante de insubmissão passa a ser hostilizada por todos ao seu redor, a esposa deverá empreender um caminho filosófico na tentativa de descortinar a natureza do ser do amor para proclamar sua honra defraudada pelo marido. Do contrario como poderá provar que o marido não a ama? não existe manual ou gramatica que explicite o que seja amor a par dos poetas que embarcam em viagens especulativa encontrando um manancial de inspiração para suas obras surge a infalível bíblia que não pode haver hermenêutica longe do paradoxo da fé não servindo como registro histórico para esta tese, Contudo se houvesse tal documento seria ultrajante afirmar que "DEUS É AMOR" posto que tal documento confeccionado pela imaginação do desvario humano nivelaria a divindade que inumana e autônoma não se permite ainda o menor atrito fora de sua incompreendida esfera ainda mais ser relacionada a grandezas de natureza genuinamente humanas.

Misero Homem que pensa levar vantagem sobre a Mulher na distribuição de obrigações maritais justificando sua deslealdade conjugal quando se finda o frenesi amoroso devido a sua cônjuge e sai em busca de afeto fora do portões do sagrado matrimonio, a esposa duplamente injustiçada nunca poderá provar que está sendo traída pelo fato da referida obrigação marital que é o amor de abstrata natureza ser culturalmente confundida com suborno em forma de provisões que é auferido pelo ego machista.

A raiz do problema tem sua causa na soma de incompreensões que sustentam as relações conjugais sendo conhecidos como os pilares dicotômicos que distribuídos como papeis masculinos/femininos que desde os mais antigos aos modernos são: sujeição/amar, genitora/provedor, atribuição materna ou escravo a educação as crianças(pedagogia)/atribuição paterna a educação aos jovens(Paideia grega), a culinária/o voto masculino....a novela/o futebol...etc...

Isto posto!! submeto-me a trivial lei do "RESPEITO" que admito ser inócua e perfeita a todos quantos visam um salutar relacionamento passional-familiar desde que se empregue o respeito como determinante desde o crepúsculo à aurora do dia, conjugando no cotidiano o verbo "respeitar "na 1ªpassoa do presente singular do modo indicativo(eu respeito) seguido da 3ª pessoa do futuro do plural do modo conjuntivo-subjetivo(quando eles/elas respeitarem)esperançoso de alcançar enfim a 1ªpessoa do presente plural do modo imperativo(nos respeitemos nos) e assim desmitologizar e descodificar "O amar ao próximo como a ti mesmo" atingir por fim o amor pela seta do respeito. ^OO^

Todos os dia
vejo
jovens na calçada
abandonados
a própria sorte lançados.
O que posso fazer ?
cortejo !
jovens,mais nada.
Pondero !
sei o que quero.
Jovens transformados
desejo.
As suas vidas alcança-las
senão...
pela educação.

Por muito tempo estive ausente.
Não digo ausente dos outros, mas de mim.
Nesta viagem onde me ausentei, a leitura das paisagens que vi foram leituras trágicas,fatalistas,teleológicas.
Uma nevoa sobre a angustia(kierkegaardiana) que depressivamente parecia angustiada, a esperança se desesperando na desesperança(Adorniana).
A vida se resumindo na existência facultativa temporal enquanto durasse a resina liquefeita de um material espesso e tóxico amarelo verde dentro de uma garrafinha pet levada pela mão direita esquelética a boca do meninolixo, segurando na outra mão um rodinho cuja a espuma embebecida gotejava no asfalto quente. Mesmo fora de época o menino parecia desfilar como mestre salas entre automóveis e buzinas e fumaças de cigarros da industria capitalista da morte e gás carbônico dos pulmões dos Volvo e Mercedes Bens.
Enquanto sonho com a educação, o mundo não dorme ! a roda gira, a lamina do punhal solar corta a carne não friboi do coitado,jogado e esquecido do lado de fora de um albergue."... son las personas en el comedor, a estas personas en el comedor, están ocupados nacer y morir ...",em outro desdobramento da paisagem se percebe que na rua 25 de março um comerciante vende a uma legitima provinciana oriunda do extremo leste paulista (não menos europeu por sua etno cultura exótica de devorar "baiões de dois" e "escondidinhos" e sonhar em formar um bloco econômico igual aquele do G8 e G20 no sertão do nordeste) uma bolsa feminina do Paraguay de pseudagrife.
No retorno desta minha ausência sonífera me surpreendo ainda com uma paisagem surreal...minha docência é tragada pelo vácuo, a medida que me torno volátil('in'matéria)meu corpo se dissolve textualmente como num recorte discursivo e dialeticamente concluo que a redenção pela educação acontece no centro do altar do holocausto

(Samba- Ela sumiu)
Ela sumiu porque quis sumir
Se cansou de olhar
a esmo
Foi embora
desapareceu da vida na aurora
foi assim mesmo
O meu fica foi recusado
Fugiu
Nem ruido dela se ouviu
Nem deixou recado
Não ouve
Despedidas
nem coube
Medidas
Ela sumiu
E a duvida que me saía
Era, se ela existiu um dia?.

Quando tudo deve ir além
Pela contingencia do ser
O que pode impedir o bem
Da transparência daquilo que se pode ver?
Nada pode prescindir
Como intermitente
Daquilo que é precedente
E o que faz seguir.
O que no ser é ôntico
Senão o valor quântico.
No calor que prova Kepler
Dando a entender
Que a imaginação no ser
Que dão asas
A partir do flerte
É a mesma da reação e produção
Que faz nas massas
A sua rotação.
À ainda quem nos alerte
Quanta esta contingente energia
Que faz convergir a cada dia
O que pode estar inerte
No ser o inato
Tal o magnetismo das afinidades
As suas singularidades
Em seu real formato.

O Processo, diante da lei ha um porta,” não adianta fugir, correr, apelar.
O que peço? Não sei. O que me corta? Espanta! Subir, descer, esperar.
“Diante da lei há uma porta em frente há um guarda,” mudo surdo, cego.
Pasmei! Quem se importa? Antes que tarda, amor, profundo égo.

Iludido, abandonado rindo sozinho, calado e caído. Machucado vira ferida, fechado sem saída, a estrutura é pó, o homem esta só . Genuína fixação termina numa alucinação de viés ora mulher, ora menina. Querer o revés? chacina então de vez a esperança na tez da infância da alma. Calma! Muita calma nesta hora! Saí pra fora e espanta a dor, levanta o ator, o dia amanheceu. Diga a mim: No copo meu, o gelo derreteu no gim. Meu apelo! Como surgiu assim esvaneceu

sei que ñ compactua com meus sentimentos. conheço minha briza(ñ sofro).. pode no entanto gostando deste conteúdo ocultá-lo em si fazendo de conta que recebeste de quem mais ama. e ñ de mim.(o importante é que conheças minha essência para alem de minha aparência)
"ah se minha vontade fosse desejo, e meu desejo fosse força, e esta força fosse vento, e este vendo batesse em sua janela, e abrindo-a recebesse esta brisa no rosto de maneiro que ela tivesse a vontade de embriagar-se de teu vinho(alegria), tivesse o desejo de misturar-se com teu cheiro e a força de roubar de ti um beijo molhado.”^OO^