Coleção pessoal de mileneabreu
Às vezes, sou como Vênus: protetora e amorosa, uma chama que aquece com ternura e ardor.
Outras vezes, sou Mercúrio: inteligente e astuta, navegando pelos labirintos dos pensamentos com a velocidade do vento.
Em alguns momentos, sou Marte: ardente e vigorosa, uma chama incandescente de força e coragem.
E, em instantes, sou Netuno: ser espiritual e criativo, caminhando pelas ondas da imaginação com fé inabalável.
Por vezes, transmuto-me na grandeza de Júpiter, portadora de otimismo e generosidade, abraçando o mundo com esperança e bondade.
Nessa dança cósmica, sou a conjunção de muitos mundos, uma alma errante entre as estrelas; cada movimento, um eu ao infinito.
Embarquei na mais sublime das jornadas, em direção ao meu eu interior.
Fiz das estrelas guias para minhas noites mais escuras, descobri nelas a luz de minha alma.
Na solidão, encontrei a mais rica das companhias: a minha.
Em cada passo, cultivei um jardim de possibilidades infinitas, onde cada sonho é uma semente pronta para florescer.
Nesta viagem, aprendi que o infinito reside dentro de mim, e que cada momento vivido é um eterno tornar-se, uma constante metamorfose rumo ao inexplorado âmago de minha existência.
Então, no espelho do tempo, vi não apenas um reflexo, mas um eu interminável e resiliente, um ser cuja luz própria ilumina os caminhos ainda não trilhados.
Daqui, eu não vejo barreiras, não traço limites entre o que é e o que pode ser.
Não me limito ao que me eleva e me traz paz.
Sigo o horizonte sem fim, onde os sonhos se entrelaçam com a realidade, e a alma se lança além do que é conhecido.
Houve uma mudança em mim.
Sempre tive uma mente ativa e uma voz tranquila em busca de respostas.
Hoje, simplesmente sigo vivendo, extraindo o melhor da vida sem muitos questionamentos.
Apenas busco ser um ser humano um pouco melhor do que ontem e, quem sabe, com mais respostas amanhã.
De um jeito bem especial, envio um abraço caloroso a ti, guerreiro silencioso, que enfrentas batalhas internas sem que o mundo perceba.
Em breve, a paz que tanto anseias chegará para envolver-te.
Confiança, um voo audacioso entre duas pessoas, um salto de fé sobre o precipício do constante, construída com pequenas verdades partilhadas.
Nos teus lábios é onde eu sacio minha sede e se alguém me beijasse, tudo que saborearia é o sabor dos teus beijos.
"Aguarde, mas não pare, pois há mais do desconhecido para explorar, mais coragem a nutrir, mais generosidade a partilhar, risos a contagiar, liberdade para abraçar e mais vida para celebrar."
Se nos indagarem sobre o que éramos, diremos que éramos a essência da completude, desprovidos de delírios e desvarios.
Éramos a totalidade um do outro, mesmo quando a compreensão nos escapava.
Num dia de verão, com o sol a brilhar, à beira da lagoa juntos aproveitar.
No calor intenso, o amor floresceu, entre risos, suspiros e o azul do céu, a paixão aconteceu.
O que machuca entre idas e vindas é voltar sempre para a vida um do outro e se entregar mais do que o necessário e, ao recuar, perceber o quanto todas as vezes deixamos partes de nós no outro e o quanto do outro fica em nós.
De vez em quando, seja um ombro ouvinte, aquele que ouve com atenção e sem julgamentos o desabafo de alguém.
Mesmo que você também tenha um milhão de coisas para desabafar.
Não precisei experimentar a queda de um edifício para me sentir destruída.
Foram as tuas palavras reativas que me desestabilizaram.
Desejo-lhe que hoje seja um daqueles dias em que você se apaixone pela vida e celebre por estar vivo.
Que coisas muito boas lhe aconteçam e, quando acontecerem, não duvide de que você as merece.
Se, após tanto tempo, o último beijo continua deixando o gostinho de quero mais, em vão seria tocar outros lábios.
Mesmo com máscaras, eles sentiam-se extremamente sensíveis um ao outro e ao que sentiam, dentro daquela projeção discreto que ambos fazia-se caber.
Amar é admitir ao outro: “sou um ser interminável, mas ajustável” e não preciso de você para viver, mas amo-te.
Nós abraçamos, e foi como se os nossos corpos se conectassem e as nossas almas guardasse lembranças de outras vidas.