Coleção pessoal de mfpoton

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Não sei se enlouqueci
mas te esquecer nem pensar
A respiração presa de emoção
por ter encontrar...
Tudo se misturou numa fusão louca
o coração não quer ficar aqui
a saltar, pular e me empurrar pra ti
como louco desvairado, numa busca
que nem sei por onde ir...
Ah! Meu Deus porque esse louco
não se aquieta e me deixa em paz
mesmo nesta vida sem nexo
se não sei... de ti
Como criança perdida, sem saber o que encontrar
ou o que esperar ...
Enlouqueci... enlouqueci...
O que posso fazer por mim...
Se você soubesse, como reagiria...
fugirias de mim...

Me diz porque nesse espaço que existe aqui,
de repente um coração bate diferente por outro
e sem você perceber ele se envolve
com quem você nem sabe quem é.

e você liga o computador pra ver se alguém está ali...
naquela telinha tão pequena te esperando..
e quando não está..
você espera..
espera...

e então quando alguém chega
você se vê rindo,
e seu coração aperta dentro de você
você ri, chora.
diz coisas que talvez nunca dissesse a ninguém,
fala de seus desejos..
do mais íntimo de vc
e esse alguém passa a fazer parte de você
dá um sentido diferente à sua vida
e por um pouquinho de tempo você se sente especial!

Que sentimento é esse
que faz seu corpo tremer
que faz com que sua boca sinta a boca desse alguém encostada na sua...
como se seus corpos estivessem encostados um no outro..
e você sente se suas mãos são doces quando te tocam..
e sente quando está alegre.. ou triste.
ou com raiva.

Talvez quando o micro se feche..
quando a vida se transforma em outra.
esse alguém não esteja do seu lado
Talvez não possa te ajudar
de alguma forma real que seja preciso
Mas em todas as horas
de alguma forma ele vai estar no seu coração
e pode ser que isso seja mais importante que tudo!

A saudades é maior, durante a noite.
Porque temos no dia a procura...
Na noite, temos a espera de mais outro dia.
Para recomeçar a procura.
Ah! se você soubesse, o quanto te quero...
Terminaria minha angústia...
ou seria ilusão minha...
Em acreditar que possas me amar...
Ah! que tortura...
Minha saudade aumenta,
e continuo nessa busca...
A noite fica tão longa...
Para saber de você...
que medo de me livrar desta angústia...
Ah! se você soubesse...
Porque fujo de ti...
será que fugirias para mim...

Ainda que pareça absurdo,
o contentamento de tudo é
saber que se é só...

Vivendo na compreensão da realidade.
Ao menos temos a lucidez de
saber que se é só...

Embora, acreditando na dádiva da vida,
lançando-me na coragem de
saber que se é só...

Preenchendo esta sensação de vazio,
com meu eu...

Que trato com muito carinho, afagos, beijinhos...
E faço versos lindinhos,
simplesmente pro meu eu...

E por saber que o mundo tá cheinho de gente como você.
Com carinho, afagos, beijinhos...
simplesmente por saber que você é como eu...

Se escrever poesia é falar de sentimentos,
então, falo de quê...
se nem sei dos meus...
se nem os procuro mais...
Apenas escrevo o que já foi ou será...
Um transbordamento do que já se exauriu,
Em paixões...
E agora na tentativa de se exaurir,
Em versos...

Ando tão só...
ouvindo meus desejos.
Que não sei se me leva ou me traz...
Fica tudo sem graça, quando desacredito.
E quando acredito... não sei mais...

E assim vou escrevendo...
na companhia das palavras.
Devagando sentimentos,
extravasando pensamentos.
E enganando a solidão...

Preciso fazer uma sugestão a este coração,
não sofra em vão...
Seu romântico desvairado,
sempre buscando sua outra metade;
em caras desesperados,
um eterno namorado...

Suas paixões tão efêmeras,
mas para você, são como uma vida inteira.
Você sempre tão maltratado.
Seu exagerado...
Não deixarei que ninguém mais entre aí,
a te fazer sofrer...

Mas você não se cansa,
Recorrente em extrapolar sentimentos,
Seu alucinado...
E sempre em desatino...
Não sei como impedir, que ninguém mais entre aí...

Só você não compreende,
que sou sua eterna namorada.
É o que tento dizer,
ao meu coração...

POR QUE TE AMO

Te amo
te amo de uma maneira inexplicável
de uma forma inconfessável
de um modo contraditório
Te amo
Te amo, com meus estados de ânimo que são muitos
e mudar de humor continuadamente
pelo que você já sabe

o tempo
a vida
a morte

Te amo
Te amo, com o mundo que não entendo
com as pessoas que não compreendem
com a ambivalência de minha alma
com a incoerência dos meus atos
com a fatalidade do destino
com a conspiração do desejo
com a ambiguidade dos fatos
ainda quando digo que não te amo, te amo
até quando te engano, não te engano
no fundo levo a cabo um plano
para amar-te melhor.

Te amo
Te amo, sem refletir, inconscientemente
irresponsavelmente, espontaneamente
involuntariamente, por instinto
por impulso, irracionalmente
de fato não tenho argumentos lógicos
nem sequer improvisados
para fundamentar este amor que sinto por ti
que surgiu misteriosamente do nada
que não resolveu magicamente nada
e que milagrosamente, pouco a pouco, com pouco e nada,
melhorou o pior de mim

Te amo
Te amo com um corpo que não pensa
com um coração que não raciocina
com uma cabeça que não coordena

Te amo
Te amo incompreensivelmente
sem perguntar-me porque te amo
sem importar-me porque te amo
sem questionar-me porque te amo

Te amo
simplesmente porque te amo
eu mesmo não sei por que te amo

Ruas escuras e desertas, silêncio profundo como
se não houvesse mais ninguém ali...
Antigos postes com luzes amarelas, afastados...
causando um sombreamento do remexido das árvores...
como fantasmas a correr pelo chão...
e o piar da coruja.
As folhas secas sob os pés... e a rolar ao vento...
Na espreita observação de manias...
Identificando a noite e o cheiro da floresta...
Nos instintos natural da noite...
sucumbindo-a loba...

Embaixo dos contorcidos galhos secos
da árvore toda desnuda das folhas secas,
levadas pelo outono...
arrastadas pelos ventos...

E em um galho mais alto, uma única folha seca
reticente e presa...
Na tentativa de se manter ainda pelo pouco de verde
que ainda lhe resta na haste, prender-se...
até a chegada da primavera...

Mas, ainda temos um inverno...

Numa manhã a folha sumiu... seguindo o vento...
Cumprindo o eterno ciclo da vida...
Que a todos, tanto nos apreende...
com o inopinado...

Apenas nos entregar e nos deixar ir...
fazendo parte de todo um ciclo,
que por mais que queiramos...
chega uma hora que nos leva o tempo...

Uma senhora de 97 anos, cabelos branquinhos...
e com um sorriso de tempos...

Um anjo num invólucro incandescente,
carregando lírios brancos da paz...
Um ser iluminado... alado...
que nos conduz a entreter-mos
com as dádivas do amor...
mensageiro da consciência que a tudo rege
me guie pelos caminhos da vida...
regendo minha mente com suas sábias palavras...
e mantendo meu coração aquecido,
pela força da tua presença...
Não sei se faço uma oração para dormir
ou uma prece por ti existir...

Ela é uma garotinha cheia das suas manias infantis, gosta de tudo do seu jeito e fecha a cara quando as coisas não saem como quer. Procura entender o porquê dos acontecimentos... e tenta aprender as lições que a vida coloca na sua frente. Não gosta de admitir que falhou, mas assume seus erros com classe. É estranha, é surpreendente. Ela pode estar sorrindo de tudo, e de repente... estar chorando por nada. Não tente adivinhar suas ações ou suas reações... Ela não costuma insistir naquilo que percebe não valer a pena. Ama, ama incondicionalmente... Não odeia, não guarda mágoas, não pensa em vingança... Gosta de deitar, fechar os olhos, fugir do tempo. É daquelas que pensa, repensa e pensa mais uma vez antes de dormir. Escrever, ela adora escrever o que sente, o que pensa... Normalmente é uma companheira animada, agradável e alegre. Tirando suas fases azedas com seu cinismo e língua afiada, seu outro lado é romântico e aventureiro, uma grande amiga. Para ela não basta ouvir palavras carinhosas e juras de amor. Apesar de muitas vezes parecer fria e distante, ela deseja ser amada e mimada. Jamais ficará calada se puder falar.São inúmeros os defeitos e algumas qualidades que a descrevem. Mas não são as palavras que vão te fazer conhecê-la... Primeiro observe... Não tente adivinhar, tente desvendar...

Borboleta branca tão esvoaçante,
cintilante ao meu olhar...
Venha ao meu alcance e num toque de amor,
me traga a mensagem de um anjo...

Vou sentir até medo que esse amor tão lindo,
possa ser singelo... mas não breve...

Venha borboleta branca, leve minha mensagem...
diga a este anjo, de um conceito de amor...
que de tantas vidas se eternizou...
pela simples razão do reencontro...
numa esvoaçante busca do amor...

As pegadas na areia molhada
e o reflexo dourado do sol...
duma longa caminhada
ao destino... a vida...

As marcas ao horizonte
foram tantas...
lavadas pelas águas... se apagaram...
e não houve a troca de olhares...

Só restou saudades... desencontros...
do que não aconteceu... mas sonhou...

A praia é longa... o litoral imenso...
é o mar calmo... e não apagará mais as suas marcas...
que se estenderão ao longo
em encontro com as minhas pegadas...

A idade da felicidade
é a idade da liberdade,
se é que liberdade tem idade...
Há o modo dos índios
que não contam as horas,
não contam o tempo...
Que apenas flutuam como folhas,
em comunhão com o vento...
Pode haver limitações na vida,
mas não na alma...
ou em pessoas que encontramos...
Se para se voar com as asas do coração,
o preço for uma prisão...
haverá sempre um escape... mesmo num feixe de luz...
que revigora a imaginação...
para quem sabe encontrar a felicidade...
Para quem tem alma de pássaro...
Simplesmente porque aprendeu a voar... com a felicidade...

A mulher da prateleira,
como mostruário... tão comum, em espécime...
Como aquários de gatos em pet shop,
tão farto no mercado...
Tentando um valor alto, como a um leilão...
O preço do prego que consegue,
é cair da prateleira...
Como latas em tiro ao alvo, em parque de diversão...
E o brinde é uma garrafa de vinho...

Se a maturidade é lapidada pelos erros...
Então, se lapidada pelos acertos,
seria como um diamante bruto...
ou sem valor...

Acusar é fácil, entender difícil,
mas abandonar é mole...

Como se ainda lhe restasse algo
no fundo da memória,
que lhe acendesse alguma chama
de ilusão...

Amargura que destroça,
causando ressentimentos
Como destroços a ermo
num vazio de imensidão
Em profano oceano
profundo sufocamento...

Como sentir algo tão avassalador...
Se abandonando em sentimentos,
que não consegue compreender
Que se transformaram em frustrações...

O vento sussurrando sua voz
no meu ouvido,
sinta... sinta...
O movimento da grama às carícias do vento,
como uma grande mão a acariciar o gramado...
Num fervilhante louvor a vida,
como num frenético festival de música...
Sementes lançadas
ao apetite dos pássaros...
e o inconfundível cheiro de mato...
O violeta em ressalte,
transcendendo os sentidos...
A sua presença ali num mesmo plano
em tempo e espaço...
ao alcance dos nossos braços...

Vamos botar esse bloco
na rua e esticar esse cordão...

Acreditar que podemos amar
e puxar uma corrente de emoção...

Eu quero é cair na folia,
porque sou um folião...

Quero é aproveitar, porque
a vida não pode ser séria , não...

Não sou padre nem sou freira
e retiro é coisa pra budista...

O meu zen é na avenida, só acaba quarta feira
e eu quero é brincadeira...

Sair pelas ruas puxando samba
que me leve a um lugar de verdade...

Que é dentro do seu coração...